segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Têxtil Distral encerra suas atividades

Americana - A Distral, uma das maiores referências da indústria têxtil de Americana, encerrou ontem suas atividades após mais de 60 anos de história. Fundada nos anos 50, a empresa familiar atravessava uma forte crise e teve de fechar suas portas. Devido à situação, o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis do município optou por entrar com uma medida cautelar de arresto dos bens da fábrica e seus sócios.

Segundo o presidente da entidade sindical, Antonio Martins, a medida tem como principal objetivo garantir os direitos dos 80 funcionários que ainda trabalhavam na indústria têxtil. "A empresa vinha atrasando salários, recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e outros encargos. Entendemos então que era necessário tentar preservar os bens existentes para salvar alguma coisa aos trabalhadores", explicou.

Na medida cautelar proposta junto ao Ministério do Trabalho, o sindicato destaca também que ao longo dos últimos anos várias representações foram feitas na Justiça contra a Distral alertando sobre a situação de calamidade. Oficialmente, a empresa não informou os sindicalistas sobre seu fechamento e de que forma pretende saldar os débitos trabalhistas.

"Esse é um problema que se aprofundou ao longo dos anos, o maquinário foi ficando sucateado e os funcionários sempre tiveram a esperança de que a empresa iria realizar os pagamentos corretos, mesmo que fechasse. Agora queremos minimizar as dificuldades encontradas por eles e a medida encontrada foi à Justiça", completou Martins.

HISTÓRIA

A Distral foi fundada por Álvaro Cechino, já falecido, e permaneceu nas mãos da família até o encerramento de sua produção. Em seus áureos tempos, a fábrica exportava tecidos finos que eram referência nas principais lojas de moda do país.

Antes de iniciar a empresa, Cechino foi o idealizador da Citra (Companhia Industrial de Tecidos Rayon Americana), uma cooperativa que agregava pequenas indústrias para competir contra os grandes do mercado. Entretanto, com os passar dos anos, seus cooperados foram vendendo as cotas de participação e a idéia chegou ao fim sem sucesso.

Nenhum diretor da empresa foi encontrado no início da noite de ontem para comentar o assunto.



Fonte:oliberalnet.com.br








Reservatório da antiga fábrica Nova América vira piscinão

Da famosa Praia de Copacabana até lá, são 50 quilômetros. Chegando ao bairro da Taquara, em Duque de Caxias, são mais dez minutos de trilha. Só então chega-se ao que vem sendo chamado de “paraíso da Baixada” — uma escondida represa, de cinco mil metros quadrados, que virou área de lazer nos dias quentes do verão.

Carmem da Cruz, de 46 anos, se refresca sempre no local com o marido, o filho e os vizinhos.

— Mergulhar aqui é uma delícia — diz a dona de casa.

O local foi criado para lavar tecidos da antiga fábrica Nova América. A indústria, uma das maiores do país, com três mil funcionários, entrou em processo de falência nos anos 80 e fechou as portas, em 2005. Desde então, banhistas nadam livremente no lago, que chega a ter 40 metros de profundidade em alguns pontos.

Reservatório de antiga fábrica vira piscinão na Baixada / Foto: Extra / Fabiano Rocha

A partir daí, a Cedae passou a ter o direito de captar água da represa, mas não se responsabiliza pela segurança do lugar.

— Aquilo continua sendo de propriedade privada. Por isso, não temos obrigação de cuidar do lago — afirmou o presidente da companhia, Wagner Victer.

Por outro lado, a Prefeitura de Caxias acusa a Cedae de descaso:

— Eles têm, sim, essa responsabilidade. Pessoas estão morrendo afogadas, sendo contaminadas e nada tem sido feito pela companhia, que já foi notificada inúmeras vezes — disse o secretário municipal de Meio Ambiente, Samuel Maia.

Com poucas opções de lazer na Baixada, as crianças são frequentadoras assíduas do “piscinão”. Entre um mergulho e outro, os quatro filhos da doméstica Ana Lúcia Almeida, de 49 anos, contam que adoram ir ao local.

— A gente tenta vir quase todo dia. Me divirto muito — disse Ana Beatriz, de 12 anos.

