Estudo sobre futuro da indústria têxtil mostra que empresas catarinenses do setor investem em produtividade e gestão de processos
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tornou público o estudo O Futuro da Indústria Têxtil e de Confecções, em que são apresentados dados sobre os investimentos do setor em diversas áreas. Com dados colhidos em 2005, o estudo serve para comparar os perfis de quatro dos principais pólos têxteis brasileiros,entre eles o de Santa Catarina. Para a obtenção de dados sobre investimentos, gestão e processos, os pesquisadores ouviram algumas das maiores empresas brasileiras do setor. Em Santa Catarina, os dados foram coletados junto a sete das maiores indústrias.
O trabalho analisa a atuação das empresas catarinenses nas áreas de gestão de materiais, processos, produtos, distribuição e informação. De acordo com a avaliação dos técnicos, a indústria apresenta grande poder de competitividade, registrando aspectos positivos em relação à qualidade, tecnologia e processos.
GESTÃO DE MATERIAIS
A aquisição de materiais é feita por meio de cotações e as empresas buscam, dependendo do grau estratégico do material, uma parceria mais intensa com um número baixo de fornecedores.
O processo de aquisição não leva em consideração a proximidade geográfica; a maioria dos fornecedores de insumos se posiciona fora do cluster. As empresas do Pólo possuem um ranking de fornecedores que são selecionados de acordo com a capacidade de entrega, qualidade e preço. Não se observa uma grande preocupação das empresas em capacitar fornecedores de pequeno e médio porte.
A maioria das empresas (integradas) possui um sistema de controle de conformidade das matérias-primas. Para tal, as empresas possuem laboratórios próprios. Para testes e controles mais específicos, os serviços do sistema Senai e a Fundação Blumenauense são requeridos. Contudo, as empresas que compram os tecidos de malha ou trabalham com tecidos de terceiros encontram certas dificuldades no controle dessas conformidades. A maior dificuldade observada é o controle da alteração dimensional da malha.
O armazenamento de materiais é feito de forma tradicional, observando-se os fatores básicos para uma boa armazenagem de materiais. Empresas que possuem uma estratégia de diferenciação (moda), trabalham com estoques elevados tanto de matéria-prima, quanto de produtos semiacabados.
Os processos de separação e distribuição de materiais são suportados por sistemas informatizados (principalmente leitoras de código de barras). O transporte de materiais é feito de forma tradicional (carrinhos e manual).
GESTÃO DE PROCESSO
As empresas do Pólo têm buscado aumentar a qualificação do seu quadro funcional, por meio de treinamentos on-job e nos principais centros de treinamento do cluster. A principal reclamação das empresas é a falta de oferecimento de determinados cursos e a falta de profissionais qualificados nas áreas de costura e molde. A grande maioria das empresas tem, ao longo dos anos, adquirido máquinas (tecelagem e beneficiamento) de última geração (automatizadas).
A idade do parque industrial do Pólo está em média inferior a cinco anos. O processo de transferência tecnológica é considerado eficiente e as empresas não possuem maiores problemas referentes à assistência técnica oferecida pelos fornecedores de máquinas. A automação do parque fabril tem sido considerada como o suporte tecnológico para as empresas do Pólo trabalharem com uma estratégia de diferenciação. No tocante à prototipagem, modelagem e estudo de encaixe/risco e corte, as empresas possuem todas as tecnologias de suporte necessárias para otimização da produção e qualidade do artigo.
O PCP da maioria das empresas é suportado por sistemas informatizados; tais sistemas são encarados como fundamentais para aquelas que trabalham com lotes pequenos e bem variados. Essa característica de lotes pequenos e diferenciados é um dos grandes problemas enfrentados pelo setor de Planejamento da Produção.
Outra dificuldade observada é o elevado tempo de entrega das empresas (de 10 a 30 dias). Isso pode, a princípio, ser explicado pela dificuldade da previsão de vendas e da estrutura descentralizada de algumas organizações (principalmente devido ao uso de facções). As empresas que trabalham com moda possuem uma grande preocupação quanto à qualidade da preparação, costura e acabamento. Em relação à embalagem como um diferencial estratégico, ainda não está muito difundida a preocupação nas empresas; mesmo naquelas que trabalham com moda.
Empresas que têm um enfoque de preço e baixa diferenciação não consideram a embalagem como algo relevante. A maioria das empresas do pólo controla a qualidade dos artigos produzidos. Esse controle é feito pelos laboratórios da própria empresa ou serviços oferecidos pelas escolas têxteis da região.
