quinta-feira, 29 de abril de 2010

A mudança do papel do RH, suas funções e obrigações


"Ele tende a ser um gestor da cultura organizacional, para que as pessoas trabalhem melhor", diz presidente da ABRH-Nacional
Por Flávia Furlan Nunes, InfoMoney
Getty Images (RF)



Não adianta mais pensar na área de Recursos Humanos como no passado, com uma visão simplista. Ela não está mais na empresa para apenas intermediar a relação de empresários e funcionários.


“O que deve ser desmistificado é que existe profissional de um lado e empresa de outro. Eles são uma parceria. Quando o profissional não se sente atraído, ele sai. O RH torce para que os dois deem certo”, explicou a presidente da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Leyla Nascimento.


Então, qual o papel que o RH desempenha hoje nas empresas? De acordo com Leyla, ele caminha para ser um gestor e educador dentro da empresa, que nada mais é do que um ambiente de aprendizado. “Ele [o RH] tende a ser um gestor da cultura organizacional, para que as pessoas trabalhem melhor”, disse.


Funções – e obrigações - do RH


De acordo com Leyla, o profissional dessa área tem de ser flexível, principalmente diante das mudanças de cenário dentro e fora do ambiente organizacional. Confira abaixo outras funções do RH e dicas para que ele as cumpra com sucesso:

■Processos de recrutamento: para que seja feito com qualidade, ele deve deixar claro para o candidato as expectativas da empresa e passar todos os dados detalhados sobre a vaga, além de preparar bem todas as etapas. “Quanto melhor a seleção, mais competitiva a empresa vai ser”, disse a presidente da ABRH-Nacional, com a explicação de que será possível contratar os melhores profissionais.
■Desenvolvimento de carreira: os profissionais estão muito exigentes, então é preciso alinhar o que eles desejam com o que a empresa quer deles. Para isso, o RH deve entender bem do negócio, de planejamento estratégico, para poder avaliar bem as metas e objetivos dos colaboradores, com a ajuda do gestor.
■Avaliação de desempenho: atentar à forma de avaliação, para ver como as pessoas podem melhorar dentro da organização. Dar um feedback, mas também envolver as lideranças neste processo.
■Política de retenção: essa é uma pauta obrigatória dentro das empresas e o RH deve estar envolvido neste processo. “Perder um talento é perder investimento”, afirmou a presidente da ABRH-Nacional.

Fonte:administradores.com.br

terça-feira, 27 de abril de 2010

Bastidores de uma fábrica de moda


Traduzir o impacto e a renovação que surgiram com o incêndio que quase destruiu todo o centro nervoso da Osklen em fevereiro é desafio da equipe de criação da grife para a próxima estação. "Vamos fazer outro estúdio ainda melhor. Estou até feliz. Sabe a coragem que a gente não tem às vezes de jogar tudo fora e dar uma virada? Foi isso que aconteceu", refletia Oskar enquanto mostrava ao Estado o que restou do segundo andar de sua fábrica em São Cristóvão.


Para esta nova fase, além de reconstruir a estrutura anterior, o diretor de criação pretende erguer um novo estúdio de fotografia no local. "Crio sempre o conceito das campanhas e depois discuto com os fotógrafos que clicam os looks. Sou muito imagético e, em geral, penso uma imagem antes de criar a coleção." Para o inverno 2011, fotos tiradas da destruição causada pelas chamas serão a principal referência. "Já posso ver os ilhoses derretidos, as cores se misturando com o fogo... Tudo traduzido para as peças novas."

O método de criação do estilista é instintivo e por vezes complexo. Do nome à grande gama de áreas de atuação, nada segue uma linha linear em seu pensamento. Mistura do nome de Oskar com o de seu irmão Leonardo, a Osklen é, sem trocadilhos, um rótulo difícil de ser definido. Marca carioca? Moda surf, praia, esporte chique? "Penso a Osklen também como engajamento com o desenvolvimento sustentável, design, com a brasilidade sofisticada, com o que chamo de novo luxo. Não é fácil entender nosso trabalho de início. Ainda mais porque mudamos sempre", comenta.

Para entender essa "filosofia", é preciso compreender que a grife tem como seu diretor de criação e estilo um médico especializado em fisiologia do esporte, que também dirige vídeos e documentários. Não por acaso, o ateliê abriga de pranchas de surf a uma mesa de edição de imagens de última geração e ainda possui um estúdio de pintura (de Ana Amélia Metsavaht, irmã de Oskar e criadora das estampas da marca). "É esse o espírito. Está tudo ligado e sobreposto. Aqui criamos desde o conceito da coleção até as fotos da campanha, passando pela costura e edição dos vídeos", explica ele, enquanto supervisiona um cardigã masculino de tricô resinado com ares de motociclista romântico.

A peça faz parte do outono/inverno 2010 e está pronta para chegar à loja. Inspirada no Trópico de Capricórnio, a coleção traz a urbanidade de São Paulo, por onde passa a linha imaginária, em conceitos de volume, ângulos retos e estruturas rígidas, porém confortáveis. Tricô revisado, é a hora dos casaco de feltro, a peça-síntese desta coleção. "Pensei no feltro ao lembrar da estrutura dos casacos dos soldados alemães que guardavam o Muro de Berlim. E em vez da lã, o tecido surgiu naturalmente. Como o material é rígido, foi só me cobrir com um pedaço dele para ver os ângulos que imaginei ganharem forma."

Tricôs e feltro já estão nas lojas. E este é o momento de definir as peças da coleção primavera/verão 2011 que será apresentada em junho na São Paulo Fashion Week. O tema é o fundo do mar e pode-se adiantar que muito azul e verde vêm por aí. Durante o percurso pelo ateliê, a assistente do estilista pede ajuda. Não sabe onde aplicar um barroco peixe "meio carpa marinha" em uma camisa branca de algodão. "Aplique no alto das costas. Acho que fica mais estiloso se for bordado e bem coloridão, não?"

De São Paulo para o fundo do mar, passando pelos paetês do carnaval, pelo samba e pelos "guardiães da amazônia", os temas que inspiram diretor de criação e equipe são múltiplos como a marca. Oskar, por exemplo, que exerceu a profissão de médico, é videomaker, surfista, ativista social e ecológico e acumula até o título de cônsul. Na entrada do "complexo" em São Cristóvão, está lá a placa: Consulado da Estônia no Brasil. "Foi por acaso. Minha família é de origem estoniana e pesquisei sobre a cultura e o meu sobrenome - que quer dizer "guardião da floresta". Acabei cônsul honorário no Brasil."

Foi também por acaso que ele criou a grife. Em 1986, não encontrou no Brasil um casaco de frio adequado para a expedição que faria ao monte Aconcágua, nos Andes, e acabou desenvolvendo seu próprio uniforme. "Como era alpinista e especialista em ergonomia, juntei as duas paixões e passei a desenvolver e vender minhas peças em Búzios. Nunca pensei que fosse resultar em dezenas de lojas, nem que um dia alguém classificaria esse trabalho de arte."

Arte da moda. Para Oskar, arte e moda caminham juntas. "Ambas são formas de expressão, mas o meio é diferente. Posso buscar inspiração na arte para fazer minha moda e, assim, despertar o interesse no público."

Prova de que ele acredita no que diz é a apresentação que fará quinta-feira na Casa França Brasil. "Mostraremos a coleção Trópico de Capricórnio e discutiremos como ela se relaciona com a arquitetura e a arte de São Paulo. Vamos exibir vídeos do desfile, fotos da campanha, mostrar a trilha sonora e debater como todos esses elementos chegam às lojas agora na forma de produto final. Por meio dessa exposição, queremos comunicar e traduzir nosso trabalho de uma maneira não convencional e mais aprofundada do que é possível em 15 minutos de desfile na Fashion Week."

Mais arte por vir? "Adorei a ideia de expor uma coleção e quero fazer outras. Também estou preparando um livro de fotografias, o Ipanema, que deve ser publicado no fim do ano."



QUEM É

OSKAR METSAVAHT
MÉDICO E ESTILISTA

CV: Nascido em 1961 em Caxias do Sul (RS), estudou medicina no Rio de Janeiro. Transitando entre áreas como moda, audiovisual, design mobiliário, é diretor de criação da própria marca, Osklen. Costuma pesquisar novos materiais na Amazônia e surfar em Ipanema, no Rio.

Fonte:estadao.com.br/estadaodehoje

Dicionário de Moda


Alta Costura: é o vestuário criado por estilistas famosos, em coleções específicas para cada estação.

Ankle boots: Modelo de bota de cano curto, que chega até o tornozelo. Pode ser feita de materiais como camurça, couro e verniz.

argyle: uma estampa de losangos coloridos que você certamente já viu em, meias, cachecóis e suéteres.

Arrastão: tipo de malha bem aberta, como uma rede de pescador. Muito usada nas meias finas, até pouc tempo era associada a trajes típicos ou de dançarinas. Agora, estão super na moda.

Assimétricas: São chamadas assim todas as peças que não são certinhas, não seguem uma proporção perfeita: as blusas de um ombro só, as saias com pontas maiores numa das laterais e assim por diante.

Babado: Tira de tecido franzida ou pregueada, costurada sobre a borda de uma roupa. O detalhe sempre volta com tudo quando a moda fica mais romântica.

Balonê: foi um ícone de estilo nos anos 80. Como o nome diz, é uma saia que parece um balão, porque tem a barra franzida, virada e presa.

Barra Italiana: aquela barra dobradinha, virada para cima, muito usada em calças, bermudas e shorts.


Básicoestilo de vestir. Representa também a linguagem dos tecidos e peças clássicas e comuns nas coleções dos produtores de tecidos e confecções.

Blazer: a palavra, em inglês, significa casaco. Semelhante ao paletó dos ternos, pode ser usado por meninas e meninos, dependendo do modelo.

Boá: uma espécie de echarpe longa, feita de plumas, pele ou tule. Para usar, tem que ter estilo.

Boca de Sino: é um tipo de calça que fica mais larga do joelho até a barra, chegando aos tornozelos com uma abertura realmente grande! Foi muito popular no final dos anos 60 e começo dos anos 70.

Bolero: casaco curto e aberto, que cobre somente os ombros.

Cacharrel: Blusa de malhar muito macia, com gola alta e que normalmente se ajusta ao corpo.

Calça Capri: ela vai só até o meio da canela e se afunila na barra. Recebe o nome em homenagem a ilha de Capri, na Itália, balneário onde as mulheres já desfilavam esse modelito na década de 50.

Cardigã: Casaco de lã sem gola e abotoado na frente.

Cargo: é um tipo de roupa que segue o modelo dos uniformes dos militares ou os utilizados em fábricas. São peças superconfortáveis e práticas. As calças normalmente têm vários bolsos e detalhes.