Luana Alves, de 10 anos, concorda:

— É o paraíso da Taquara!

Fonte:extra.globo.com/noticias/rio




"Sacolas plasticas, o outro

Trata-se de um tema muito polêmico, existindo sem duvida enormes interesses econômicos em jogo. Porém, abaixo segue a visão de uma pessoa com a qual estou de pleno acordo:

O Projeto de Lei que seria votado em dois municípios do Estado de São Paulo (Jundiaí e Campinas) em alguns dias, não aconteceu. O tema em pauta, o uso de sacolas biodegradáveis, coloca todos os lados da questão em um mesmo contexto.

Comenta-se, por exemplo, que uma boa alternativa para não consumir a sacolinha comum é usar caixas de papelão. Mas será mesmo? Os supermercados estão distribuindo caixas que já foram usadas para embalar sabe-se lá o quê, caixas que ficaram em depósitos e caminhões, talvez infectados, com insetos e roedores. Sem contar que essas caixas, enquanto estão nos supermercados, têm um destino único e certo: a reciclagem. Ao distribuir milhares dessas embalagens para milhares de famílias, a reciclagem se perdeu. Mesmo se todas fossem coletadas posteriormente, quantos gases seriam queimados no transporte? Quantos caminhões a mais circulariam nas ruas? Caixas de papelão requerem muito mais energia e água para serem produzidas, gerando mais aquecimento global e mais emissão de CO2.

E as sacolas de papel? É claro que sua produção gera impactos. E seu descarte também. Elas são mais caras, desmancham na chuva, são mais grossas, pesadas e não servem para embalar o lixo doméstico. Estudos independentes mostram que substituir algumas embalagens de plástico por papel gera maior consumo de água e energia.

E as sacolas de plástico? São econômicas, práticas, higiênicas, impermeáveis, resistentes, recicláveis e podem ser feitas a partir de plásticos reciclados. Geralmente são reusadas como embalagem de descarte do lixo doméstico. Uma sacola de plástico que pesa cerca de 6 gramas, consegue transportar até 2.000 vezes seu próprio peso. Que outro material tem essa característica?

Então, qual é o problema da sacola plástica convencional? O consumo excessivo? O descarte incorreto no meio ambiente? Com certeza essas duas questões juntas. Portanto, não é um problema da sacola e sim do comportamento e da educação das pessoas.

Vale lembrar que plástico convencional é um co-produto do refino do Petróleo. Esse recurso finito é extraído e refinado principalmente para gerar energia. Se essa fração entre 3% e 5% do refino não for usada para produzir plástico convencional, seja para sacolas e demais plásticos, ela será queimada nas refinarias. E vai gerar gases.

O mercado oferece diversas tecnologias para substituir o plástico comum, a fim de que os impactos sejam menores no meio ambiente. Qual a diferença entre uma sacola plástica comum, uma hidrobiodegradável e compostável, uma oxibiodegradável e uma retornável?

As hidrobiodegradáveis seguem normas de biodegradação em ambiente controlado de compostagem. Geralmente são fabricadas com materiais híbridos, mistura de ácido polilático (PLA) de origem renovável (amido) com derivados do petróleo, por exemplo, poliéster. Elas têm sua biodegradação iniciada por água, daí o prefixo “hidro”. O resultado da biodegradação dessas sacolas será água, dióxido de carbono e biomassa. Na ausência de oxigênio, por exemplo, nas profundezas de um aterro, a biodegradação vai emitir metano. Esses materiais não podem ser reciclados juntamente com os plásticos convencionais, custam entre quatro e dez vezes mais que os plásticos convencionais e sua adoção só se justifica quando o destino final é a compostagem industrial.

Já as oxibiodegradáveis, como o d2w, contêm aditivos que aceleram a degradação do plástico convencional. Para se degradarem elas precisam de oxigênio, daí “oxi”. Essa degradação é acelerada na presença de luz, calor e estresse mecânico do material. Iniciada a degradação, as partículas são digeridas quando há a presença de microorganismos. Esse tipo de plástico pode ser reciclado junto com os plásticos convencionais e pode ser produzido a partir de plásticos reciclados. Custa entre 10 e 15% a mais que os plásticos comuns. Os testes que comprovam sua degradação, biodegradação e não ecotoxicidade estão presentes no padrão de testes ASTM 6954-04. Esse tipo de plástico não é rotulado como compostável.

