Multiplicador', 'Seguidor', 'Funcional' e 'Independente'. De acordo com pesquisa divulgada pelo IEMI (Instituto de Estudos e Marketing Industrial) estes são os quatro perfis de consumidor de vestuário existentes no mercado brasileiro.
O estudo, que teve como foco a última compra, avaliou o comportamento dos clientes que consomem moda no País e apontou que 56% dos 'Multiplicadores', ou seja, os primeiros a comprar novidades, são do sexo masculino. "Um percentual menor, ou seja, 44% das mulheres, afirmaram ser as primeiras a comprarem novidades antes dos amigos", afirma o diretor do órgão, Marcelo Villin Prado.
Os 'Multiplicadores' geralmente compram por impulso e representam 3% da população. Os consumidores com este perfil buscam status através da moda, valorizam marcas, qualidade, estilo e também se dispõem a pagar mais por isso.
Entre eles, 81,8% (ou 43,9% do total dos entrevistados), gastam mais de R$ 200 por mês com roupas. Apesar de ter maior ocorrência nas classes A e B1 (60,4%), eles estão presentes em todas as faixas de poder de compra e em grupos jovens entre 15 e 24 anos. Os 'Multiplicadores' são também os que mais compram roupas para o próprio uso (85,7%) e os que menos compram para os familiares (1%).
Já os 'Seguidores' apresentam uma porcentagem bastante equilibrada entre homens e mulheres, sendo 50,4% e 49,6%, respectivamente. Eles também estão por dentro das últimas novidades, mas preferem comprar o produto no auge da venda, quando os preços não são tão altos. Para eles, o estilo de uma peça é mais importante do que a qualidade e buscam marcas que reflitam sua personalidade. Eles representam 39% da população e têm maior ocorrência entre jovens de 25 a 34 anos das classes B2 e C (58,7%).
Os consumidores que se preocupam mais em estar bem vestidos do que na moda são considerados 'Funcionais'. Eles são práticos, procuram o equilíbrio entre preço e qualidade e preferem fazer suas compras nas épocas de liquidação, quando os preços já estão mais acessíveis. O grupo, apesar de estar sempre bem vestido, não tem influência entre as pessoas de seu convívio e representam 50% da população, sendo mais frequentes nas classes B2 e C (65,7%), entre 25 a 34 anos.
Já os 'Independentes' representam 8% da população e não se importam com a moda ou marcas, buscam apenas conforto e praticidade pelo melhor preço. São mais freqüentes nas classes B2 e C e, em geral, homens maduros acima de 35 anos que chegam a gastar quase 4 vezes menos do que um 'Multiplicador'. Eles podem efetuar as compras em qualquer fase de vida dos produtos, uma vez que sua decisão não depende das novidades do mercado.
COMPRAS - Para 30,9% dos entrevistados, dentro de todos os perfis, o motivo principal da compra é substituir uma peça antiga, seguido de vontade de se sentir bonito (24,2%) e se dar um presente (17,6%). O item "um amigo comprou e eu quis igual" foi o menos votado por todos, não passando de 0,2%. As roupas casuais, com 40,5% dos votos, são as mais compradas por todos os perfis, seguidas do jeans (29%) e roupa social (10,3%).
Quanto à influência na hora da compra, 53,6% afirmaram estar sozinhos e o perfil que mais realizou este tipo de compra foi o 'Independente', com 54,3%. A pesquisa também revelou que a exposição adequada do produto no ponto de venda estimula o consumo e 41% afirmam ter comprado por impulso, devido à atratividade do produto.
O próprio local da compra, catálogos da marca, amigos e propagandas de TV são os meios que mais influenciam com eficiência, com 79,5% do total. Anúncios de jornais, revistas e outdoor são mais impactantes para os Independentes, que se atentam mais a estas mídias para conhecer as promoções e o que as marcas estão oferecendo. A pesquisa foi realizada em 2010 com 3,3 mil consumidores voluntários de ambos os sexos, com idade acima de 15 anos, de todas as classes sociais e diferentes Estados.
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