Casaqueto: é um casaco mais curto, muito usado com vestidos tomara-que-caia.

Chapéu Panamá: de cor clara, esse acessório é normalmente feito de palha, com uma trama bem fechada. Tem esse nome porque quem o popularizou foi um presidente americano, durante uma visita ao canal do Panamá.

Chemisier: Vestido abotoado na frente tipo uma camisa masculina.

Cigarrete: é uma skinny dos anos 60, com a diferença de que essa calça era um pouco mais curta. No mais, era bem justa e estreita na barra.

Corselet: Corpete justo, sem alças e com formato de ligerie. Pode ser usado por baixo de um casaco ou sobreposto a uma outra peça.

Cós: uma tira de pano que feca bem no lugar da cintura em calças, saias, bermudas e outras peças.

Coturno: Tipo de bota de cano alto, com cadarço, que imita os calçados usados pelos militares.

Decote Canoa: é um corte raso, que vai de um ombro ao outro e tem a mesma profundidade na frente e nas costas.

Decote em U: é como a letra e, por isso mesmo, dá um corte mais aberto na região do colo.

Decote me V: o modelo é mais sensual de todos. Em forma de V, valoriza bastante os seios.

Drapeado: o mesmo que franzido.

Dry fit: tecido bastante usado em roupas esportivas, feito com poliamida e elastano, que absorve mito bem o suor e seca com facilidade.

Envelope: o nome é normalmente usado para identificar um tipo de saia que envolve o corpo, com uma parte sobreposta a outra pode ter vários comprimentos e, dependendo do tecido de que é feita, ganha um ar mais social ou despojado.

Escarpim: sapato leve, que se caracteriza pelo bico mais fino na ponta. É um clássico! A altura do salto é que muda de uma estação para outra.

Evasê: saia com corte um pouco maior na parte inferior.

Étnico: temo usado para descrever trajes inspirados em roupas típicas de uma determinada região.

Folk: estilo que aproveita a inspiração do folclore ou das manifestações populares de um determinado país.

Frente Única: usada em vestidos, blusas e biquínis. O modelo normalmente tem uma tiara que sai da parte da frente da peça e que deve ser amarrada atrás do pescoço, deixando à mostra as costas e os ombros.

Frufru: talvez o ornamento feminino por excelência. Forma onomatopéica de babadinhos franzidos, em geral estreitos.

Fuxico: Um trabalho artesanal, feito com retalhos formando uma rodelinha franzida que lembra uma flor.

Galocha: espécie de bota de borracha, que antigamente era usada sobre sapatos comuns nos dias de muita chuva. Hoje, são usadas sozinhas, mesmo em tempo seco, só para fazer estilo.

Godê: saia que tem abertura maior na parte inferior e é rodada.

Gola Olímpica: alta nas laterais, envolve todo o pescoço. Pode ser ou não enrolada.

Homewear: dá nome a peças confortáveis e descontraídas, mais usadas em casa.

Yuppie: Nome que os americanos usam para designar jovens profissionais de sucesso que consomem roupas de grife e frequentam lugares fashion. O auge dos ternos com ombreiras, suspensórios e gravatas da mesma cor, características dessa moda, foi nos anos 1980. Já as mulheres vestiam casaco power – com as famosas ombreiras –, saia curta e estreita com grandes fendas e uma blusa finíssima. À noite, as yuppies eram glamourosas, cheias de brilho, saias balão, mangas volumosas e cores fortes. Christian Lacroix na época era o estilista mais desejado.
Jardineira: modelo de calça, short ou saia que se prolonga até o peito, de onde saem duas alças, que se prendem atrás, na cintura.

jogging: a palavra, em inglês, tem a ver com movimento, exercício. As roupas chamadas assim são, portanto, as usadas para malhar, caminhar ou correr. Geralmente são mais largas, confortáveis e confeccionadas em moletom, malha ou tactel.

Legging: justinha até o tornozelo, e feitas de um tecido elástico, ganharam popularidade como roupa de ginástica. Atualmente, estão nas ruas acompanhadas de blusas ou suéteres compridos, vestidos e batas.

Lurex: tipo de tecido com bastante brilho, feito de fios metalizados. Pode ser usado em vestidos, blusas, saias, casacos e meias-calças.

Maxibolsas: bolsa bem grande, ideal para guardar tudo o que a
mulherada gosta de carregar e mais um pouco.

Mocassim: sapato fechado, sem abotoamento, inspirado nos modelos
indianos. Superconfortáveis!

Mule: é como se fosse um chinelo com salto, o acabamento pode ser
feito com diversos tipos de tecidos.

Navy: a palavra inglesa que significa Marinha. As peças que seguem esse estilo, como não poderia deixar de ser, são inspiradas no universo náutico, levam listras, normalmente nas cores vermelho, azul-marinho e branco. As roupas podem ter também aplicações de cordas, correntes e botões dourados.

Off-White: uma cor que está super na onda, espécie de “branco sujo”, meio-termo entre o branco puro e o gelo.

Paetês: partículas brilhantes, usadas para bordar algumas peças de roupa ou acessórios.

Parka: casaco com capuz, largo e impermeável. Os mais comuns são os modelos de tactel e nylon.

Patchwork: tecido feito com vários pedaços ou retalhos de tecido diferentes, costurados todos juntos.

Pelerine: peça curta, de modelagem godê, que cobre apenas os ombros e a parte de cima dos braços. Normalmente feita de tecido nobre, é usada em ocasiões mais formais.

Plataforma: salto com uma base grossa e alta, é bastante confortável.

Plush: tecido que se parece com o veludo, só que é ainda mais fofo. Geralmente é usado em casacos de inverno.

Retrô: termo usado para roupas e acessórios antigos que voltam à moda.

Risca-de-giz: tecido clássico da alfaiataria, tem riscas finas, verticais e paralelas, com distâncias regulares, podendo ir no máximo a dois centímetros. Mais usado em trajes sociais.

Saia A: modelo de saia com a forma de um A, ajustada no quadril e mais
abertinha na barra.

Sapato Boneca: aberto em cima, tem uma tira abotoada numa das laterais. Pode ter ou não salto.

Suspensório: peça formada por duas tiras frontais paralelas que passam pelos ombros, terminando em um Y nas costas. Perfeito para criar um visual moderno!

Tie-dye: estampa marcada por um tingimento irregular, muito usada em peças esportátivas, de praia e piscina.

Trench Coat: Capa ou casaco comprido, que normalmente leva um faixa na cintura.

Tomara-que-caia: tipo de decote sem alças e sem mangas.

Fonte:achadosdamoda.com

Treinamento corporativo: você se comporta como um macaquinho?


Os experimentos de Skinner revolucionaram a Psicologia ao incorporar a estatística ao estudo do comportamento dos animais. Com sua engenhosidade mostrou como o treinamento pode influenciar atitudes. Mas quais seriam as influências disso no mundo corporativo?

No final da década de 1920, a Primeira Guerra Mundial acabara de terminar, deixando um enorme e traumático rastro de destruição, tanto física quanto psicológica. O principal consolo vinha dos divãs onde a psicanálise de Freud era a (única) resposta para tudo.

Mas para o psicólogo americano B. F. Skinner, a grande influência vinha da obra do russo Ivan Pavlov e suas pesquisas com o condicionamento de cães.


Fascinavam-lhe as histórias sobre o como o cientista era capaz de fazer seus cães salivarem ao simples toque de uma sineta. Mas Skinner não via glamour nenhum na saliva do cão. Se a hipótese funcionava para uma glândula, especulava, deveria funcionar também para o organismo todo.


Para ele, tais idéias não poderiam se restringir a simples reflexos. Antes, deveriam se estender ao comportamento. Se Pavlov conseguira condicionar uma resposta involuntária a um estímulo, o mesmo não seria possível com uma resposta voluntária? Daria para condicionar um animal a realizar uma tarefa por meio de uma recompensa?


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Já estudando em Harvard, Skinner herdou umas cobaias de laboratório de um colega que mudou-se de lá. Nessa época ele começou a construir suas famosas caixas: artefatos mecânicos complexos que o auxiliavam em suas pesquisas, dentro das quais observava as performances de seus camundongos e pombos.


Uma sutil diferença com relação aos estudos do russo está na ordem dos eventos: enquanto que o estímulo (sineta) ocorria antes da resposta (salivação) nos experimentos dos cães de Pavlov, os ratinhos de Skinner recebiam comida depois de realizar uma tarefa.


Ao alimentar as cobaias depois que elas pisavam numa alavanca, por exemplo, Skinner ensinava-as que valia a pena pisar na alavanca. Pisar na alavanca significava ganhar uma recompensa: comida.


Mas Skinner foi além e criou diversas variações para ver até que ponto o comportamento poderia ser aprendido. O ratinho apertava a alavanca uma vez e nada. Duas vezes e nada. Na terceira vinha a comida. Quando quis comer novamente, o ratinho apertou a alavanca três vezes seguidas. Espantoso!


Em seguida Skinner retirou a comida e mediu quanto tempo levava para o ratinho perceber que a farra acabara. Depois a comida voltou, mas agora após sete apertos na alavanca. Depois doze. Vinte. Treze. Milhares de variações, infinitas medições, atitudes rigorosamente cronometradas, mudanças comportamentais criteriosamente observadas.


As engenhosas Caixas de Skinner registravam todos os movimentos de suas cobaias. Um fabuloso volume de dados era gerado a cada nova sessão de experimentos. Em seus trabalhos observou-se, pela primeira vez, o extensivo uso de ferramentas e modelos estatísticos complexos, em vários níveis. Do seu rigor metodológico nasceu a verdadeira Ciência do Comportamento.


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As variações seguintes foram igualmente reveladoras: as caixas foram programadas para liberar a comida de forma aleatória. Às vezes o ratinho ganhava comida depois de trinta apertos na alavanca. Às vezes saía sem nada. Vinte e três apertos e, oba, comida! Dezoito e nada. Apesar de a intuição sugerir que recompensas aleatórias ou muito espaçadas eliminam o comportamento, não foi o que Skinner observou. Ao contrário, ele percebeu que os hábitos baseados em recompensas irregulares são os mais difíceis de serem quebrados.


Com a ajuda dos ratinhos Skinner explicou porque perdemos fortunas em máquinas caça-níqueis e porque a leitora se apaixona pelo namorado que liga de vez em quando. Ou, usando o jargão habitual, como os reforços/recompensas intermitentes transformam-se em compulsão.


Outro comportamento errático identificado por Skinner foi o que chamou de superstição dos pombos.


Trancada numa gaiola, a ave recebia comida em intervalos de tempo absolutamente aleatórios. Sem saber disso, ela acreditava que alguma atitude sua havia liberado a comida e passava, assim, a repetir aquele gesto específico na esperança que mais comida fosse oferecida.


