Segundo a Federação do Comércio do Rio, em 2010, quase 17 milhões de brasileiros compraram roupas, tênis, bolsas, óculos e relógios falsificados
Pirataria na moda gera prejuízos e queda no número de empregos
Segundo a Federação do Comércio do Rio, em 2010, quase 17 milhões de brasileiros compraram roupas, tênis, bolsas, óculos e relógios falsificados.
Penas brandas e alta lucratividade estão tornando a falsificação de marcas o crime que mais cresce no Brasil. A pirataria na indústria da moda traz prejuízos para todo o mundo. Causa, inclusive, um problemão: a queda no número de empregos.
São dez minutos na passarela e meses de trabalho por trás. O que a indústria da moda leva tempo para criar é copiado da noite para o dia. Tudo na vitrine parece, mas não é original. O estande no pavilhão do Fashion Business, feira de negócios de moda que começa nesta segunda-feira (10) no Rio, foi montado com peças apreendidas pela polícia. Todas com a mesma marca: a da ilegalidade.
“A pirataria prejudica toda a cadeia desde quem produz e quem inova. Quem comercializa esses itens prejudica quem compra, porque quem compra não tem garantia”, explica Christian Travassos, economista da Fecomércio no Rio de Janeiro.
Segundo a Federação do Comércio do Rio, em 2010, quase 17 milhões de brasileiros compraram roupas, tênis, bolsas, óculos e relógios falsificados. É mais que toda a população do estado do Rio de Janeiro consumindo pelo menos um produto de moda pirateado.
CDs e DVDs continuam sendo os campeões de pirataria, mas as roupas e acessórios falsificados estão em segundo lugar. O consumidor é atraído pela possibilidade de se vestir na ultima moda pagando pouco, mas o custo de andar por aí usando uma grife pirata acaba sendo bem maior do que a gente imagina.
“Dois milhões de empregos formais, isso é um dado oficial, deixam de ser criados no Brasil todo ano por causa da pirataria. Todos perdem com a pirataria. A população precisa entender que por trás da pirataria está o crime organizado, está o emprego de criança, mão de obra desqualificada e mão de obra escrava”, afirma a delegada Valéria de Aragão.
A falsificação de marcas é o crime que mais cresce no Brasil. Uma das causas é a pena branda, de um a três meses de prisão. O estilista Carlos Miele já foi vítima da pirataria. Trata-se de um prejuízo dividido com todo o país.
“O que melhor posso fazer pelo meu país é gerar empregos e pagar impostos. Fico triste, porque sei que, naquele momento, quem está sendo roubado é o próprio povo. O dinheiro que estaria indo para um hospital, uma estrada ou uma coisa séria está sendo desviado”, diz o estilista.
Fonte:gazetaweb.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário