O mestrado é recomendado, principalmente, para quem quer
seguir uma carreira universitária, trabalhar com pesquisa científica ou
alguém com muita aptidão para estudar. Assim como o doutorado, o
mestrado é indispensável para a carreira acadêmica. Os títulos de
pós-graduação contam pontos para os profissionais que buscam fazer
carreiras nas empresas, principalmente aquelas que valorizam as áreas de
pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, o MBA no Brasil não confere o título de mestre e só fornece o atestado de conclusão. Mas é muito valorizado pelas organizações. Por estarem mais sintonizados com o mercado, os MBAs são mais flexíveis que os cursos de mestrado. Por isso, são incentivados pelas empresas. Em alguns casos, as organizações oferecem a seus executivos cursos customizados que são desenvolvidos por instituições de ensino e ministrados às vezes dentro de suas próprias instalações. Em outros casos, as organizações concedem bolsas para que seus executivos cursem o MBA nas instituições de ensino.
No entanto, optando pelo MBA ou pelo mestrado, o executivo deve focar objetivos claros para que a formação acadêmica contribua de fato para sua carreira e não se torne um mero ornamento curricular.
Outra preocupação é com a qualidade do curso. No caso de mestrados, não há muita margem de erro, pois esses cursos são avaliados pelo Ministério da Educação, por meio da Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Em relação aos cursos de MBA, os candidatos devem procurar as instituições de prestígio e renome, consultar especialistas ou publicações especializadas.
Um cuidado adicional é analisar a grade curricular do curso que pretende fazer. Em algumas instituições, por exemplo, os cursos de mestrado são muito centrados em teoria e pesquisa, já que se voltam mais aos estudantes que buscam a carreira acadêmica. Existem, ainda, outros cursos de pós-gradução latu sensu, de menor duração, focados em áreas de conhecimento específicas, que podem ajudar o executivo no aprimoramento profissional e no desenvolvimento de suas carreiras.
Mas é preciso tomar cuidado: o número de cursos não é o ponto mais valorizado pelas empresas. Pelo contrário, elas querem saber se o profissional tem condições de colocar em prática aquilo que aprendeu em determinado curso e trazer resultados para a organização. Assim, um mestrado em uma determinada área pode não fazer sentido no currículo de um candidato a um cargo de gerência ou direção de uma empresa.
Autor: Marcelo Mariaca é presidente do conselho de sócios da Mariaca e professor da Brazilian Business School.
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