Isto é, se o pombo girasse o pescoço para a direita no exato momento que a comida aparecesse, ele imaginava que a comida havia aparecido graças a isso e, assim, passava a girar a cabeça para a direita freneticamente. Do mesmo modo que o técnico de futebol não troca de camisa e o jogador de bingo atribui sua sorte ao fato de não trocar de cuecas há três dias. (Percebem como a superstição é uma atitude inteligente?)


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Enquanto criava variações para seus experimentos, Skinner tornou-se um exímio adestrador de animais. Seu coelho depositava moedas num cofrinho. Seu gato tocava piano e seus pombos dançavam. E se animais com cérebros menores que um amendoim poderiam aprender tarefas compexas, de que seria capaz o homem? Com o treinamento adequado, qualquer um poderia aprender qualquer coisa.


Nas décadas de 1950 e 1960 seus métodos de condicionamento do comportamento foram levados a sanatórios psiquiátricos onde esquizofrênicos irrecuperáveis conseguiam aprender a realizar algumas tarefas quando recompensados. Modernamente, traumas, fobias e outros distúrbios de ansiedade são tratados segundo suas teorias.


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Outro lado muito explorado na biografia de Skinner refere-se às suas publicações não-científicas. Acreditado que aliando o poder da recompensa e reforço positivo a treinamentos específicos, seria possível condicionar seres humanos padronizando seus comportamentos numa sociedade pasteurizada.

Seu romance Walden Two descreve uma comunidade organizada em torno da engenharia do comportamento, governada não por políticos, mas por psicólogos.


Dentro de um estilo de vida que não apoiasse guerras, competição ou conflitos sociais, as regras defenderiam o consumo mínimo, relações sociais ricas, felicidade pessoal, trabalho estimulante e lazer.


Uma utopia interessante, decerto necessitando algumas correções e semelhante a muitas comunidades já existentes por aí (vide o formidável "A vila" de M. Night Shyamalan). Mas nada mais do que ficção, assim como Admirável Mundo Novo, 1984 ou Laranja Mecânica.


A verdade é que a maior parte daquilo que hoje sabemos a respeito de psicologia e educação - reforço e recompensa - é baseado exatamente nas obras de Skinner. Ele advogava, inclusive, que o aprendizado deve sempre estar ligado às recompensas e não à punição. Segundo ele, a única coisa que se aprende através da punição é a evitar ser punido. Se você leva um tapa por não saber a capital da Turquia, sua motivação será não apanhar, em vez de querer aprender. Ou então revidar.


Assim como a obra de Pavlov, o legado de Skinner parece não nos saltar tanto aos olhos à primeira vista, talvez porque a maioria desses conceitos parecem já vir pregados no nosso cérebro desde que nos entendemos por gente. Mas este parece ser o definitivo reconhecimento da magnitude de sua contribuição, colocando Skinner como um dos grandes cientistas do século XX.


Burrhus Frederic Skinner, o homem que compreendeu os mecanismos do aprendizado humano estudando ratos e pombos, morreu de leucemia em 1990, aos 86 anos.


SKINNER E A ADMINISTRAÇÃO


Três palavras saltam aos olhos neste texto sobre Skinner quando pensamos nas empresas atuais: reforços, recompensas e punições. No moderno jargão corporativo estes termos são substituídos pelo singelo "cenouras e porretes".


Parece justo pensar que recompensas educam muito mais do que punições, mas a razão disso vai um pouco além da base moral desta idéia: uma recompensa motiva muito mais do que (evitar) uma punição.


Além disso, devemos considerar uma diferença fundamental entre nós e roedores e aves: nossas motivações estão um pouco acima da necessidade biológica que o ratinho e a pomba. Claro que comer também é importante para nós, mas levantamos cedo da cama todos os dias para algo além disso.


Recompensas materiais instantâneas estimulam o ratinho a realizar tarefas tão simples quanto apertar uma pequena alavanca - e isto vale também para aquelas tarefas que realizamos no piloto-automático, sem ter que pensar muito.


Mas, como disse no texto anterior, se você quiser uma realização um pouco além disso - um equipe inovadora ou uma solução criativa - terá que oferecer bem mais do que dinheiro. Ou será que Skinner jamais teve um ratinho ninja ou uma pomba endiabrada?


O QUE VEM POR AÍ

Ocorre, ainda, que na maioria das vezes o aprendizado é um processo coletivo e o grupo pode interferir de maneira decisiva na forma como aprendemos e nos comportamos

Fonte:administradores.com.br

A história perversa do biquini


Um ano depois do silêncio das armas da 2a. Guerra Mundial, Louis Reard, estilista francês, teve o que a infiltração anglicizante do nosso vernáculo chama de insight: lançaria uma peça de vestuário de encher os olhos com as prendas do corpo feminino: curvas, saliências, altiplanos e vales, preservando, s´il vous plais!, as fagueiras e vaporosas vergonhas venusina,s. Discreto, passou madrugadas em vigília, desenhando maquetes de seu invento revolucionário, mas sentiu que lhe faltava um nome forte com apelo exótico. Eis que, em julho de 1946, faltando quatro dias para o lançamento da nova criação, explodem as bombas atômicas “Baker” e “Abel” no Atol de Bikini, centro do Pacífico Sul, e de bandeja os EUA oferecem a Reard o nome que rasgaria a boca do balão, do jeito que as bombas tinham rasgado ao meio o atol – la mode du terreur!




Deparei-me com esta estória intrigante anos atrás, durante a pesquisa para o roteiro do telefilme Burning Sand, para o qual tinha entrevistado em Nova York, Antony Guarisco, marine norte-americano durante a campanha do Pacífico, e que em 1987 liderava o movimento nacional dos Atomic Veterans. Desde a década dos anos 70, estes soldados reclamavam reparações dos sucessivos governos em Washington - reparações pela morte de aprox. 200 mil veteranos que participaram dos testes nucleares entre as décadas de 40 e 60, porque tinham sido enganados, traídos pelas autoridades, forçados a assinar “salvo-condutos”, cheques em branco, isentando o Pentágono de “todas e quaisquer responsabilidades por eventuais danos à saúde”. A malícia infernal já estava subentendida na própria declaração, mas os boys assinaram; alguns por patriotismo, outros por ingenuidade, outros ainda por esdruxularias equivalentes.





Quando conheci Guarisco, ele já se arrastava pelos corredores do hotel apoiado numa bengala, os ossos triturados pela doença terminal que matara a maioria de seus camaradas. Impossível esquecer sua frase dirigida para a câmera, com seu testemunho sobre a explosão da bomba Baker, no atol de Bikini: “A sound of frying eggs was in the air and for minutes I could see my own bones trough the flesh of my hands.. – um som de ovos fritos crispava o ar e por minutos pude ver meus próprios ossos através da carne da minha mão …” A cena de terror fora vivida por Guarisco e seus companheiros numa praia de Bikini, sem proteção física alguma contra o “grande raio-X”, o eclipse da luz e das trevas. O objetivo da missão: “testar as condições de combate da tropa após um ataque nuclear soviético”… Ficção? História, e das escalafriantes! Nunca mais vi Guarisco, há poucos anos liguei de Curitiba para sua esposa e soube que ele tinha morrido de leucemia…




O filme, com roteiro baseado em meu livro A bomba pacífica (Brasiliense, 1988), com financiamento inicial do Film Office Hamburg, há anos aguarda conclusão, porque a Guerra Fria deixava de ser fashion, as usinas nucleares e seus gêmeos siameses, as bombas, também atômicas, caíram em desuso em escala global. Mas eis que o projeto é salvo pelo gongo da História, melhor: por sua versão Bonapartista, aquela, cuja repetição Marx tão espirituosamente chamou de farsa. É que o fogo fátuo da Guerra Fria se reacende e, atento às graves alterações climáticas e a desesperada busca por fontes geradoras de energia de baixo impacto ambiental, um poderoso lobby (l´escroquerie nucleaire, como diz um amigo gallo-romano) arma esperto revisionismo histórico dos perigos das instalações nucleares, agora vendidas ao distinto público como “as menos poluentes e mais seguras”.

E fez a cabeça de Nosso Timoneiro. Este, como se sabe, entre mensalões e outras diatribes da nova classe de alpinistas sociais, aprovou a conclusão de Angra-3 e a construção de mais seis outras usinas nucleares. Dizem línguas afiadas que o Brasil precisa de assento no Conselho de Segurança da ONU, onde meras usinas nucleares rimam com bombas… Mas, o que interessa aqui, é que das seis usinas planejadas, duas ou três operarão no litoral do Nordeste – o que me devolve o insight de Louis Reard…




Nos anos 50 a relação macabra entre a fonte inspiradora e o trapinho homônimo – a bomba e o biquíni – repercutiu desfavoravelmente para Reard. Mais, non!, argumentando pela tangente, afirmou que havia emprestado o nome do sumário traje de banho ao atol, e não à bomba. A verdade é que ele tirou enorme vantagem dos testes com a arma terminal, cuja devastação parecia pescar no inconsciente coletivo fantasias associadas ao imperativo histórico de uma urgente devastação da moral vitoriana. Com a reprodução em algodão, de fac-símiles da cobertura de imprensa sobre os testes nucleares, Reard promoveu um marketing literalmente bombástico.



Mas o inventor do biquíni necessitava de um trunfo adicional, pois outro francês, Jacques Heim, havia chegado às passarelas com uma criação semelhante – a do maiô partido em dois, assumidamente batizado de “L’atome”. Reard contra-atacou, promovendo seu biquíni como “o traje menor que o mundialmente menor dos trajes”, e ganhou a guerra dos nomes e das torcidas, pois do seu lado estava a turma do “tii-ra!, tiiii-ra !”.




Contudo, garimpadas as segundas intenções nas lixeiras da História, eis que uma insólita explicação econômica parece varrer todo o encanto, substituindo nossas fantasias por fatos. O pano de fundo histórico do biquíni, que aqui funciona como perfeito trocadilho, foi a falta de pano para a confecção de fundilhos. Em 1943, em plena 2a. Guerra Mundial, o governo norte-americano obrigou a indústria têxtil ao racionamento de matérias-primas, provocando a redução de 10 por cento de algodão na confecção de trajes de banho femininos. O resultado desta operação militar foi uma espécie de “ventre livre” patriótico para o corpo feminino, e foi Reard quem lhe daria a forma no Velho Continente. Sua inovação mercadológica consistiu em reduzir o traje para 30 polegadas de malha, desmembradas em bustier top e um triângulo invertido, down, conectados por um cordão. O biquíni de Reard era tão sumário para a moral da época, que nenhuma modelo parisiense ousou subir a passarela.