As retornáveis, de pano ou de outros materiais, são uma boa opção, mas se não forem lavadas com frequência o acúmulo de germes e bactérias pode oferecer riscos à saúde, conforme comprovam estudos realizados por centros de pesquisas. O oxibiodegradável d2w foi testado por renomadas universidades nacionais, como a UNESP, UFSCar e a Unicamp. Está de acordo com as resoluções e os padrões norte-americanos da FDA, da União Européia e da ANVISA e pode ser usado na produção de embalagens para contato com alimentos, medicamentos e cosméticos.

Quanto ao Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, apesar de uma boa iniciativa, não deixou de gerar impacto, já que a campanha apoia a produção de sacolas plásticas com capacidade para 6 kg como forma de diminuir o consumo. O volume de sacolas plásticas pode ter diminuído, mas os impactos não. Essas sacolas levam mais plástico em sua produção por serem mais espessas o que as torna ainda mais difíceis para se decompor. Porém, concordo, é uma boa iniciativa.

O importante é que a sociedade saiba que todas as alternativas vão gerar algum impacto. Não existe produto que não consuma recursos naturais, energia e água em sua produção.

Existem ferramentas capazes de medir esses impactos, por exemplo, Análise de Ciclo de Vida Comparativo entre os diversos materiais utilizados para fabricação de sacolas.

No entanto, toda a boa informação baseada em fatos, evidências, provas e na análise do ciclo de vida de nada valem se nós não fizermos a nossa parte, usando o bom senso, praticando o consumo consciente, evitando o desperdício, reusando as sacolas quando possível, descartando corretamente e destinando à reciclagem!

 
FONTE: http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=39184

Alvo da Moda Agorá é Reciclar

Colocar no guard-roupa peças ecologcamente corretas é uma boa maneira de fazer parte na preservação do planeta e adotar um estilo de vida sustentável.

Peças feitas de matéra-prima reaproveitada ou livre de produtos químicos, como algodão orgânico, pneu reciclado, tecido de bambu, lonas de camnhão e pets,entre outras soluções eficientes e de baixo impacto ambiental estão cada vez mais próximas da sociedade. A Goóc, é uma das marcas que sempre prepara novidades sustentáveis. Para a temporada pimavera-verão, a grife lançou novos calçados. São chinelos, rasteiras e plataform voltados para o público feminino. masculino e infantil. Todos com sola de pneu reciclado e tecidos naturais. Destaque para linha infantil da Eco Sandálias.

Já as Havaianas amplia os modelos intitulados Couro e Eco, com solado de borracha no interior dos calçados, cores vibrantes e materiais diferenciados, como couro e juta natural. A linha apresenta uma proposta ecologicamente correta, com juta amazônica, sendo a principal renda de 50 mil famílias ribeirinhas, além de também trazerem solados com resíduos de lona.

Por último, a Restaura Jeans- rede que possui mais de 200 lojas e pontos licenciados que oferecem costura, customização, tingimento, lavanderia e tratamento de roupas e couro- aprova a idéia da Associação Franquia Sustentável, em reunir um grupo de 15 empresas para desenvolver o projto relacionado à redução de carbono.

O objetivo deste projeto- pioneiro no Brasil e no mundo- é promover uma cultura de desenvolvimento de negócios frente aos desafios de uma economia de baixo carbono. Para assegurar a inclusão de redes, o programa oferecerá, mecanismos para contabilizar, reduzir e compensar a emissõ de gases estufa. A partir do 2o. ano, outros grupos serão abertos.

Há algum tempo a Restaura Jeans pratica iniciativas ambientais responsáveis. O lado socioambiental começa com o próprio tipo de serviço que oferece. O tingimento de roupas e renovação do couro, permitindo uma vida útil mais longa para o vesuário, e consequentemente, reduzindo a matéria-prima utilizada na fabricação de peças novas. Além disso, toda a água utilizada em seus processos passa por estações de tratamento monitoradas pelos órgãos ambientais

domingo, 30 de janeiro de 2011

Upman lança Cuecas com Fibras de Leite

A esquerda, cuecas com aroma de chocolate e a direita, modelo desenvolvido com fibras de leite.