GESTÃO DE PRODUTO
No item pesquisa de mercado, observou-se que as empresas do pólo possuem formas particulares de monitoração do mercado. Na maioria dos casos, essa pesquisa é feita, informalmente, pelas pessoas no final da linha. A utilização de empresas especializadas não é um procedimento muito comum.
No que se refere à pesquisa de moda, observou-se uma clara distinção entre as empresas que lidam com moda e as que trabalham com linhas básicas. A pesquisa de moda é sistematizada e ocorre em períodos determinados, com o envio de estilistas para os principais pólos de moda,nacionais e internacionais. Foi observado que a introdução de novos produtos, por parte de certas empresas, fica comprometida por um desnível tecnológico entre as matérias-primas oferecidas pelo mercado internacional e as oferecidas pelo mercado nacional.
Isso obriga as empresas a importarem certas matérias-primas para lançamento de determinado produto. Com a instabilidade do câmbio pode-se dizer que essas importações afetam a competitividade das empresas que tentam agregar valor ao seu produto. A pesquisa de novos materiais é feita em conjunto com a pesquisa de moda.
O desenvolvimento de novos produtos é feito, normalmente, por uma equipe de engenheiros e técnicos. Essa equipe é a responsável pela construção de um protótipo, que leva em consideração os insumos necessários para produção de tal artigo, bem como o fluxo do processo produtivo. As empresas que atuam no setor de moda lançam pelo menos quatro coleções por ano. Essas coleções são baseadas nas tendências internacionais, o que tem se observado é que as empresas estão adiantando as coleções.
DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS
O armazenamento de produtos acabados é feito de forma tradicional, atendendo aos requisitos básicos de separação por artigos e acondicionamento em grades identificadas. Algumas empresas já possuem sistemas de leitura óptica para identificação e baixa de produtos. Esse sistema tem um alto grau de importância para empresas que trabalham com lotes pequenos e variados.
O transporte para os principais canais de distribuição é feito, também, de forma tradicional, utilizando-se para isso, empresas de transporte rodoviário. Os principais problemas observados foram o roubo de carga e a impontualidade nas entregas. A logística de distribuição em algumas empresas já é suportada por sistemas informatizados que determinam o melhor trajeto e as transportadoras que fazem tal trajeto. As empresas do Pólo não possuem centrais de depósito (hub); a distribuição é feita diretamente das unidades fabris para o cliente final (varejistas lojas próprias, franqueadas e em alguns casos atacadistas). A maioria das ações promocionais está voltada para o lançamento de material institucional, anúncios públicos e em revistas especializadas.
As ações promocionais no tocante a preço ocorrem no final de coleções com as sobras destas. Em relação à previsão de vendas, pode-se observar também um diferencial entre as empresas focadas em moda (estratégia de diferenciação) e as focadas em básicos (estratégia de custo). Nas empresas focadas em custo, as vendas tendem a ter um perfil mais estável, sendo que as empresas só produzem o que vendem. As empresas focadas em moda possuem um sistema de previsão de vendas feito através de consultas aos canais de distribuição e representantes de vendas.
Algumas empresas possuem equipes específicas para otimização do processo de previsão de vendas. Observou-se que o monitoramento dos resultados das vendas é mais comum em empresas que possuem franquias e/ou lojas próprias. O monitoramento do cliente é feito informalmente, por meio de informações dos representantes.
GESTÃO DA INFORMAÇÃO
O processo de compra de insumos, na maioria das empresas, é suportado por sistemas informatizados (programas específicos), que normalmente estão interfaceados com programas específicos de PCP e gerenciamento da produção. Assim como nos outros pólos pesquisados, não se observa ainda uma preocupação das empresas em desenvolver sistemas de coleta de informações para novos fornecedores. Devido ao alto grau de automação das maioria das máquinas têxteis, o sistema de informações no processo produtivo é feito on-line, através de softwares específicos de gestão têxtil. Com tais softwares, as empresas podem acompanhar, em tempo real, a posição de determinados lotes evitando, assim, atrasos desnecessários.
Nesse caso, as informações fluem em vários sentidos, sendo que cada departamento ou setor pode obter as informações necessárias para otimização do fluxo produtivo, principalmente na organização de pequenas partidas. Basicamente, o fluxo de informações nesse processo é de cima para baixo, começando pelas informações trazidas pelos estilistas, sendo estas traduzidas em um produto tangível e apto para ser produzido em uma determinada empresa. As informações que auxiliarão a equipe de desenvolvimento de produto deverão ser de fácil acesso. Para isso, empresas que já possuem sistemas de gestão integrados encontram maior facilidade na velocidade de desenvolvimento de produtos.