Nos EUA, certa “Liga pela Decência” pressionou os produtores de Hollywood para banir o biquíni das telas. Porta-vozes da cruzada vitoriana questionaram em público a reputação das moças convertidas à moda, afirmando que “o biquíni revela tudo no corpo de uma mulher, menos o nome da mãe dela “(sic!). Impávido, Reard manteve a classe e a ousadia a serviço do marketing, contratando Micheline Bernardini, em cuja cabeça e corpo o biquíni caiu como uma luva, pois atuava como dançarina de nus no Cassino de Paris: após uma sessão de fotos dela em poses reclinantes, a imprensa caiu de quatro, embasbacada, e a musa foi soterrada sob uma avalanche de 50 mil cartas de fãs ensandecida/os.




Mas la Bernardini não foi capaz de impor a capitulação aos vitorianos EUA. Desesperado (melhor: de olho grande no mercado yankee), Reard incorporou a carta do eremita do tarô, e teve seu segundo insight: une femme fatal mal conhecida por “BB”. Deslocou para o campo de batalha suas estonteantes curvas, acentuadas pelo trapinho, et voilá!, era o que faltava: o biquíni precisava de curvas para ser valorizado, e la BB impôs a queda das últimas barricadas norte-americanas. Entrava em cena em Hollywood o vitorioso trapo que matava a cobra e escondia o… principal. Das passarelas para a tela e o vinil, foi um passo. O biquíni foi cantado em prosa e verso, imortalizado no rock de Brian Hyland, do final dos anos 50, “Itsy-Bitsy-Teenie-Weenie/Yellow-Polka-Dot Bikini”.




A empresa de Reard conseguiu manter-se no mercado até 1988. Uma versão sobre os motivos do fechamento da empresa insinua que Reard perdera a guerra pela miniaturização para o fio-dental brasileiro; aberração, vingança dos inventivos trópicos e golpe fatal nos planos do estilista.




Cinqüenta anos depois, é oportuno indagar se a vinculação proposital do maiô partido em dois com a arma de extermínio em massa, não abriga códigos de significados convergentes. O primeiro deles é a “onda Shumpeteriana”: em conjunturas de abertura democrática e crescimento econômico, a moda (e a libido) abre-se também, liberando o corpo do “supérfluo” (no inconsciente coletivo pós-guerra, masculino, era enorme a demanda pela “abertura do pano” sobre o corpo feminino). O segundo, é seu significante profundamente pós-moderno: a visão de Reard é a alegoria do êxtase ilimitado, cujo pêndulo sempre oscila entre Eros e Tanatos, entre o prazer e a morte – o signo marcante de toda a cultura iconográfica e moda, militarizadas e ferozmente midiatizadas neste início de 3º. Milênio.




Por fim, uma pitada de pimenta tupiniquim: as bombas atômicas norte-americanas lançadas sobre o paradisíaco atol de Polinésia – imortalizado nos quadros de Paul Gauguin – foram construídas, durante e depois da 2ª Guerra Mundial, com matéria-prima brasileira: milhões de toneladas de areia monazítica, contendo urânio e tório, das praias de Guarapari, no Espírito Santo, Mãe Ubá e outros costões do sul nordestino. Quem aguardar o filme, verá.


Fonte:fuellgrafianas.blogspot.com

domingo, 25 de abril de 2010

Visualização Básica para Lavanderia Industrial: Novas Visões para Velhos Conceitos


Uma grande necessidade que as lavanderias industriais começam a sentir é a dificuldade em trabalhar com pequenas quantidades de substratos. Atualmente, a maioria das confecções, sejam
elas de PT ou jeans, passou a utilizar pequenos retalhos para compor uma
nova cartela de tendências, testes de aplicação, novos processos ou
mesmo para um desenvolvimento diferenciado. E, acredite, o antigo
residual hoje é munição para o conhecimento.

Com essa nova onda de pesquisa e redução de custos, temos um setor que cresce exorbitantemente, mas sem estrutura. Daí nasce, juntamente com a necessidade, a condição de um
laboratório que atenda esse nicho de mercado com o intuito de se
modernizar tecnologicamente para atender a nova demanda.

No caso de uma confecção solicitar uma cartela de cores sobre jeans (sujinho ou dirty) ou mesmo em PT, como uma lavanderia conseguiria atender dez cores com 50 cm de tecido? Entra
nesse cenário o laboratório de desenvolvimento que, por meio de cálculos
de equivalência, contratipagem e igualdade de condições, consegue
simular de maneira bastante próxima um ensaio laboratorial de
desenvolvimento de cor para a real condição de uma máquina de produção.

Os principais pontos são: o respeito pela quantificação dos insumos, sistematização da RB (Relação de Banho), acompanhamento gradativo de aquecimento em graus por minuto e,
principalmente, o rigoroso passo-a-passo do seu gráfico de aplicação. Em
termos de benefício, a lavanderia ganha ao atender o cliente
confeccionista dela, promove fidelidade na relação comercial e,
conseqüentemente, permuta o compromisso em crescimento mercadológico,
técnico e de valorização do cliente.

Exemplo de receita

A seguir temos uma exemplificação de receituário para adequar o processo de transposição de um laboratório para uma linha produtiva.

Quando recebemos uma tira de tecido com meio metro de comprimento, podemos pesar 5 gramas de material e aplicar a fórmula de RB 1:10 e, assim,
utilizar a sistemática:

MST: 5 g

RB: 1:10

VB: 50 ml


Receituário Orientativo:

1,5% de Turquesa Direto 86

5 g/l de Sulfato ou Cloreto de Sódio (Sal)

0,2 g/l Retardante/Igualizante


Observações: para quantidades muito pequenas devemos fazer uma solução titulada em 1/100 até 1/1000 e pipetar as quantidades volumétricas necessárias. As mesmas
correlações devem ser aplicadas para um equipamento industrial. Devemos
apenas considerar que um teste piloto (laboratorial) deve ser acrescido
em 10 a 20% na receita como um todo, devido a fatores de variação
independentes da sistemática (vapor, dureza de água, área física,
ambiente externo, etc).

FASHION É A MODA INCLUSIVA, ROUPA BONITA PARA TODOS!


O mundo da moda perde um pouco do charme quando a gente para e pensa que, de verdade mesmo, ela não é lá muito democrática.

Se você é muito alta, falta um pedaço da barra ou a calça fica larga. Se é gordinha, provavelmente fica difícil encontrar aquela blusa que viu no catálogo de moda ou na revista. E, se você tiver algum tipo de deficiência física e necessidades especiais, como acha que a moda fica?

A professora da área de Moda do Senai de Cianorte, no Paraná, Leny Pereira, parou para pensar melhor sobre isso e resolveu desenvolver roupas especiais. Depois de conhecer um menino tetraplégico, de 12 anos, Terra ela prometeu que criaria uma roupa exclusiva para ele – e assim, quase sem querer, deu inicio ao projeto “Roupas para PcD (pessoas com deficiência)”, premiado no último concurso Mostra Inova do Senai, no ano passado.


Moda para todos
Leny criou uma coleção toda adaptada para crianças e adolescentes com deficiência motora, a partir de um estudo chamado 4ª dimensão de modelagem, que observa o movimento do corpo e suas articulações. Isso significa que as peças têm detalhes que facilitam o vestir, como um recorte nas costas ou um deslocamento na costura. Os aviamentos – de plástico ao invés de ferro – deixaram as roupas mais confortáveis. Mas, mesmo com tanta novidade, não há grandes diferenças quando o assunto é produção. “Os acabamentos e costuras são os mesmos já utilizados na confecção industrial. O deslocamento não muda o processo normal”, garante a professora.

Segundo ela, não existem roupas com modelagem especial para os deficientes jovens que atendam a necessidade e, ao mesmo tempo, estejam na moda, com cores alegres, estampas e cortes atuais. Hoje, a maioria das crianças deficientes utiliza roupas de tamanho maior, com algum tipo de adaptação caseira. “Geralmente a mãe tem que improvisar, fazendo aberturas laterais para vestir com mais facilidade“, afirma.

O projeto foi todo elaborado para atender crianças e adolescente com paralisia em membros superiores e inferiores, além de pessoas em reabilitação pós-cirúrgica. “As peças atendem não só aos cadeirantes, mas todas as pessoas com dificuldade motora, que podem ter um comprometimento leve ou grave dos movimentos”, explica.

A primeira coleção tem 12 peças, com vestido, calça, blusas e jaqueta. Por enquanto, as roupas são para crianças, mas podem ser redesenhadas para mulheres e homens. Agora, a intenção é colocar a coleção no mercado. “É uma coisa simples, mas que pode mudar a vida de uma pessoa, principalmente de uma criança” considera Leny. Em entrevista especial para o Vila Fashion ( do Vila Mulher ), ela fala um pouco do sentimento de estar à frente de um projeto que democratiza a moda e conta de onde veio a grande inspiração para tudo. Ela acredita que até muito em breve será possível comprar as peças pela internet, e quanto aos preços, provavelmente terão o custo de uma peça convencional.

Como você se sente à frente de um projeto que democratiza a moda?

Sentir, talvez seja a palavra deste projeto. Existe muito sobre moda, seu desdobramento enquanto comportamento, tendências, e até mesmo o reflexo de uma sociedade. São vários sentimentos que sustentam essa ideia. Hoje me sinto muito feliz e realizada com a contribuição do meu trabalho para tornar possível e mais agradável o dia dessas pessoas. A moda existe porque existem pessoas e a democratização da mesma é um direito de todos os indivíduos. A pessoa com deficiência é um consumidor. Assim como os demais, eles chegaram ao mercado de trabalho, conquistaram espaços, e porque não, o mercado de moda? É um grande desafio com certeza, mas apaixonante e de muita essência humana.

De onde veio à inspiração principal para criar as peças?

Essa ideia surgiu quando na graduação participei de um seminário com a professora Maria Fatima Grave, precursora no Brasil sobre este assunto. Na ocasião ela falou do desafio da modelagem para pessoas com lesão medular, e outras patologias. Depois da palestra, não parei mais de estudar e me interessar pelo assunto. Em 2007, estava pronta a fundamentação teórica e comecei a parte prática do projeto. Foi quando conheci as crianças que provaram a coleção. Aí não tive dúvida que esta ideia era mais necessária do que imaginava. A percepção e o amor pelo próximo foi o combustível para que este projeto criasse força de produto e ganhasse mercado. A maior inspiração vem de uma causa nobre e divina. Acredito que o mais interessante da moda é o respeito pelo corpo a ser vestido, e isso é inerente ao profissional de moda, em todos seus níveis.

Pode explicar um pouquinho dessas “quarta dimensão”?