A Upman, marca de underwear masculino, apresenta modelos de cuecas boxer com aroma e estampa de tablete de chocolate e a mesma opção para a versão em menta, com estampa de pastilhas. Ambos integram a linha Essences, da nova coleção Inverno 2011.

Outro destaque é o lançamento pioneiro da cueca boxer composta por fibras da proteína do leite. Unindo modal e liocel, as fibras antibacterianas da proteína do leite garantem um toque agradável e resistente no contato ao corpo.

A Upman é a única empresa do segmento a trabalhar com algodão egípcio e oferece produtos com valor agregado em design, acabamento, tecidos e estamparia, traduzindo para o underwear e homewear o melhor em tendências mundiais da moda masculina.


Fonte: Redação – O Confeccionista



TECELAGENS QUE ENCERRARAM ATIVIDADES NOS ULTIMOS 40 ANOS

Para os saudosistas e analistas de mercado e para aqueles mais jovens que nunca ouviram falar de algumas empresas que fizeram história, como a Argos Industrial com o Brim Caqui que era produzido e vendido a metro em larga escala em todo território Brasileiro.

Tivemos a Sudamtex que fez história com o tecido de um Gabardine mixto com nylon com um toque sedoso e acompanhado de uma das campanhas de publicidade na TV das mais inteligentes que eu já vi em toda minha vida. O "senta levanta".

Aos membros da Textile Industry faço um apelo. Adiconem em comentário o nome da Fiação ou tecelagem que ele conheceu e que encerrou atividades e que não consta dessa lista, para que possamos ter todos um acervo de indústrias texteis que ajudaram a fazer a história do Brasil não só como um dos maiores setores que geram mão de obra, como também na moda, desde as "chitas" fabricadas pela antiga Cia.Tecidos Paulista até os ultimos suspiros da São Pedro de Alcântara que fabricava tecidos de melhor qualidade aliado ao bom gosto na criatividade de estampas mais sofisticadas e sempre acompanhando as tendencias do mercado.

Eis a lista de alguns nomes que desapareceram do Mapa de produção de Texteis do Brasil, mas que fizeram história. Sei que vários outros nomes fazem parte dessa lista, mas por não ter certeza ou por falta de tempo para pesquisar não os inseri aqui. Se você não quiser incluir nomes via comentário (publicamente) faça-o pelo meu e-mail particular - luiben@bol.com.br para que altere essa relação.
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Em ordem alfabética rigorosa pelo nome fantasia ou denominação comercial mais conhecida:

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América Fabril

Argos Industrial

Bagarollo – Têxtil Bagarollo Ltda.

Bangu (Cia. Progresso Industrial)

Barbero – Industrias têxteis Barbero

Beltramo – Cotonifício Beltramo S.a

Brasperola

Calfat - Textil Gabriel Calfat, (inclusão do Miranda)

Capibaribe - Cotonificio Capibaribe - Recife - PE. por Fredi Maia

Carambei – Industria têxtil Carambei.

Carioba - Everardo Muller Carioba - Por Edson Machado

Cianê (Cia.Nacional de Estamparia) - Prestando serviços, conf. Sergio Endrigo

Cordenonssi Industria Têxtil ltda.

Corduroy

Cruzeiro do Sul Inds. Textil - incluida na lista por Edson Machado

Dahruj – Industrias têxteis Dahruj

Dollo Textil - por Edson Machado

Dona Isabel

Distral Tecidos - Incluida na lsita por Edson Machado

Ernesto Deocleciano - Inclusão do Miranda

Fabril Mineira – Cia. Fabril Mineira

Famo Sa. Incluida por Carlos Roberto

Ferreira Guimarães (Cia. Têxtil Ferreira Guimarães)

Germano Feher - Inclusão do Miranda

Indl. Belo Horizonte – Cia. Ind. Belo Horizonte.

