quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Falta logística para o setor de confecção no DF



Ausência de indústrias e de fornecedores de matérias primas e insumos para setor têxtil e confecção são obstáculo para o desenvolvimento das confecções e grifes
Da Agência Sebrae de Notícias
Falta logística na capital federal para alavancar o desenvolvimento do setor têxtil e de confecção, analisa Dimilson Xavier Mendes, presidente da Associação do Polo de Confecções de Taguatinga. “Por que aqui não temos indústrias de roupas como em Jaraguá, Goiânia e Trindade? “Porque falta mão de obra e costureiras, principalmente, e não temos lavanderia de jeans, grandes lojas de tecidos, representantes de insumos e manutenção de máquinas”, afirma.

O alto poder aquisitivo e de consumo de roupas no Distrito Federal comportaria mais dez polos de confecção e moda, como o de Taguatinga, segundo Dimilson. “O setor de confecção poderia crescer muito mais aqui e gerar muitos empregos, postos de trabalho e riqueza”, diz, convicto.

Atualmente o polo gera aproximadamente 25 mil empregos diretos e indiretos (faxineiros, segurança, eletricistas, etc). “Imagina se não existisse, seriam cerca de 25 mil desempregados a mais no DF”, observa Dimilson. A APCT firmou vários convênios, visando beneficiar os associados, que são praticamente todos os empresários integrantes do polo. Entre eles, se destacam: escritórios de contabilidade, Faculdade Projeção e o Sebrae/DF.

Cartões de crédito – O presidente da entidade também reclama dos cartões de crédito e das altas taxas e comissões cobradas por eles, pois acabam comprometendo a lucratividade dos negócios. Praticamente todas as bancas do Polo de Confecções de Taguatinga trabalham com cartões de crédito. Além de cobrarem percentual dos comerciantes, cobram comissão que varia entre 3,5% e 4% por transação. “Sem falar no aluguel da máquina. Pagamos R$138 pela máquina sem fio ou R$ 64 pelo equipamento com fio, por mês”, revela.

Ele reconhece que os cartões de crédito são uma garantia de recebimento do pagamento, mas as alíquotas cobradas pelo serviço estão muito altas. “Cada unidade da Federação deveria contar com uma central de atendimento presencial dos cartões para resolver problemas dos comerciantes e dar esclarecimentos”, sugere.

Dimilson critica também os bancos e a ausência de responsabilidade deles em relação aos cheques sem fundos. “Eles pagam pelos cheques sem fundo e, depois, cobram dos comerciantes. E, ainda, recebem taxa pelo cheque devolvido”. Para ele, os bancos não arcam com nenhum risco ou prejuízo, ao contrário, faturam em cima dos cheques devolvidos


Fonte:revistapegn.globo.com

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