Na quarta dimensão da modelagem se estuda o corpo em movimento. A modelagem tridimensional atende essa realidade e na quarta dimensão é possível prever o quanto se deve entender o molde, para que este acompanhe a mobilidade do corpo, não causando desconforto ao indivíduo que a utiliza. Nesse caso específico o estudo da modelagem é fundamental para entender a mobilidade desse corpo.

Você acha a moda excludente e que tudo é feito hoje para corpos e medidas perfeitas?
A moda tem uma face excludente, porque o que se mostra na mídia é glamour, que requer muito dinheiro para ostentação. Para esta face da moda, as medidas e os contornos procuram a ilusão de perfeição. No entanto, existem outras faces que a moda contempla, que é a ergonomia e o respeito do bem vestir a todos, sem distinção.


Fonte:Matéria de Sabrina Passos para o Vila Mulher do Portal

sábado, 24 de abril de 2010

Fui demitido, e agora? Veja como encarar a situação


De acordo com especialista, antes de tudo, é preciso manter a calma. Em seguida, procurar amigos e familiares, que possam auxiliar a entender a situação .


O fim de um ciclo é algo natural na vida produtiva de qualquer pessoa, afinal, é rara aquela que inicia e encerra a carreira na mesma empresa. Entretanto, nem sempre o desligamento se dá por iniciativa do profissional. Quando isso acontece, o que fazer?

De acordo com o diretor de Projetos da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Vladimir Araújo, antes de tudo, é preciso manter a calma. Em seguida, procurar a ajuda de amigos e familiares, que possam dar apoio e auxiliar a pessoa a entender a situação.


Por fim, se ainda for necessário, vale tentar a busca de empresas especializadas que podem ajudar o profissional a entender o que ocorreu, bem como auxiliá-lo na procura por uma nova oportunidade.


Demissão nem sempre é incompetência


Ainda na avaliação de Araújo, é comum que, ao serem demitidas, as pessoas se enxerguem como incapazes e, dependendo de como se deu o desligamento, se sintam inaptas a buscar uma nova colocação.


Porém, tais julgamentos são precipitados, diz ele, visto que a maior parte das demissões não se dá por incapacidade do profissional, e sim por problemas comportamentais, como dificuldades de relacionamento, comunicação e trabalho em equipe.


“O fato de ter perdido o emprego não o transforma em incompetente da noite para o dia. Assim, é preciso fazer uma reflexão para tentar entender os reais motivos da demissão e, se necessário, trabalhar tais aspectos”.


E na entrevista de emprego?


De um modo geral, a pessoa deve encarar a demissão com naturalidade, mesmo porque o assunto ainda pode ser pauta em futuras entrevistas de emprego.


Se isso acontecer, alerta o especialista, a melhor opção é falar a verdade, atentando aos fatos e não ao emocional. Vale lembrar que, independentemente de ter sido demitido do emprego, nunca é apropriado falar mal da empresa anterior.


Já para aqueles que, por ventura, foram demitidos por justa causa, o diretor de projetos da Ricardo Xavier dá o seguinte conselho: “dentro do possível e da melhor maneira, procure mostrar o que aconteceu e, principalmente, a ação que fez para reverter a situação ou atenuar o problema”.

Na antiga empresa
Por fim, destaca Araújo, vale lembrar que, mesmo ao ser demitido, o profissional deve manter a postura e sair de forma digna da empresa anterior, evitando, por exemplo, falar mal da empresa ou enviar e-mails de despedida criticando alguém.

Além disso, diz ele, é simpático colocar-se disponível para uma nova oportunidade, caso a empresa venha a necessitar novamente de alguém com aquele perfil.


Fonte:administradores.com

Crise acelera mudança


A crise económica internacional tem intensificado as mudanças estruturais no sector têxtil e de vestuário, resultando na eliminação de milhões de postos de trabalho. Para além da queda na procura, também o fenómeno fast-fashion, a consolidação das redes de aprovisionamento e o melhor controlo dos inventários contribuíram para esta quebra.


Um estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que foram perdidos entre 11 a 15 milhões de empregos nos sectores têxtil e de vestuário ao nível mundial durante a primeira fase crítica da recessão internacional. As maiores perdas foram registadas na China, com cerca de 10 milhões de postos de trabalho, seguida por Índia, Paquistão, Indonésia e México.

O relatório também salienta que as estimativas de perdas de postos de trabalho por grupos e associações de fabricantes da indústria têxtil são muitas vezes superiores às estimativas dos sindicatos. No caso da Índia, por exemplo, o documento observa que enquanto o Ministério dos Têxteis e os sindicatos do sector em geral colocam o número de perdas de postos de trabalho em cerca de 300.000 a 500.000, a Confederação Indiana da Indústria estimou que foram perdidos 1 milhão de empregos.

O relatório da OIT defende, no entanto, que as causas não são claras para grande parte do número de postos de trabalho em todo o mundo. «O padrão destes encerramentos e despedimentos não pode ser explicado apenas pela queda na procura de exportação», refere o documento. O relatório também afirma que «a consolidação das cadeias de aprovisionamento está a tornar mais difícil para os pequenos produtores de vestuário manterem-se viáveis no mercado global».

Em paralelo com o fim das quotas internacionais em 2005, o relatório considera que o aparecimento da fast-fashion e um melhor controlo de inventário levam os compradores a procurar, cada vez mais, fornecedores que consigam aprovisionar matérias-primas, coordenar a logística e operar em locais que permitem ciclos de entrega mais curtos.

Os principais compradores estão cada vez mais a afastar-se da subcontratação de muitas empresas pequenas, optando por um menor número de “fornecedores estratégicos”, quer sejam grupos de produção ou agentes, que controlem a produção em várias fábricas e localizações internacionais, proporcionando serviços de maior valor acrescentado, segundo a OIT. «As marcas, cada vez mais, não fazem decisões de aprovisionamento numa base de país a país, mas seleccionam empresas com quem trabalham», refere o relatório.

O estudo também concluiu que os retalhistas de desconto e fast-fashion estão a “superar” os especialistas tradicionais do vestuário e as lojas de departamento. Por fim, lista numerosas respostas obtidas por governos e associações da indústria para ajudar as indústrias problemáticas a competir e para conter a perda de mais empregos.

De igual forma, o documento observa que o Conselho Estatal da China está a oferecer apoio financeiro aos produtores de têxteis e a pressionar as instituições financeiras a aumentarem os empréstimos de crédito aos produtores do sector, especialmente aos de pequena e média dimensão. O relatório refere ainda que o governo de Marrocos disponibilizou um pacote de apoio de 100 milhões de dólares, que inclui o cancelamento de impostos sobre os salários e a oferta de garantias governamentais para as empresas que procuram empréstimos bancários.

Fonte:portugaltextil.com

Universidade desenvolve camisa "sem suor"

A Universidade Politécnica da Catalunha (UPC) desenvolveu uma camisa que elimina o suor e evita que ele passe a outras peças. Trata-se de uma camisa que está formada por duas peças isoladas por uma câmara de ar. A primeira peça contém microfibras que se encarregam de absorver o suor e "expulsar" a transpiração em forma de vapor. Já a segunda peça é impermeável e evita que enquanto dura este processo o suor passe a outras peças e produza manchas nas camisas

Fonte:tvuol.uol.com.br

Gordinhos não têm vez nas empresas?


As empresas dizem que não, porém muitas vezes não admitem um profissional gabaritado por estar com aparência fora de forma.


Como diria o grande poeta Vinicius de Moraes, "perdoem-me as feias, mas beleza é fundamental". Pelo menos no ambiente corporativo, a aparência conta pontos e serve como cartão de visitas. Uma pesquisa realizada pelo site de emprego Catho Online com 16 mil executivos de alta gerência revela que mais da metade admite ter algum tipo de objeção na hora de contratar funcionários obesos.

Ou seja, se você está procurando emprego e possui "quilinhos a mais", alerta! Ou vá correndo para a academia ou as chances de agarrar aquela vaga tão desejada irão por água abaixo. A menos que você esteja se preparando para prestar concurso público. Aí a coisa muda de figura...... Preconceito? Sem dúvida. Mas entre os critérios de seleção os recrutadores olham sim a postura do candidato, como ele se veste e se comporta.


Costumo dizer que a aparência faz a diferença, a primeira impressão é a que fica. As empresas, por razões óbvias, não confessam que adotam esse tipo de prática, mas é algo muito mais comum do que a gente pensa. No fundo, as organizações acreditam que os profissionais fora de forma ficarão doentes, saindo caro para elas. Ou seja, acham que o funcionário obeso vai faltar com maior frequência ao trabalho por questões de saúde.


Outro aspecto negativo apontado no levantamento da Catho é que os gordinhos também ganham menos. Cada ponto a mais no indice de Massa Corporal (IMC), que determina o equilíbrio entre peso e altura, representa 92 reais a menos no salário se comparado aos mais magros. Sabemos que excesso de gordura faz mal à saúde, que quem está fora do peso corre riscos, mas daí a discriminar as pessoas em contratações não faz sentido.


O problema é que ninguém assume que faz, mas faz. É tudo por debaixo do pano. Você acha que já foi preterido a alguma vaga por estar acima do peso? Se sim, conte pra gente.


Fonte:administradores.com.br

Fábricas de lingerie de Juruaia (MG) investem em práticas ecologicamente corretas


Empresários de Juruaia, maior polo de lingerie de Minas Gerais, tentam diminuir os impactos ambientais da atividade. Eles utilizam tecidos ecológicos, reciclam materiais e envolvem os empregados na discussão de alternativas para racionalizar recursos naturais.

Há 15 anos no ramo, a empresária Rosana Marques, da Ouse e Use, resolveu comprar tecidos de fibras naturais, conhecidas como modal, para incrementar a produção. Um deles é a fibra de bambu, um tecido mais absorvente que o algodão, antibacteriano e que não amassa.

O tecido de ecofibra, produzido a partir de garrafas pets, é outra aposta de Rosana Marques. "Cada peça confeccionada com este material equivale a três garrafas pets", informa a empresária, que destaca a maciez e a durabilidade do tecido. Rosana exporta para o Japão e a Suíça e vende para distribuidores em todo o Brasil. Na empresa dela, os empregados participam da identificação de medidas para a racionalização de recursos naturais.

Na confecção do empresário Márcio Del Vale Piza, as sobras de tecidos que antes iam para o lixo agora são matéria-prima para um grupo de artesãos. Os retalhos são doados e se transformam em tapetes rústicos que geram emprego e renda para famílias da região.

Outra iniciativa que tem dado certo é a do empresário Júlio César Lara. Ele troca embalagens das peças por prêmios. A cada saco plástico devolvido, o cliente ganha pontos que podem ser trocados por brindes.