Itaunense – Cia. Industrial Itaunense

Itabira do Campo (Cia.Indl.Itabira do Campo)

Jauense – Cia. Jauense Industrial

Joel Bertiê - Includa na lista por Edson Machado

Machado Marques –

Manufatora – Cia. Manufatora de Tecidos

Matarazzo - Inclusão do Miranda (ausencia imperdoável na minha lista original)

Moreno - Cotonificio Moreno - Inclusão de Fredi Maia

Multifabril

Nova América – Fabrica Tecidos Nova America

Nova Odessa - Textil Nova Odessa Ltda. -

Pabreu

Paculdino – Palculdino Têxteis S.A - Vefificar, mas acho que apenas fazendo facção

Pará de Minas (Cia. Fiação e Tecelagem Para de Minas) - Em regime de cooperativa com outro nome

Paulista (Cia.Tecidos Paulista) - extinta

Renascença (Cia. Renascença Industrial) - extinta

Rio Tinto (Cia. De Tecidos Rio Tinto) – Rio Tinto – PB

Sandin – Têxtil Sandin Rosada Ltda. - extinta

Santa Elisabeth (Cia. Têxtil Santa Elisabeth) - extinta

Santa Rosa (Cia.Fiação e Tecelagem Santa Rosa) - extinta

Santo Amaro – Lanifício Santo Amaro S.A. -

São Carlos = Fabrica de tecidos São Carlos

São José - Fiação e tecelagem São José - por Carlos Augusto Tadeu

São Paulo Alpargatas

São Pedro de Alcântara – Cia .Fabrica Tec. S.Pedro Alcantara

Scala D'Oro - inclusão do Miranda

Schlosser (Cia.Indl.Schlosser)

Sperb - Tecelagem Sperb - incluida por Carlos Roberto

Sudamtex

Tecblu - Incluida na lista por Carlos Roberto

Texita - Incluida na lista por Carlos Roberto

Textilpar - Tecelagem Textilpar de Paranavai (Que assumiu a Jauense) - PR. Alessandro Fernandes

Torre (Cotonifício da Torre)

Investimento em celebridades para desfiles da São Paulo Fashion Week pode gerar até três vezes mais retorno em exposição

RIO - A contratação de celebridades internacionais para desfiles de moda pode sair cara para grifes nacionais, mas a marca tem um retorno pelo menos três vezes maior em geração de mídia espontânea, segundo especialistas na área. O nome da grife, associado ao da celebridade em questão, extrapola os veículos de imprensa especializados em moda, ganhando destaque também no noticiário de cidade, fofocas e economia.

A temporada Inverno 2011 na São Paulo Fashion Week (SPFW), que começou nesta sexta-feira, conta com alguns nomes famosos, como o ator de Hollywood Ashton Kutcher, que desfila pela Colcci, a patricinha internacional Paris Hilton, no desfile da Triton, a cantora Christina Aguilera, que lança linha de roupas em parceria com a C&A, e a transexual Lea T., filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo e musa da Givenchy, no desfile de Alexandre Herchcovitch.

Outras duas beldades com cachês milionários que marcam presença no desfile da Colcci são as top models Gisele Bündchen e Alessandra Ambrósio.

— Realmente é um investimento alto, mas o retorno que as marcas vão ter na mídia é muito grande, é quase três vezes maior. O Ashton Kutcher foi jantar ontem (quinta-feira) com a Demi Moore (mulher do ator). Foi publicado na imprensa que o ator saiu para jantar e que está no Brasil porque veio desfilar pela Colcci. O retorno é muito mais alto do que o investimento — disse Adriana Jordan, coordenadora técnica de Design de Moda da Universidade Veiga de Almeida.

O cachê de Kutcher não foi revelado pela Colcci, grife para a qual o ator desfila neste domingo no maior evento de moda no país. Mas as despesas da marca não param por aí. Ashton trouxe a mulher e a enteada, Tallulah Willis.

— Fora o cachê, para trazer o Ashton Kutcher tem todo um investimento muito grande em infraestrutura, como hospedagem, passagens, seguranças, carro blindado — enumera Vanessa Rivera, consultora de Design do Senai Cetiqt. — Mas dá uma visibilidade à marca incrível. Já tem vários blogs internacionais dizendo que ele veio ao Brasil para o desfile da Colcci, então já é o nome dele sendo associado ao da Colcci. Ele também anunciou pelo Twitter dele, que é um dos mais seguidos, que viria ao país, então os fãs já acompanham e descobrem sobre a marca — completou.

