quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Setor Têxtil espera criar mais de 40 mil empregos em 2.010


Segmento é responsável pela geração de 10,6% das vagas no país

O setor têxtil e de confecção prevê criar mais de 40 mil empregos formais este ano, segundo afirmou nesta segunda-feira (11) o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Aguinaldo Diniz Filho.

- É um número muito importante para o nosso estoque de 1.650 milhão de empregos. A gente acredita que 2010 vai ser muito importante para o setor em produção, geração de emprego e renda.

Ele lembrou que foram criados, de janeiro a novembro do ano passado, 34.129 postos formais de trabalho. A estimativa é fechar 2009 com um saldo de 25 mil empregos gerados, que vão se somar ao estoque de vagas da indústria têxtil. A queda em 2009, assinalou, deve-se a questões de sazonalidade, que afetaram o desenvolvimento da área produtiva.

Antes disso, o setor já havia sido atingido pela crise econômica internacional. Entre janeiro e novembro de 2008, a cadeia têxtil e de confecção criou cerca de 51.355 empregos. Com as turbulências econômicas mundial, 2008 fechou com uma perda de 29.346 postos de trabalho no segmento.

Segundo Diniz, o setor têxtil e de vestuário tem 10,6% de todo o emprego gerado na indústria de transformação, constituindo o sétimo segmento da geração do PIB (Produto Interno Bruto) na indústria de transformação.

- Estamos acima de celulose, borracha, minerais. É um setor que gera 10,6% de todo o emprego e representa 4,9% do PIB.

Somando os segmentos têxtil, de vestuário e de calçados, a participação é de 6,8% na geração de PIB da indústria de transformação e representa 16,47% dos empregos gerados. O presidente da Abit comentou a concorrência de mercados estrangeiros sofrida pelo setor.

- Esses três setores estão sob a mira da concorrência internacional. São números bastante representativos, porque a indústria têxtil e de confecção está distribuída por todo o Brasil.

Para que esses empregos não sejam, entretanto, desviados para países concorrentes do Brasil, em especial os asiáticos, como Indonésia e China, o presidente da Abit observou que devem ser sanados alguns problemas, inclusive no que respeita à compra governamental de uniformes e fardas militares.

- Por enquanto, o setor têxtil brasileiro não está conseguindo fornecer para o Exército brasileiro. Levamos ao ministro essa condição esdrúxula da farda do Exército brasileira ser comprada na China.

A questão foi levada ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que prometeu tomar providências.

Diniz enfatizou que “não é admissível que um setor como o têxtil, que tem 10,6% do emprego gerado no país, possa ser tratado dessa forma, permitindo que produtos de países que praticam dumping comercial, cambial, social e ecológico tenham entrado no Brasil de forma totalmente isonômica. A gente quer condições de trabalho para enfrentar esses países que, por todos esses dumpings que fazem, ficam mais competitivos, o que é completamente injusto”.

Além do problema do dólar, que depreciado em relação ao real, o presidente da Abit indicou que o Brasil deve resolver outras questões importantes, como as reformas estruturais e a desoneração tributária.

- O custo da mão de obra no Brasil é imenso, o problema da segurança jurídica é falho e o problema da infraestrutura é terrível. Há uma série de problemas que, com o dólar baixo, aparecem mais.




Fonte:R7.com

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