Polo de lingerie

Juruaia é hoje a maior produtora de lingerie de Minas Gerais. No Brasil, só perde para Fortaleza (CE) e Nova Friburgo (RJ). São cerca de 150 micro e pequenas empresas que geram mais de quatro mil empregos diretos e representa 60% do PIB da cidade.

O Sebrae-MG oferece aos empresários e funcionários do pólo cursos técnicos nas áreas de produção, gestão, design e qualidade. A instituição também colaborou para a formação de uma Central de Negócios. Por meio dela, os empresários dividem custos de capacitação e consultorias e conseguem preços mais competitivos com práticas conjuntas de compra, marketing e venda.

Felinju

O governador Antônio Augusto Anastasia estará em Juruaia, em 27 de abril, para o lançamento da 13ª Felinju. A feira sedia o lançamento da coleção de inverno do polo. O evento é promovido pela Associação Comercial de Juruaia (Aciju).

28 de abril a 1º de maio

Juruaia/MG

Informações: (35) 3221-6300

Assessoria de Imprensa do Sebrae-MG

Fonte:triangulo-minas.blogspot.com

Moda para deficientes físicos une ciência e estilo


Aqui está uma situação que você já passou milhares de vezes: experimentar uma roupa antes de comprá-la. No que você vai prestar atenção? Se ela está dentro dos padrões ditados pelas tendências da moda, se as cores ficam bem em você e se o caimento no corpo é perfeito, certo? Essas mesmas preocupações foram levadas em conta pelo estilista na hora de desenvolver a peça. Só que com um detalhe básico: ele ou ela imaginou como aquela bela roupa ficava em você de pé. Agora pense bem se esse caimento é o mesmo se você passa sua vida sentado. Ou caminhando com a necessidade de apoio. A resposta é, provavelmente, não.

Esse tipo de pensamento é o que rege a criação de quem trabalha com moda ergonômica e busca soluções em design e engenharia voltadas para pessoas que apresentem algum tipo de paralisia parcial no corpo ou até mesmo deficiência visual. "Não é a moda que diverge e, sim, a forma como ela é pensada, as técnicas de construção de uma peça. Ela tem que ser elaborada em cima de outra realidade, para no final você não notar que ela é diferente e principalmente deve dar uma qualidade melhor e um aumento de autoestima no indivíduo portador de deficiência", afirmou Fátima Grave, professora do Centro Universitário Belas Artes e pesquisadora na área de Modelagem Ergonômica junto à Fundação Selma, uma ONG de apoio a deficientes.

Uma das maiores especialistas nesta área no Brasil, Fátima apresentou sua coleção em um desfile realizado durante a 9ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação e Inclusão em São Paulo, que contou ainda com a participação do ator Ricardo Ciciliano, o professor Serjão de Malhação, da TV Globo, e um dos voluntários mais ativos da Fundação Selma. Desenvolver esse tipo de trabalho em moda não é baseado somente em intuição e, sim, em normas da física. "Tudo está de acordo com as três leis de Newton. O indivíduo fica de pé porque sofre um empuxo da natureza. A sua roupa também sofre a ação da gravidade só que o caimento dela é dominado também pelo corpo. Quando você trabalha com alguém parcialmente paralisado, tem de fazer essa leitura e buscar onde está o ponto de gravidade do corpo, para que lado ele pende, e para que lado o tecido é dominado. Ou seja, se eu descubro pontos gravitacionais, consigo alterar o caimento da peça porque eu estou agindo contra a natureza em busca de um casamento perfeito", disse Fátima.

A estilista está fazendo uma parceira com a empresa portuguesa Weadapt, criada em 2005 e voltada para a moda inclusiva. Um de seus representantes e professor da Universidade de Minho, Miguel Ângelo Carvalho, explicou como essa ciência funciona na prática: "Pensamos muito na funcionalidade. Por exemplo, não há sentido em um cadeirante usar calças com bolsos traseiros, porque não tem utilidade. O comprimento de um paletó ou blaser, por outro lado, não é o mesmo de uma peça comum, porque a pessoa fica sentada o tempo todo. Isso gera desconforto para ela. Da mesma maneira como você não veste uma roupa adulta tamanho G em uma criança, tem que adequar a moda a uma pessoa com deficiência."

Outro lado interessante pesquisado pelos estilistas é a autonomia de quem vai por e tirar aquela peça de roupa. Novas tecnologias são estudadas para facilitar abotoamento, zíperes e soluções de abertura nas roupas, mas que nunca sejam visíveis ao olhar. "O deficiente não quer ser diferente. A moda é igual para todos", disse Miguel. E a inspiração vem justamente do contato com os portadores de deficiências, médicos, fisioterapeutas e centros de reabilitação. São eles quem informam o que é preciso fazer para que a vida seja mais fácil, confortável e, porque não dizer, mais bonita.

Grande mercado, nenhuma oferta
O Brasil possui cerca de 30 milhões de pessoas portadoras de alguma deficiência física, segundo dados oficiais. E apesar deste enorme mercado potencial (que atinge também familiares), não há oferta dessa moda inclusiva em nenhuma grande rede brasileira. Fátima e Miguel estão trazendo a Weadapt para cá ainda este ano, com vendas pela internet, mas buscam criar parcerias com lojas que entendam a seriedade deste trabalho e que se disponham a investir em uma coleção voltada a deficientes.

E em tempos onde responsabilidade social se tornou uma forte ferramenta de marketing e imagem empresarial, e muitas vezes é confundida com plantar árvores, é de se estranhar que até agora ninguém tenha se manifestado a favor desse segmento. A edição brasileira da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação e Inclusão é a terceira maior do mundo e foi a oitava vez que Fátima mostrou sua coleção ao público. Grandes marcas da indústria automobilística como Honda, Toyota, Volkswagen e Fiat marcaram presença no evento. Está realmente faltando alguma da área de vestuário. A moda para deficientes trabalha o que é bom para os olhos, seguindo as tendências do momento e ainda com técnicas do corpo e pode ser uma ferramenta de reabilitação de pessoas. Mais "vendedor" e "marqueteiro" que isso, impossível.

Serviço
A Fundação Selma é uma instituição sem fins lucrativos e não só aceita doações como trabalho voluntário, não importa qual seja a sua especialidade. Para mais informações, ligue para (11) 5034.1566.

Mão de obra pressiona custo das empresas


Alta nos salários dos novos admitidos se deve principalmente à recuperação da mão de obra na indústria.

Os salários estão em alta e a demanda por mão de obra não para de crescer. A rotatividade no mercado de trabalho, tradicional instrumento de redução de custos com funcionários de salários mais altos, perde eficácia. Graças à intensa procura por trabalhadores, os salários estão subindo para níveis cada vez mais elevados. Os contratados com carteira assinada em fevereiro receberam o equivalente a 97% do salário dos demitidos - o segundo maior nível da década, inferior apenas aos 98% atingidos em janeiro de 2008, segundo estudo da LCA Consultores.

Com o aumento da demanda dos empresários por mão de obra para ampliar a produção e os negócios, os sindicatos ganham musculatura e fortalecem seu poder de barganha nas empresas, diz o economista Fábio Romão, da LCA. Em momentos de aquecimento do mercado de trabalho, estreita-se a diferença entre os salários dos demitidos e contratados, como agora. A melhora ocorreu especialmente a partir do segundo semestre do ano passado. Em junho de 2009, num momento em que o mercado de trabalho ainda patinava, a remuneração dos admitidos caiu a 86% do valor da que era obtida pelos desligados.

Para Romão, a alta na remuneração se deve principalmente a um movimento rápido de recomposição da mão de obra na indústria, que paga salários mais elevados que os outros setores. Ele acredita que a indústria pode zerar os postos de trabalho perdidos na crise agora em abril, gerando saldo líquido superior a 90 mil vagas. Em março, a indústria criou 75,5 mil empregos formais.

A aceleração do movimento de procura por força de trabalho começa a esbarrar em gargalos. Há pressões em setores-chaves da recente retomada econômica, como a construção civil. No Rio de Janeiro, segundo o sindicato da categoria, os trabalhadores conquistaram no mês passado reajuste nominal entre 8,99% e 10,86%. Nos 12 meses até março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou alta de 5,3%.

Em São Paulo, o reajuste poderá ser ainda maior. O sindicato dos trabalhadores no Estado negocia proposta de reajuste de 10% acima da inflação. " Há uma guerra entre as empreiteiras, que lutam pelos mesmos pedreiros e mestres de obras. Os trabalhadores estão ganhando sempre. Nem durante os anos 70, quando havia muita demanda devido à política industrial do Estado, vimos situação parecida " , diz Antônio Ramalho, presidente do sindicato.

O vice-presidente de relações capital trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Haruo Ishikawa, adota um discurso cauteloso, preferindo não dizer qual percentual de aumento considera factível para os trabalhadores do setor, por estar na mesa de negociação. " É necessário ter os pés no chão " , diz ele, observando que insumos importantes como o aço têm subido de preço. O longo período de estagnação do setor, que durou até 2004, deixou como herança a escassez de mão de obra mais qualificada, diz Ishikawa. Segundo ele, o setor tem um convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para qualificar 60 mil trabalhadores neste ano em São Paulo. " E o setor está acostumado a qualificar trabalhadores nos canteiros de obras. "

O economista Fábio Ramos, da Quest Investimentos, destaca a alta dos salários na construção civil. Nos 12 meses até abril, o custo da mão de obra subiu 9,71%, segundo o Índice Nacional do Custo da Construção - 10 (INCC-10). É a maior alta nessa base de comparação desde julho de 2004. Ramos ressalta que a criação de empregos formais em março foi disseminada por todos os setores. A construção foi bem, com a geração de 38,6 mil vagas, mas o grande destaque foi o setor de serviços, com 112,5 mil postos. Os juros baixos para padrões brasileiros e a expectativa de forte crescimento são importantes para explicar a atual força do mercado de trabalho, diz Ramos.

Segundo Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), os acordos com reajustes reais devem superar o recorde atingido em 2009. No ano passado, segundo levantamento do Dieese, o equivalente a 79,9% dos sindicatos de trabalhadores conquistaram acordos salariais superiores a inflação. " O ambiente é extremamente favorável às negociações. O país está crescendo de maneira diversificada, todos os setores estão demandando mão de obra, ampliando investimentos e se apoiando no mercado interno, que se fortalece justamente com a melhora do emprego e dos salários " , afirma.

A melhora na remuneração convive com o aumento da formalização, observa Romão. Para o economista, esse movimento duplo facilita o acesso do trabalhador a linhas de crédito, aumentando, portanto, seu poder de compra. A aceleração do consumo, por outro lado, já tem se refletido em aumento de preços (ver abaixo).