Tanto a Colcci quanto a Triton pertencem ao grupo AMC Têxtil, que também detém as marcas Sommer, Carmelitas, Forum, Forum Tufi Duek, Tufi Duek e Coca-Cola Clothing.

— Depois da compra da Triton e da Forum, o grupo AMC Têxtil está investindo mais no mercado internacional, então a contratação de celebridades internacionais é um bom investimento — afirmou Vanessa. — A Paris (Hilton) já não é uma grande novidade, porque é a segunda vez que vem desfilar pela Triton. Mas, se não tivesse dado resultado, não teria sido chamada de novo.



FONTE: http://extra.globo.com/noticias/economia/investimento-em-celebridad...

Tendências para o inverno

Estampas de bichos, xadrez e verde militar estarão nas roupas da temporada, que apostará no look sustentável.

Os bichos estarão soltos neste inverno 2011 e as peles aparecem com força total como se viu nos desfiles da temporada, sejam na Europa como no Fashion Rio e no São Paulo Prêt-à-Porter que terminou no último dia 21, na capital paulista.

Inverno da marca Filhas de Gaia. Foto: Zé Takahashi.

Será um inverno de sobreposições de texturas, independentemente de estilo e tribo, com estampas de onça revisitadas e com tratamentos de corrosão e tye die. Os vestidos continuam na temporada e os tricôs são a grande aposta para a temporada fria. Mas os tweeds e as estampas clássicas de alfaiataria também estarão presentes, com modelos de calças inspirados em clássicos masculinos, que lembram o período do pós-guerra, com saias ajustadas e camisas bem cortadas.

As principais tendências do inverno vão ser camisas xadrez, jaquetas em estilo militar e românticas, vestidos e saias longas, além das linhas de confecções sustentáveis. No segmento luxo, as camisas femininas virão com botões folheados a ouro, algodão egípcio e detalhes em cristais Swarovski.

A cartela de cores vai girar em torno dos tons quentes como chocolates e caramelos, que combinam com onças, bichos de pequeno porte, vermelhos e alaranjados. Os verdes militares estarão em algumas coleções e o xadrez estará em quase todas. Alem dessas cores, haverá ainda o branco, o cinza, as mesclas off e o preto que, como sempre reinará absoluto no inverno.

Na maquiagem o que vai valer vão ser as bocas de um vermelho intenso e o olhos com cores suaves, com ares melancólicos. Os acessórios vão trazer estampas de bichos, cores e bordados com aplicações, botas ski e de montaria. Os scarpins serão de bico triangular e salto sabrina. As anabelas continuarão e as bolsas serão em tamanho médio com aplicações de pelos e texturizados.

Na linha sustentável, muitas marcas apostam no algodão orgânico e às lavagens com corantes naturais em suas composições. Tecidos com fibras de bambu, com manteiga da semente do cupuaçu e jeans reciclados.

Bolsas de sacos de cimento

O designer de bolsas Rogério Lima é um dos finalistas da categoria Moda no Prêmio GreenBest 2011. A premiação é pioneira de consumo e iniciativas sustentáveis e elege os destaques em diversas áreas como moda, decoração, alimentação, transporte e internet. Os vencedores são apontados por meio de votação popular e também de um júri especializado.

Ele foi selecionado graças a suas mais reconhecidas criações que são as bolsas confeccionadas com sacos de cimento. A linha existe há quatro anos, sempre com novos modelos e desenhos, além de detalhes de acabamentos luxuosos, como couro tingido e ferragens banhadas a ouro. As bolsas inspiram sustentabilidade em todos os sentidos, desde o reaproveitamento de materiais até projetos que o estilista implanta em parceria com as indústrias de cimento, visando ampliar esta linha e incentivar o interesse pelo produto Upcyde.

Além de Rogério Lima concorrem na categoria Moda as marcas Maria Bonita, Goóc, Alexandre Herchcovitch, Redley, Carlos Miele, Melissa, Osklen, Jujiro e Éden. A votação pode ser feita até 16 de março no site http://greenbest.greenvana.com.