Observa-se que um sistema consistente de informações é estratégico no processo de previsões de vendas. Essas informações são coletadas pelas empresas, por meio dos canais de distribuição. Contudo, estas informações carecem de um tratamento mais apurado e analítico. Em muitos casos as informações para a previsão de vendas são buscadas por apenas uma pessoa.
CONTEXTO FUTURO
A partir da pesquisa realizada junto às empresas, técnicos do ministério realizaram um diagnóstico em relação ao desempenho futuro do setor. De acordo com o estudo, os principais cenários a serem enfrentados pelo setor são os seguintes:
Mercado global: diversidade de opções de escolha, diversidade de atores na cadeia
de suprimento, necessidade de manter e de alterar suas vocações produtivas
tradicionais.
Ameaça de polarização entre concepção e execução (países gerentes versus países
operários) na nova ordem internacional de organização do trabalho.
Aumento da demanda interna (crescimento da economia), gerando adaptações
necessárias às diversidades culturais, a adequação a coletivos e indivíduos, novos
serviços customizados por grupos, etc.
Aumento da concorrência com a criação da Alca, enfatizando a importância das
capacidades das cadeias de suprimento nas dimensões de competitividade adotadas
pelo estudo (inovações no negócio, produtividade, qualidade, etc.).
A partir dos conceitos de futuro, estabeleceu-se a necessidade de contextualização no Mundo da Tecnologia. Para tanto, foram investigadas as principais tecnologias de base com impacto no desenvolvimento tecnológico da cadeia estudada. Dessa forma, foi obedecido o seguinte processo:
Seleção de tecnologias genéricas adequadas à CPTV.
Capacidade das tecnologias genéricas relativa ao cenário mais provável.
Listagem das tecnologias mais relevantes.
Busca de desenvolvimentos tecnológicos dentre os conceitos estabelecidos.
O estudo mostra que entre os itens estratégicos específicos que precisam ser seguidos pelo setor têxtil estão:
Resposta rápida da cadeia de suprimento.
Organização da produção para adaptação às características e mudanças da demanda.
Comunicação direta e confiável com os parceiros e consumidores.
Previsão da demanda.
Produção de pequenos lotes.
Ciclo de vida curto dos produtos.
Oferecimento de produtos personalizados.
Fonte: Noticenter
Fonte:revistaportuaria.com.br
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tornou público o estudo O Futuro da Indústria Têxtil e de Confecções, em que são apresentados dados sobre os investimentos do setor em diversas áreas. Com dados colhidos em 2005, o estudo serve para comparar os perfis de quatro dos principais pólos têxteis brasileiros,entre eles o de Santa Catarina. Para a obtenção de dados sobre investimentos, gestão e processos, os pesquisadores ouviram algumas das maiores empresas brasileiras do setor. Em Santa Catarina, os dados foram coletados junto a sete das maiores indústrias.
O trabalho analisa a atuação das empresas catarinenses nas áreas de gestão de materiais, processos, produtos, distribuição e informação. De acordo com a avaliação dos técnicos, a indústria apresenta grande poder de competitividade, registrando aspectos positivos em relação à qualidade, tecnologia e processos.
GESTÃO DE MATERIAIS
A aquisição de materiais é feita por meio de cotações e as empresas buscam, dependendo do grau estratégico do material, uma parceria mais intensa com um número baixo de fornecedores.
O processo de aquisição não leva em consideração a proximidade geográfica; a maioria dos fornecedores de insumos se posiciona fora do cluster. As empresas do Pólo possuem um ranking de fornecedores que são selecionados de acordo com a capacidade de entrega, qualidade e preço. Não se observa uma grande preocupação das empresas em capacitar fornecedores de pequeno e médio porte.
A maioria das empresas (integradas) possui um sistema de controle de conformidade das matérias-primas. Para tal, as empresas possuem laboratórios próprios. Para testes e controles mais específicos, os serviços do sistema Senai e a Fundação Blumenauense são requeridos. Contudo, as empresas que compram os tecidos de malha ou trabalham com tecidos de terceiros encontram certas dificuldades no controle dessas conformidades. A maior dificuldade observada é o controle da alteração dimensional da malha.
O armazenamento de materiais é feito de forma tradicional, observando-se os fatores básicos para uma boa armazenagem de materiais. Empresas que possuem uma estratégia de diferenciação (moda), trabalham com estoques elevados tanto de matéria-prima, quanto de produtos semiacabados.
Os processos de separação e distribuição de materiais são suportados por sistemas informatizados (principalmente leitoras de código de barras). O transporte de materiais é feito de forma tradicional (carrinhos e manual).
