De todas as inovações que surgiram nos últimos trinta anos, a Internet sem sombra de dúvidas é das maiores. Um marco no mundo atual, a tal ponto que o sociólogo e estudioso da rede, Manuel Castells, afirma em seu livro “A Galáxia da Internet”, que “...a internet é, acima de tudo, uma criação cultural, pois sugere mudanças nas bases da sociedade moderna”.
Sua existência está disseminada e influenciando todos os níveis da comunidade mundial, direta e indiretamente, e mudando o paradigma da comunicação, em todos os níveis. Pois ao diminuir as distâncias, propaga a informação pelos quatro cantos do mundo, de forma muito rápida, tornando-a acessível a todos os povos e transformando a terra no “quintal de nossa casa”, conforme frisa Frank Fiore em “E-business na infoera”.
Entretanto, paradoxalmente, a principal mudança sensível causada por ela, refere-se mais ao poder de interação entre “quem produz” e “quem consome”, do que como meio de comunicação ou multiplicador de ideias. A rede de computadores revelou e abriu a porta de um mundo novo, no qual já é realidade a não concentração dos conhecimentos do ser humano, ao mesmo tempo a popularização da informação entre todos.
A informação de moda é um exemplo forte dessa mudança. Já não há mais um grupo privilegiado, que pode autoproclamar-se “dono” do conhecimento. A moda, conforme bem frisa Renata Miranda, é o “aqui e o agora”. Suas prospecções se pulverizam em segundos, quando acontecem, não permitindo que a tomemos como nossas, não porque não queiramos, mas porque não podemos mais dominá-las: a “tendência” já nasce livre e envelhecida...O Fast Fashion dos grandes centros mundiais estão aí para corroborar minha tese.
Apesar da maioria das pessoas estarem acostumadas a navegar diariamente, seja a trabalho ou diversão, não perceber, é impressionante o que é possível fazer quando se está conectado.
Nossa capacidade de previsão não consegue vislumbrar o que acontecerá nos próximos anos. Já não há mais obstáculos e os limites estão condicionados à criação de novas “infotecnologias”, que facultarão maior força e o aumento de novas possibilidades, para quem acessar a web.
E nessa corrida acirrada, ganha quem souber fazer, primeiro, a melhor leitura de todas elas. Não como proprietários, mas como disseminadores de conhecimento.
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