FONTE: http://www.jornalonorte.com.br/2011/01/30/show7_0.php






sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Se a Vida é um Jogo.....Quais são as Regras

Você crê no poder dos sonhos? Acredita que há um modelo ideal para uma vida feliz? Quer saber como alcançar a felicidade? Deseja tornar a viagem pela vida mais agradável?

Todos desejamos repostas para às questões acima, mas nem todos queremos dar a necessária cota de sacrifício para obtê-las na dose e no tempo certo. São muitas as lições a serem aprendidas se, realmente, desejamos encontrar o nosso verdadeiro propósito na vida.

É fato que a vida tem sido, muitas vezes, comparada a um jogo, em que as regras não são esclarecidas. Nós, simplesmente, começamos o “jogar” descobrindo o nosso caminho através das sinalizações ao longo da “estrada”, na esperança de jogar direito. Podemos dizer que nós não sabemos exatamente o objetivo de jogar, nem o que significa realmente ganhar.

Cada pessoa no planeta tem seu próprio caminho, o seu conjunto de lições para aprender são individuais, únicos e intransferíveis. Precisamos fazer o “dever de casa” com disciplina se desejamos assimilar as lições com desenvoltura e evoluir para as próximas etapas.

Como então evoluir encontrando a felicidade? Não há resposta em formato de receita de bolo, mas algumas dicas, como as seguintes descritas, podem nos levar ao encontro da felicidade:

1 - A primeira lição a ser assimilada é não acreditar em solução rápida – Problemas emocionais, espirituais, intelectuais e de saúde são consolidados gradativamente;

2 - Não espere que o tempo resolva todos os seus problemas – o tempo ajuda em muitos sentidos, mas os seus desafios é responsabilidade sua e, portanto, devem ser superados por você;

3 - Viva a vida com sapiência – Não há jeitinhos para superar as lições da vida, portanto, aprendê-las é sempre a melhor solução para os que desejam evolução e uma vida melhor;

4 - Não ache que vai fazer sucesso sem trabalhar – Você se lembra da frase que diz: “somente no dicionário a palavra sucesso aparece antes de trabalho”. Pois é isso mesmo, para vencer você terá que dar a sua cota de suor. Portanto, “trabalhe como se tudo dependesse de você e reze como se tudo dependesse de Deus”.

5 - Finalmente, tenha muita fé, amor e esperança, pois dificilmente alguém conhecerá a felicidade sem essas três palavras que funcionam como se fossem o tripé da vida.




Fonte:ogerente.com.br

Todos deverão ficar atentos ao contratarem mão de obra terceirizada

"A empresa contratante é responsável, com exclusividade, pelo recolhimento da contribuição previdenciária por ela retida do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, afastada, em relação ao montante retido, a responsabilidade supletiva da empresa prestadora, cedente de mão de obra".

17/01/2011 - Usuário de mão de obra terceirizada responde por contribuição previdenciária

A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que, mesmo antes da Lei n. 9.711/98, o INSS podia cobrar as contribuições relativas a trabalhadores terceirizados da empresa em que eles executavam suas tarefas, em vez daquela que os registrava como empregados e cedia sua mão de obra mediante contrato de prestação de serviços.

A decisão foi tomada no julgamento de recurso especial interposto por uma empresa de Santa Catarina, em demanda com o INSS por causa de contribuições não declaradas nem pagas no período de novembro de 1991 a janeiro de 1999.

A autora do recurso alegava que "as empresas tomadoras dos serviços não têm qualquer vínculo com o fato gerador da contribuição incidente sobre a folha de salários das empresas contratadas", em razão de não haver vínculo trabalhista entre o pessoal da prestadora de serviços e quem a contrata.

Em novembro, no julgamento de um recurso repetitivo (REsp 1.131.047), a Primeira Seção do STJ consolidou a tese de que, após a vigência da Lei n. 9.711 (que alterou a Lei. 8.212/91), "a empresa contratante é responsável, com exclusividade, pelo recolhimento da contribuição previdenciária por ela retida do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, afastada, em relação ao montante retido, a responsabilidade supletiva da empresa prestadora, cedente de mão de obra".