As pressões são mais evidentes na construção civil, mas também começam a aparecer em outros setores. Na indústria elétrica e eletrônica já há relatos de falta de mão de obra qualificada, segundo o gerente de economia da Abinee (a associação que reúne as empresas do setor), Luiz Cezar Elias Rochel. Segundo ele, a escassez de profissionais qualificados vai " do chão de fábrica até os níveis executivos " . O ponto é que mesmo no caso dos profissionais que atuam no chão de fábrica há exigência de qualificação, segundo ele.

Na indústria eletrônica, há necessidade de conhecimento para lidar com equipamentos computadorizados, por exemplo. " Começa a ocorrer uma disputa entre as empresas por trabalhadores mais qualificados " , afirma. Não são pressões de custos generalizadas, como no caso de um dissídio elevado, muito acima da inflação, mas de todo modo há um impacto, ainda que mais localizado. O número de trabalhadores no setor, que era de 165 mil trabalhadores em outubro de 2008 e caiu para 155 mil em maio de 2009, por conta do impacto da crise, voltou a 165 mil em fevereiro, diz Rochel.

Na indústria têxtil também começa a haver escassez de mão de obra qualificada em lugares como São Paulo e Santa Catarina, segundo o diretor-superintendente da Abit (a associação do setor), Fernando Pimentel. Ele diz que a questão do custo de mão de obra preocupa o segmento, que já enfrenta a forte concorrência dos asiáticos, facilitada pelo câmbio valorizado. Nesse cenário, ele considera importante que as negociações salariais sejam conduzidas com cautela, para não haver aumentos de custos muito pesados.

" A aceleração da economia pode e deve ser usada em mesas de negociação para aumentar salários " , diz Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que congrega quase 7 milhões de trabalhadores. " Se num ano de crise disputávamos 1% ou 2% de aumento real, podemos conseguir mais num ano de alta forte do PIB. "

Pulcra Chemicals assume o controle da planta de Geretsried da DyStar


Em 1º de Abril de 2010, a Pulcra Chemicals comprou a antiga planta produtiva para têxteis, fibra e utensílios de couro da DyStar em Geretsried, Alemanha. A empresa iniciará sua produção em Maio de 2010.


A Pulcra Chemicals adquiriu a planta da DyStar Geretsried quatro meses após a suspensão da produção devido a questões de insolvência. A Pulcra Chemicals comprou o terreno, os prédios, o equipamento e o inventário. A companhia planeja reiniciar sua produção em Maio e fará com que Geretsried se torne o principal site produtivo para o negócio têxtil e de couro da companhia, dentro da Europa. Nesta jovem e dinâmica cidade, aninhada num idílico conjunto entre Munique e os Alpes Alemães, Pulcra Chemicals agora encontrou um novo lar para suas atividades na Europa.


O site de Geretsried oferece uma linha completa, com várias tecnologias de produção, laboratórios de desenvolvimento e aplicação, escritórios e armazéns. Geretsried tem uma grande tradição na manufatura de têxteis, couro e fibras químicas, que data mais de 60 anos. O grupo de companhias DyStar comprou o site de Geretsried como parte da aquisição do grupo Dr. Th. Böhme em 2006. Dr. Th. Böhme tinha sido um fornecedor líder mundial de couro, têxteis e fibras químicas.


“O site produtivo de Geretsried é perfeitamente adaptado às necessidades da Pulcra Chemicals. Como um fornecedor de processos químicos, atendemos clientes semelhantes aos atendidos pela DyStar e pelo Dr. Th. Böhme. Nos beneficiaremos grandemente do conhecimento e experiência tecnológica que os funcionários de Geretsried possuem,” diz Yusuf Aktalay, CEO da Pulcra Chemicals. “Realizando a aquisição do site, a Pulcra Chemicals fortaleceu sua posição no mercado, e poderá ainda mais realçar os serviços e produtos que provê aos clientes na Europa e em todo o mundo.”


Sobre a Pulcra Chemicals


Escritório principal em Düsseldorf, Alemanha, a Pulcra Chemicals é uma fonte de uma única parada para processos químicos e serviços nas indústrias têxteis, de fibra e couro. Como parte, no passado, da Henkel/Cognis, a Pulcra Chemicals tem um forte comprometimento com a pesquisa. A companhia oferece uma vasta experiência profissional, no que diz respeito a requisições regulatórias e tendências prevalecentes relacionadas à saúde e segurança, sustentabilidade ecológica, e inovação. A Pulcra Chemicals emprega aproximadamente 500 pessoas em 14 países.

Contato

Stefanie Salmon-Scheppler, Comunicação & Marketing

Pulcra Chemicals GmbH

Fone: +49-211 27190-361

Email: ssalmon-scheppler@pulcrachem.com

Internet: www.pulcra-chemicals.com

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Transforme a Empresa


1- – CELEBRE AS CONQUISTAS

Você bateu a meta do mês? Sua área superou as expectativas da diretoria? Seu colega fez um trabalho excepcional? Celebre esses momentos. Não é preciso ser chefe para organizar a festa. Chame a turma para uma happy hour, um almoço especial ou um simples cafezinho. Seus colegas se sentirão reconhecidos – e tentados a repetir o comportamento de celebração das vitórias, um dos pilares de um bom ambiente de trabalho.

2 – TRADUZA A EMPRESA, INFORME, ORIENTE

A comunicação clara, ágil e eficiente é uma das marcas das 100 Melhores Empresas para Trabalhar. Os bons líderes são próximos das equipes e procuram transmitir as informações necessárias para que cada um execute bem seu trabalho. Mas essa não é a norma. Na maioria das empresas, comunicação é um dos principais problemas. Quando detectam falhas na empresa em relação à comunicação, as pessoas em geral se calam também – e reclamam da empresa. Essa atitude não ajuda. Mesmo num ambiente contaminado pela desconfiança, um profissional pode se destacar promovendo a comunicação. Questione seu chefe, o RH e até seus colegas. Sem confrontar a estrutura da empresa, tente contribuir com ideias e sugestões de melhorias. Você também pode dar conselhos profissionais a seus colegas de maneira construtiva, para ajudá-los a corrigir falhas e melhorar seu desempenho.


3 – ELOGIE OS COLEGAS

Poucas pessoas têm o hábito de elogiar um trabalho realizado com qualidade. Por outro lado, a maioria não pensa duas vezes antes de criticar alguma falha. Não procure nem aponte culpados quando algo de errado acontecer. Prefira reconhecer o esforço e a dedicação das pessoas a seu redor, elogie quando for merecido, reconforte quando surgir alguma falha e aponte caminhos e soluções quando for possível.


4 – TREINE O RESPEITO

Embora se trate de um princípio básico, as pessoas estão se esquecendo de algumas regras de educação. Há pessoas que até se surpreendem quando ouvem alguém pedir licença ou por favor, ou mesmo dizer obrigado por algo. Estamos vivendo um processo de brutalização dentro das empresas. Ao ser educado, você cativará as pessoas e elas passarão a se policiar para agir de maneira parecida. Haverá mais respeito entre todos.


5 – SEJA POLÍTICO

No bom sentido. O político é a pessoa voltada à vida em comunidade, aos relacionamentos. Esse é um dos talentos mais valorizados hoje na vida profissional. Um bom político sabe extrair o melhor de cada pessoa da equipe, funciona como agregador rumo a um objetivo comum. Para fazer isso, você precisa conhecer as pessoas com quem trabalha, a forma como reagem a diversas situações e como lidar com elas. Só há um jeito de aprender essas coisas: ouvindo as pessoas, observando-as, valorizando suas contribuições. Essas ações ajudam a criar empatia no ambiente de trabalho.

6 – NÃO SEJA POLÍTICO

No mau sentido. Fuja dos joguinhos políticos que existem em todas as empresas. Muitos profissionais perdem um tempo precioso envolvidos com fofocas, querendo roubar o lugar de alguém e falando mal das pessoas, do chefe e da empresa. Eles se defendem dizendo agir dessa maneira por uma questão de sobrevivência, já que todos fazem o mesmo. É difícil realmente não ser engolido por esse tipo de comportamento. Não minta, não manipule as informações e não tente controlar as pessoas. O melhor a fazer é seguir um princípio simples: só faça aos outros aquilo que você quer que os outros façam com você. Agir assim é ter uma postura generosa. Mas não faça isso esperando algo em troca, e sim porque você tem bom coração e acredita que isso ajudará a empresa na construção de um ambiente de trabalho mais saudável.


7 – ACEITE AS MUDANÇAS

O ambiente de trabalho atual é lotado de mudanças: de produtos, de técnicas, de estratégia, de equipes. Mas toda mudança tem um componente de estresse. Nas melhores empresas, as mudanças são comunicadas com clareza, e as pessoas são mais bem preparadas para elas. Se esse não é o caso em sua empresa, você sempre pode ajudar a minimizar os danos. Evite apegar-se a uma situação confortável demais, porque em geral ela significa acomodação profissional.


8 – RESPEITE SEUS LIMITES

Dedicar-se ao trabalho é crucial. Mas as pessoas tendem a passar mais tempo que o necessário no escritório, em atividades pouco produtivas. Se você se concentrar mais no que realmente importa (diminuindo o número de ligações telefônicas desnecessárias, por exemplo), conseguirá sair mais cedo, descansar, fazer uma atividade física, ler e conversar com os amigos. Levar uma vida equilibrada eleva o humor e diminui o estresse. E gente bem-humorada contamina os outros com alegria.


9 – CRIE UMA ILHA DE EXCELÊNCIA

Se a sua empresa não é um lugar ideal, construa esse ambiente, ainda que seja num microcosmo. Comece tratando seus subordinados e pares de um modo transparente, aberto. Mesmo se você só tiver influência sobre uma parte muito pequena da empresa, o exemplo pode se espalhar.


10 – AJUDE SEU COLEGA

Você percebe que a pessoa a seu lado está atolada de trabalho, mas não faz nada para ajudar. Cada um por si, certo? Errado. Mesmo que você esteja passando pelo mesmo sufoco, pergunte se pode ajudar de alguma maneira. Muitas vezes, uma simples dica ou uma orientação pode fazer uma grande diferença para seu colega. Se as pessoas que trabalham na empresa fazem parte de um único time, então você será visto como alguém que sabe trabalhar em equipe. Melhor ainda: passará a contar com a solidariedade da pessoa que ajudou e poderá receber ajuda quando precisar.


11 – AJUDE A DESENVOLVER TALENTOS

O conhecimento adquirido por um profissional vale muito pouco se ele não é colocado em prática e compartilhado com os colegas. Ensine o que sabe, troque experiências, dê apoio aos que estão aprendendo alguma atividade que você domina, oriente aqueles que acabaram de ser admitidos. Ensinar é também uma forma de se desenvolver como pessoa e como profissional. Seu “aluno” será grato e você passará a ser visto como um funcionário valioso. O ambiente com troca de conhecimentos que você estimula com essa atitude será mais estimulante e descontraído.


