quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Os sete pecados do emprego


PERDER O ENCANTO

“Emprego tem prazo de validade. Se você acorda todos os dias e pensa que não gostaria de ter que acordar para ir até o seu emprego, seus superiores vão perceber isso”, afirma Giovana. Ela diz que isso pode ter vários motivos, desde desvalorização até a ausência de novos desafios, mas deve partir do colaborador mostrar interesse em ser desafiado.

“Se vê muitas pessoas que, quando são demitidas por isso, colocam a empresa como culpada. É função dela, sim, valorizar e possibilitar o crescimento profissional dos funcionários. Mas é também função do funcionário, mostrar que ele tem disposição e vontade de algo mais”, explica a consultora.

FALTA DE INVESTIMENTOS NA CARREIRA

Nenhuma empresa gosta de profissionais acomodados. “E não falamos só de formação acadêmica. Você não precisa ser PhD na sua área de atuação para mostrar que se interessa, que busca informações”, explica Giovana. “Buscar informações, ler materiais especializados, buscar novas ideias e conceitos e tentar aplicá-los a realidade a sua volta é essencial”, diz.

Saber das movimentações do mercado – o que os concorrentes estão fazendo, por exemplo – e, mais, buscar ler os fatos e transmiti-los para a realidade das empresas é uma das dicas. “A crise é um ótimo exemplo. Você sabe como ela vai afetar os negócios da empresa onde você opera?”, pergunta a especialista. “São coisas pequenas, mas que podem fazer toda a diferença quando a empresa busca um profissional ágil, ligado com o que está acontecendo a sua volta”, complementa.

Ela afirma que é fácil perceber quem tem esse tipo de preocupação dentro de uma companhia. E também é fácil ver quem não tem.

NÃO BUSCAR O FEEDBACK

A prática do feedback está crescendo nas companhias. Muitas delas estão adotando a ferramenta como forma de incentivar uma avaliação por parte dos funcionários e aumentar a produtividade. Mesmo para as empresas que não têm essa prática, é fundamental que o profissional busque saber quais são suas principais características que precisam ser desenvolvidas.

“Um dos pecados para os funcionários é não buscar saber no que ele pode melhorar. O feedback, mesmo que informal, também é de interesse dele. Não demonstrar que quer evoluir, corrigir os erros, é um dos motivos que levam muitos bons profissionais a demissão”, explica Giovanna.

TER UMA SÓ FUNÇÃO

“Os bons profissionais hoje são multifuncionais. Mesmo nas áreas técnicas, é muito difícil as empresas bancarem um profissional que só atende por uma função”, explica Giovana. Ter conhecimento sobre o funcionamento das outras áreas e poder ajudar em caso de qualquer eventualidade é um fator que pode manter um emprego.

Ela exemplifica a multifuncionalidade com o exemplo da área de Recursos Humanos. “Um profissional de RH dentro de uma empresa geralmente trabalha com recrutamento, seleção, treinamento, integração e desenvolvimento humano. São várias funções diferentes e saber fazer tudo de forma eficiente é um diferencial”, comenta Giovana.

RELAÇÕES DE PODER

Giovana resume este tópico em maturidade profissional. “O funcionário precisa saber em que momento e de que forma pode tomar decisões com autonomia ou apresentar visões que confrontem as de sua chefia direta”, destaca. “Por mais competência que tenha, se ele não tiver humildade para esperar a oportunidade certa para falar ou confrontar alguma decisão já tomada pelos que comandam o trabalho dele, será descartado”, complementa.

A imaturidade pode levar a desgastes. “Não se pode invadir o espaço de alguém que está acima de você. Não necessariamente se precisa concordar com tudo. Mas saber explicar, com calma e sem tom de ameaça é mais que necessário para manter-se num emprego”, afirma.

BOAS TEORIAS, NEM TÃO BOAS NA PRÁTICA

Um dos motivos que levam muitos funcionários a demissão são os projetos e programas sofisticados demais para uma realidade que pode ser bem mais simples. “Há muito bons profissionais, com uma formação acadêmica a teórica muito boa, que acabam não entendendo a realidade da empresa e apresentando propostas muito sofisticadas, que não atendem às necessidades práticas que existem nas companhias”, comenta Giovana.

“São pessoas muito inteligentes em planejamento, mas que não conseguem conceber projetos que caibam nas necessidades da empresa onde trabalham”, explica a especialista. Ela diz que esse tipo de profissional gera muitas expectativas que não são cumpridas, e acabam sendo desligadas por isso.

Outro erro comum nos profissionais com essa dificuldade é prometer grandes mudanças, esquecendo que não se faz nada sozinho dentro de uma organização. “Não existe salvador da pátria. Não se meta a ser um”, aconselha Giovana.

NÃO SABER TRABALHAR EM EQUIPE

Giovanna antecipa: timidez não é desculpa para não participar ativamente de atividades em grupo. “Ter um bom relacionamento interpessoal não é ser o mais extrovertido ou falante”, pondera. “Você não precisa ser quem fala. Pode ser quem pensa. O importante é participar”, complementa.

Demonstrar desinteresse por projetos ou questões que sejam desenvolvidas e decididas em equipe pode ser um fator que leva a demissão. “Mesmo se você for um bom profissional com excelentes ideias, você precisa saber expor e defender perante ao grupo, sem ofensas ou problemas”, finaliza Giovana.



Fonte:http://www.noticenter.com.br

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