A injeção de capital de R$ 250 milhões em capital do BTG Pactual reduziu a alavancagem da Vicunha Têxtil que, fortalecida, se prepara agora para voltar a crescer. "Queremos nos tornar consolidadores na América do Sul", disse o discreto Ricardo Steinbruch, presidente da Vicunha, em uma rara entrevista à imprensa. Segundo ele, a ideia é buscar outros parceiros - como bancos e fundos de investimentos - que comprem mais uma fatia do capital da Vicunha. O dinheiro seria usado para reduzir ainda mais o endividamento e adquirir companhias menores em países da América Latina.
"Hoje somos o terceiro produtor mundial de índigo e brim do mundo e nossa meta é nos tornarmos o primeiro", afirmou, em sua sala na sede administrativa da empresa, na avenida Henrique Schaumann, em São Paulo. A estratégia do grupo inclui também a comercialização de mais produtos de terceiros usando a marca Vicunha. "Vamos no caminho de nos tornarmos uma empresa comercial que produz", definiu ele, que preferiu não ser fotografado.
Hoje, da produção total da empresa no Brasil, só 17% se destina ao mercado externo, em comparação aos 40% de cinco anos atrás. Steinbruch pretende aprofundar esse movimento. "Queremos que a produção no Brasil seja destinada ao mercado interno", revelou. Segundo ele, o real forte e a carga tributária elevada tornam a mercadoria produzida no Brasil pouco competitiva para exportação. "Apesar disso, queremos manter os mercados conquistados", afirmou.
A empresa planeja aumentar a produção de sua fábrica no Equador para atender países do Pacto Andino (Bolívia, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela), México e Europa. Já a empresa na Argentina, a Brastex, atende o mercado interno naquele país e até começou a exportar para o Brasil. Neste mês, serão importados 250 mil metros lineares de tecidos do país vizinho, do total de 350 mil lá produzidos. Com a Ásia, a Vicunha não pretende se meter. "Tínhamos uma fábrica na China, mas lá as regras eram muitos diferentes das nossas e resolvemos deixar o mercado asiático para os asiáticos", disse.
O mercado interno mostra-se bastante promissor, segundo Steinbruch. "Há uma correlação direta entre o crescimento do Produto Interno Bruto e o da venda de índigo e brim", disse. A concorrência da China preocupa, porém mais na indústria de confecção propriamente dita, explicou. Com a mão de obra cara, a estratégia da Vicunha é modernizar a produção e construir uma fábrica novinha no país para elevar a produtividade. Hoje, emprega 7.852 pessoas.
Em março, a Vicunha e o governo de Mato Grosso firmaram acordo para instalação de uma fábrica em Cuiabá de fiação, tinturaria, tecelagem e acabamento, com investimento estimado em R$ 350 milhões. A unidade terá capacidade para beneficiar 65 mil toneladas de algodão/ano e 6 milhões de metros lineares de tecidos/mês. Para financiar o projeto, a Vicunha pretende acessar linhas de bancos de fomento, no caso o Banco da Amazônia (Basa). A ideia é financiar 70% dos recursos. Já a ampliação da fábrica do Rio Grande do Norte - outras duas unidades ficam no Ceará - contará com empréstimo de R$ 220 milhões do BNB .
José Maurício D'Isep, diretor-financeiro da Vicunha, diz que esses financiamentos são atrativos, pois têm prazos de vencimento de oito anos e juros de 7,5% a 8,5% ao ano.
Com os projetos, a Vicunha pretende produzir 1 milhão de metros por mês a mais em 2010 e 2011. Em 2012, a ideia é fazer 2 milhões a mais por mês. Hoje, a empresa fabrica 13 milhões mensais no país e 1 milhão no Equador.
Fonte:valoreconomico
"Hoje somos o terceiro produtor mundial de índigo e brim do mundo e nossa meta é nos tornarmos o primeiro", afirmou, em sua sala na sede administrativa da empresa, na avenida Henrique Schaumann, em São Paulo. A estratégia do grupo inclui também a comercialização de mais produtos de terceiros usando a marca Vicunha. "Vamos no caminho de nos tornarmos uma empresa comercial que produz", definiu ele, que preferiu não ser fotografado.
Hoje, da produção total da empresa no Brasil, só 17% se destina ao mercado externo, em comparação aos 40% de cinco anos atrás. Steinbruch pretende aprofundar esse movimento. "Queremos que a produção no Brasil seja destinada ao mercado interno", revelou. Segundo ele, o real forte e a carga tributária elevada tornam a mercadoria produzida no Brasil pouco competitiva para exportação. "Apesar disso, queremos manter os mercados conquistados", afirmou.
A empresa planeja aumentar a produção de sua fábrica no Equador para atender países do Pacto Andino (Bolívia, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela), México e Europa. Já a empresa na Argentina, a Brastex, atende o mercado interno naquele país e até começou a exportar para o Brasil. Neste mês, serão importados 250 mil metros lineares de tecidos do país vizinho, do total de 350 mil lá produzidos. Com a Ásia, a Vicunha não pretende se meter. "Tínhamos uma fábrica na China, mas lá as regras eram muitos diferentes das nossas e resolvemos deixar o mercado asiático para os asiáticos", disse.
O mercado interno mostra-se bastante promissor, segundo Steinbruch. "Há uma correlação direta entre o crescimento do Produto Interno Bruto e o da venda de índigo e brim", disse. A concorrência da China preocupa, porém mais na indústria de confecção propriamente dita, explicou. Com a mão de obra cara, a estratégia da Vicunha é modernizar a produção e construir uma fábrica novinha no país para elevar a produtividade. Hoje, emprega 7.852 pessoas.
Em março, a Vicunha e o governo de Mato Grosso firmaram acordo para instalação de uma fábrica em Cuiabá de fiação, tinturaria, tecelagem e acabamento, com investimento estimado em R$ 350 milhões. A unidade terá capacidade para beneficiar 65 mil toneladas de algodão/ano e 6 milhões de metros lineares de tecidos/mês. Para financiar o projeto, a Vicunha pretende acessar linhas de bancos de fomento, no caso o Banco da Amazônia (Basa). A ideia é financiar 70% dos recursos. Já a ampliação da fábrica do Rio Grande do Norte - outras duas unidades ficam no Ceará - contará com empréstimo de R$ 220 milhões do BNB .
José Maurício D'Isep, diretor-financeiro da Vicunha, diz que esses financiamentos são atrativos, pois têm prazos de vencimento de oito anos e juros de 7,5% a 8,5% ao ano.
Com os projetos, a Vicunha pretende produzir 1 milhão de metros por mês a mais em 2010 e 2011. Em 2012, a ideia é fazer 2 milhões a mais por mês. Hoje, a empresa fabrica 13 milhões mensais no país e 1 milhão no Equador.
Fonte:valoreconomico
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