12 – APROXIME-SE DE QUEM É DIFERENTE

Nós temos a tendência de conviver mais com as pessoas que têm o mesmo perfil que o nosso. Existe uma atração natural entre profissionais parecidos. O ideal seria você não abandonar aquelas que pensam e agem de forma diferente da sua. Isso pode ajudá-lo a avaliar seus problemas sobre outros ângulos – e impedirá a formação de panelinhas. Quanto mais você entender a posição do seu colega, maior a chance de trabalhar em harmonia.

O que é moda sustentável?


Plantação de algodão, principal matéria-prima têxtil.

Sabe aquela camiseta de algodão natural do seu armário que traz geralmente uma mensagem amigável, insígnia de banda de rock ou política? Na verdade, a camiseta pode ser a roupa mais ambientalmente tóxica que você possui. E no Brasil cerca de 450 milhões de peças de camisetas são produzidas por ano. De acordo com estudo do IISD (Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável), para confeccionar uma camiseta de 250 gramas, na China, utiliza-se, em média, 160 gramas de agrotóxicos. Uma pesquisa do Departamento Agrícola dos Estados Unidos aponta ainda que cerca de um terço dos pesticidas e fertilizantes produzidos no mundo são pulverizados sobre o algodão.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 25% dos inseticidas produzidos mundialmente são utilizados na plantação do algodão e quase metade deles são extremamente tóxicos. O Aldicarbe (ou Temik 150) é, por exemplo, o segundo pesticida mais utilizado na produção de algodão mundial e apenas uma gota dele, absorvida pela pele, é suficiente para matar um adulto.

Moda ecológica

Levantamento do IISD em conjunto com o Centro para Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente da Academia Chinesa das Ciências Sociais de Beijing revela que o algodão está no topo da lista de produtos que precisam de controle ambiental. Isso porque a água, os agrotóxicos utilizados no cultivo de algodão, os resíduos deixados nos rios e os restos despejados em aterros fazem com que o ciclo de vida da sua humilde camiseta de algodão tenha deixado um rastro ecológico gigantesco.
Isso explica por que celebridades, como Jason Mraz, apareceram nos Grammys usando ternos de plástico reciclado. Mas o movimento de "ecologização" da indústria da moda levanta uma pergunta ainda mais relevante: o que seria a moda sustentável?
Para encontrar respostas coerentes e práticas seria necessária a opinião de profissionais do lado menos atraente da indústria da moda, como pesquisadores ambientais e engenheiros de produção especializados na fabricação de tecidos, envolvidos em estudos de impacto ambiental.
Para desenvolver uma peça de roupa verdadeiramente orgânica que não seja financeiramente exorbitante, designers, estilistas e consumidores de moda, precisam trabalhar em conjunto com profissionais especializados em gestão de sustentabilidade. No entanto, para ser qualificado como orgânico, o algodão ou lã precisam passar por inspeções e processos sofisticados para não serem tocados por produtos químicos e substâncias tóxicas. Mas a indústria têxtil mundial encontra grande dificuldade para definir os padrões de qualidade mínimos necessários à criação de um produto realmente orgânico e sustentável.


A pesquisadora Carolina Murphy.

No Brasil, diversos produtores da Paraíba já trabalham com a IFOAM (International Federation of Organic Agriculture Movements) para atender à legislação referente a produtos orgânicos da Comunidade Européia e dos Estados Unidos. Em 2007, cerca de 7.500 hectares nos Estados Unidos foram dedicados à safra de algodão orgânico. E programas como o “North American Organic Fiber Processing Standards” já estão se popularizando junto à indústria da moda.
De acordo com as projeções do DataMonitor, o mercado varejista de vestuário no bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) deverá chegar a US$ 253,6 bilhões em 2013. Por ser o principal produtor e importador de algodão cru e o maior exportador de tecidos de algodão e vestuário acabado do mundo, a indústria têxtil chinesa tem grandes interesses neste novo cenário. Sendo assim, ela já está se organizando para estabelecer requisitos necessários à obtenção de escala na cadeia de produção de roupas orgânicas. Sua cadeia produtiva já passou por danos que precisam ser resolvidos. O avanço do vasto deserto de Takla Makan, por exemplo, cujas dunas engoliram cidades inteiras e apavoram os moradores dos subúrbios de Beijin, tem sido associado à produção industrial do algodão em larga escala na província árida de Xinjiang ocidental.
Além da indústria têxtil, o universo da moda também está se mobilizando. No mês passado, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, em Genebra, realizou a EcoChic: um desfile de moda sustentável, em que designers conhecidos criaram peças de fibras naturais fabricados de forma mais sustentável.
Em fevereiro de 2010, na Fashion Week de Londres, a exposição “Estethica” foi dedicada à moda ecologicamente sustentável. Em março de 2010, o Fashion Institute of Technology em Nova York, uniu forças com a Universidade de Delaware e com a escola de design Parsons para montar uma exposição de moda sustentável, intitulada "Passion for Sustainable Fashion", na qual os estudantes criaram roupas com matérias de origem ética e matérias-primas ecologicamente neutras.
Outra alternativa seria o processo de reaproveitamento de produtos descartados como o Upcycling, do qual o terno de Jason Mraz é um bom exemplo. O problema é descobrir como fazer o Upcycling em escala comercial. O importante é a conscientização de que sustentabilidade não se trata de modismos passageiros e sim de um assunto que deve ser abordado de forma coerente e séria.





Texto: Carolina Murphy - acm2134@columbia.edu
Fotos: Divulgação e Stoch. Xchng
Fonte: Digital Assessoria de Comunicação Integrada
Data: 13/04/2010

DESCASO AOS EMPREGOS TÊXTEIS - URGENTE


Venho através deste e-mail lhe pedir Socorro! Na verdade venho através deste solicitar uma direção para um problema que venho passando, com a carreira de técnico químico têxtil. E sinceramente
estou muito arrependido de ter entrado para este mundo. Não posso me sentir
diferente imagina que depois de mais de 5 cursos na área, uma faculdade, duas
pós-graduações e um mestrado trancado, não sou nada, graças a este setor
maldito que só escolhe os filhos de alguém importante, as pessoas que podem ser
aproveitadas para outras coisas, e imagina lecionei no SENAI têxtil, isso mesmo
me tornei professor do lugar que me formou, será que sou tão ruim assim? Depois
de tanto tempo atuando com lavanderiais, tenho até uma menção honrosa do
presidente da FIESP do Paraná e nada? Reportagens publicadas no Jornal das
Lavanderias, artigos de pesquisa publicados no principais sites do ramo e nada?
Te pergunto meu amigo, paguei a porcaria da Manager on Line durante um ano,
paguei mais 6 meses a Catho e NUNCA fui chamado para uma, eu disse uma
entrevista, o que sou para este setor; onde pessoas incompetentes ganham rios
de dinheiro e pessoas como eu são tratadas como lixo? Não sei mais como agir,
como seguir, como enfrentar tais barreiras que hoje são praticamente intransponíveis.
Tenho 34 anos e passei por empresas como:



P. Sayeg;



Vicunha;



Zencolor;



UNIP – Universidade Paulista



Daslú



Centro Universitário Belas Artes de SP



SENAI Francisco Matarazzo (Têxtil)



Apelo para meus amigos de profissão e em Cristo me forneçam uma orientação, uma ajuda, um caminho, uma direção






Abraços






Prof. Wesley S. Paixão



Técnico Químico Industrial Têxtil

domingo, 18 de abril de 2010

TRADIÇÃO TÊXTIL SÓLIDA


O que falar sobre uma empresa têxtil com 137 anos de tradição e capital 100% brasileiro? Um negócio que está ininterruptamente nas mãos da família de seu fundador desde então? Que gera para Minas Gerais treis mil empregos diretos e quinze mil no total? A Cedro Têxtil tem essa trajetória e figura na lista da terceira/quarta maior produtora de denim do Brasil. Os números são estimuladores e ela assume como missão criar valor com tecidos garantindo o crescimento sustentado e o retorno do capital investido.
Por tudo isso, falar em jeans, denim ou índigo é obrigatoriamente ressaltar o trabalho da Cedro. Aguinaldo Diniz Filho, diretor-presidente, conta que a empresa começou a produzir denim em 1984 numa iniciativa de Sílvio Ferreira Diniz, o presidente da época, ao comprar uma máquina de índigo e instalá-la em Paraopeba. Foi o grande impulsionador: " Hoje, são aproximadamente 55 milhões de metros de tecidos ( índigo) por ano e temos fábricas das mais modernas do país. Ele Sílvio começou a história e teve a atitude da mudança. Índigo é um produto com grande aceitabilidade, bem versátil e o nosso é de altíssima qualidade".
Sem revelar nomes ressalta que a Cedro tem clientes da mais alta tradição e atende as grandes grifes brasileiras - estilistas renomados- e algumas no exterior. Nesta lista há nomes como Zara, Cantão, Levi's, Forum, Vide Bula, M.Officer, Ellus, Disritmia, Alphorria, Hering, Lee e Wrangler: A nossa aproximação com a moda faz parte do negócio. Não vendemos pano, mas moda e tendência. Em conjunto aproveitamos e aliamos o tecido ao fashion.
Quanto à crise de 2009, Aguinaldo, que também é presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção-ABIT-," revela que o setor têxtil passou dificuldades, mas já produz full em 2010. Ou seja, as quatro fábircas da Cedro Paraopeba (2),Sete Lagoas e Caetanópolis, estão a todo vapor:" Tanto que investimos em mais uma máquina, a sexta, para aumentar a capacidade de repodução".
Pelo visto, bons ventos para o setor têxtil brasileiro que é, entre outros feitos, o segundo maior empregador da indústria de transformação, o sexto maior produtor têxtil do mundo, o segundo maior produtor de denim do mundo e que representa nada menos do que 17.5% do produto interno bruto (PIB) da indústria de transformação e cerca de 3,5% do PIB total brasileiro.

CURIOSIDADES DO MERCADO NACIONAL
Fonte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção - Abit -

O mercado de jeanswear movimenta cerca de R$ 8 bilhões por ano;
O Brasil produz cerda de 25 milhões de metros de denim (tecido do jeans) por mês;
Vicunha produz cerda de 12 milhões de metros de denim por mês;
Santista produz aproximadamente 8,5 milhões de metros por mês;
Os 20 maiores fabricantes produzem cerca de 300 milhões de metros por ano;
São exportados cerca de 50 milhões de metros anualmente;
Os cinco maiores produtores de denim: Vicunha, Santista, Cedro, Canatiba e Santana Têxtil

Fonte: Jornal Estado de Minas