GESTÃO DE PROCESSO
As empresas do Pólo têm buscado aumentar a qualificação do seu quadro funcional, por meio de treinamentos on-job e nos principais centros de treinamento do cluster. A principal reclamação das empresas é a falta de oferecimento de determinados cursos e a falta de profissionais qualificados nas áreas de costura e molde. A grande maioria das empresas tem, ao longo dos anos, adquirido máquinas (tecelagem e beneficiamento) de última geração (automatizadas).
A idade do parque industrial do Pólo está em média inferior a cinco anos. O processo de transferência tecnológica é considerado eficiente e as empresas não possuem maiores problemas referentes à assistência técnica oferecida pelos fornecedores de máquinas. A automação do parque fabril tem sido considerada como o suporte tecnológico para as empresas do Pólo trabalharem com uma estratégia de diferenciação. No tocante à prototipagem, modelagem e estudo de encaixe/risco e corte, as empresas possuem todas as tecnologias de suporte necessárias para otimização da produção e qualidade do artigo.
O PCP da maioria das empresas é suportado por sistemas informatizados; tais sistemas são encarados como fundamentais para aquelas que trabalham com lotes pequenos e bem variados. Essa característica de lotes pequenos e diferenciados é um dos grandes problemas enfrentados pelo setor de Planejamento da Produção.
Outra dificuldade observada é o elevado tempo de entrega das empresas (de 10 a 30 dias). Isso pode, a princípio, ser explicado pela dificuldade da previsão de vendas e da estrutura descentralizada de algumas organizações (principalmente devido ao uso de facções). As empresas que trabalham com moda possuem uma grande preocupação quanto à qualidade da preparação, costura e acabamento. Em relação à embalagem como um diferencial estratégico, ainda não está muito difundida a preocupação nas empresas; mesmo naquelas que trabalham com moda.
Empresas que têm um enfoque de preço e baixa diferenciação não consideram a embalagem como algo relevante. A maioria das empresas do pólo controla a qualidade dos artigos produzidos. Esse controle é feito pelos laboratórios da própria empresa ou serviços oferecidos pelas escolas têxteis da região.
GESTÃO DE PRODUTO
No item pesquisa de mercado, observou-se que as empresas do pólo possuem formas particulares de monitoração do mercado. Na maioria dos casos, essa pesquisa é feita, informalmente, pelas pessoas no final da linha. A utilização de empresas especializadas não é um procedimento muito comum.
No que se refere à pesquisa de moda, observou-se uma clara distinção entre as empresas que lidam com moda e as que trabalham com linhas básicas. A pesquisa de moda é sistematizada e ocorre em períodos determinados, com o envio de estilistas para os principais pólos de moda,nacionais e internacionais. Foi observado que a introdução de novos produtos, por parte de certas empresas, fica comprometida por um desnível tecnológico entre as matérias-primas oferecidas pelo mercado internacional e as oferecidas pelo mercado nacional.
Isso obriga as empresas a importarem certas matérias-primas para lançamento de determinado produto. Com a instabilidade do câmbio pode-se dizer que essas importações afetam a competitividade das empresas que tentam agregar valor ao seu produto. A pesquisa de novos materiais é feita em conjunto com a pesquisa de moda.
O desenvolvimento de novos produtos é feito, normalmente, por uma equipe de engenheiros e técnicos. Essa equipe é a responsável pela construção de um protótipo, que leva em consideração os insumos necessários para produção de tal artigo, bem como o fluxo do processo produtivo. As empresas que atuam no setor de moda lançam pelo menos quatro coleções por ano. Essas coleções são baseadas nas tendências internacionais, o que tem se observado é que as empresas estão adiantando as coleções.
DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS
O armazenamento de produtos acabados é feito de forma tradicional, atendendo aos requisitos básicos de separação por artigos e acondicionamento em grades identificadas. Algumas empresas já possuem sistemas de leitura óptica para identificação e baixa de produtos. Esse sistema tem um alto grau de importância para empresas que trabalham com lotes pequenos e variados.
O transporte para os principais canais de distribuição é feito, também, de forma tradicional, utilizando-se para isso, empresas de transporte rodoviário. Os principais problemas observados foram o roubo de carga e a impontualidade nas entregas. A logística de distribuição em algumas empresas já é suportada por sistemas informatizados que determinam o melhor trajeto e as transportadoras que fazem tal trajeto. As empresas do Pólo não possuem centrais de depósito (hub); a distribuição é feita diretamente das unidades fabris para o cliente final (varejistas lojas próprias, franqueadas e em alguns casos atacadistas). A maioria das ações promocionais está voltada para o lançamento de material institucional, anúncios públicos e em revistas especializadas.
As ações promocionais no tocante a preço ocorrem no final de coleções com as sobras destas. Em relação à previsão de vendas, pode-se observar também um diferencial entre as empresas focadas em moda (estratégia de diferenciação) e as focadas em básicos (estratégia de custo). Nas empresas focadas em custo, as vendas tendem a ter um perfil mais estável, sendo que as empresas só produzem o que vendem. As empresas focadas em moda possuem um sistema de previsão de vendas feito através de consultas aos canais de distribuição e representantes de vendas.
Algumas empresas possuem equipes específicas para otimização do processo de previsão de vendas. Observou-se que o monitoramento dos resultados das vendas é mais comum em empresas que possuem franquias e/ou lojas próprias. O monitoramento do cliente é feito informalmente, por meio de informações dos representantes.
GESTÃO DA INFORMAÇÃO
O processo de compra de insumos, na maioria das empresas, é suportado por sistemas informatizados (programas específicos), que normalmente estão interfaceados com programas específicos de PCP e gerenciamento da produção. Assim como nos outros pólos pesquisados, não se observa ainda uma preocupação das empresas em desenvolver sistemas de coleta de informações para novos fornecedores. Devido ao alto grau de automação das maioria das máquinas têxteis, o sistema de informações no processo produtivo é feito on-line, através de softwares específicos de gestão têxtil. Com tais softwares, as empresas podem acompanhar, em tempo real, a posição de determinados lotes evitando, assim, atrasos desnecessários.
Nesse caso, as informações fluem em vários sentidos, sendo que cada departamento ou setor pode obter as informações necessárias para otimização do fluxo produtivo, principalmente na organização de pequenas partidas. Basicamente, o fluxo de informações nesse processo é de cima para baixo, começando pelas informações trazidas pelos estilistas, sendo estas traduzidas em um produto tangível e apto para ser produzido em uma determinada empresa. As informações que auxiliarão a equipe de desenvolvimento de produto deverão ser de fácil acesso. Para isso, empresas que já possuem sistemas de gestão integrados encontram maior facilidade na velocidade de desenvolvimento de produtos.
Observa-se que um sistema consistente de informações é estratégico no processo de previsões de vendas. Essas informações são coletadas pelas empresas, por meio dos canais de distribuição. Contudo, estas informações carecem de um tratamento mais apurado e analítico. Em muitos casos as informações para a previsão de vendas são buscadas por apenas uma pessoa.
CONTEXTO FUTURO
A partir da pesquisa realizada junto às empresas, técnicos do ministério realizaram um diagnóstico em relação ao desempenho futuro do setor. De acordo com o estudo, os principais cenários a serem enfrentados pelo setor são os seguintes:
Mercado global: diversidade de opções de escolha, diversidade de atores na cadeia
de suprimento, necessidade de manter e de alterar suas vocações produtivas
tradicionais.
Ameaça de polarização entre concepção e execução (países gerentes versus países
operários) na nova ordem internacional de organização do trabalho.
Aumento da demanda interna (crescimento da economia), gerando adaptações
necessárias às diversidades culturais, a adequação a coletivos e indivíduos, novos
serviços customizados por grupos, etc.
Aumento da concorrência com a criação da Alca, enfatizando a importância das
capacidades das cadeias de suprimento nas dimensões de competitividade adotadas
pelo estudo (inovações no negócio, produtividade, qualidade, etc.).
A partir dos conceitos de futuro, estabeleceu-se a necessidade de contextualização no Mundo da Tecnologia. Para tanto, foram investigadas as principais tecnologias de base com impacto no desenvolvimento tecnológico da cadeia estudada. Dessa forma, foi obedecido o seguinte processo:
Seleção de tecnologias genéricas adequadas à CPTV.
Capacidade das tecnologias genéricas relativa ao cenário mais provável.
Listagem das tecnologias mais relevantes.
Busca de desenvolvimentos tecnológicos dentre os conceitos estabelecidos.
O estudo mostra que entre os itens estratégicos específicos que precisam ser seguidos pelo setor têxtil estão:
Resposta rápida da cadeia de suprimento.
Organização da produção para adaptação às características e mudanças da demanda.
Comunicação direta e confiável com os parceiros e consumidores.
Previsão da demanda.
Produção de pequenos lotes.
Ciclo de vida curto dos produtos.
Oferecimento de produtos personalizados.
Fonte: Noticenter
Fonte:revistaportuaria.com.br
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