Segundo o relator do recurso da empresa de Santa Catarina, ministro Luiz Fux, a Lei n. 9.711 instituiu a responsabilidade pessoal do tomador dos serviços de mão de obra pelas contribuições previdenciárias, mediante um sistema de substituição tributária: o contratante dos serviços, ainda que em regime de trabalho temporário, ficou obrigado a reter 11% do valor da nota fiscal ou fatura e recolher a importância retida em nome da empresa cedente da mão de obra.

No caso de Santa Catarina, porém, as contribuições eram relativas a período anterior à mudança produzida pela Lei n. 9.711, que só gerou efeitos a partir de 1º de fevereiro de 1999. De acordo com o relator, a redação original da Lei n. 8.212 estabelecia uma "hipótese de responsabilidade tributária solidária do contratante de quaisquer serviços executados mediante cessão de mão de obra, no que diz respeito às contribuições previdenciárias devidas pela empresa prestadora dos serviços".

Essa responsabilidade solidária, segundo o ministro, "facultava ao ente previdenciário eleger o sujeito passivo da obrigação tributária entre os respectivos coobrigados, observada a possibilidade de o cessionário elidir sua responsabilidade acaso demonstrasse que o cedente comprovara o recolhimento prévio das contribuições".

Sobre a obrigação tributária solidária, continuou Luiz Fux, "é de sua essência a unicidade da relação jurídica em seu polo passivo", o que permite que a autoridade administrativa direcione a cobrança contra qualquer um dos responsáveis solidários.

O ato de lançamento dos créditos em discussão no recurso só foi lavrado em 2001, mas mesmo assim o relator - cujo voto foi acolhido de forma unânime pela Primeira Turma - entendeu que se aplicava a regra da responsabilidade solidária (vigente até fevereiro de 1999). "Não se aplica ao lançamento tributário a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha atribuído responsabilidade tributária a terceiro", afirmou o ministro, citando o Código Tributário Nacional.

O fato de o lançamento ter ocorrido em 2001, porém, teve repercussão no montante devido. Na linha do voto do relator, a Primeira Turma declarou a decadência do direito de constituição dos créditos anteriores a 1996.

 
REsp 719350





quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Compradores Internacionais elogiam qualidade da moda brasileira

O Texbrasil – Programa de Exportação da Moda Brasileira, desenvolvido pela ABIT em parceria com Apex-Brasil - trouxe 26 compradores internacionais de 14 países para o evento. Entre eles, a canadense Lynne Leclair que atua numa distribuidora que atende várias lojas no Canadá. “É a segunda vez que eu venho e a primeira vez para lançamento de coleções de inverno. Mas, eu gostei muito. Ao contrário do que se pensa, nosso inverno é muito rigoroso por dois meses, mas depois fica mais ameno e perfeito para o tipo de coleção que o Brasil faz. Gostei muito da Maria Bonita Extra, Filhas de Gaia e Giulia Borges. Os preços são bons, apenas pequenos ajustes de negociação. A única coisa ruim é não ter amostrar disponíveis para levarmos. Eu até tentei comprar uma peça, mas a expositora disse que era peça única e não poderia vender. Acho que isso é um pequeno problema que podemos resolver. No mais, gostei da organização e pretendo voltar, talvez para SPFW”.



Uma das mais importantes lojas de departamento da Inglaterra, a Selfridges, também enviou um de seus compradores de moda jovem feminina e casualwear. “As roupas são bonitas e de excelente qualidade, mas são poucas as marcas com design novo, realmente diferente. Mas, gostei muito da Alessa e da Filhas de Gaia. Creio que as coleções de verão devem reunir mais marcas criativas” declarou Gary Edgley, comprador da Selfridges, no último dia do RAP.



Além dos estandes e desfiles do RAP e Fashion Rio, o Texbrasil levou os convidados internacionais para conhecerem um pouco mais da moda brasileira, através de feiras de artesanato, shoppings e pontos de varejo no Rio de Janeiro.

FONTE: http://www.abit.org.br/site/noticia_detalhe.asp?controle=2&id_m...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Linhas Bonfio instalará fábrica em Horizonte

A empresa paulista inaugura a sua primeira unidade fabril no Nordeste. Atividades devem começar em abril

Está se instalando em Horizonte a primeira unidade fabril da Linhas Bonfio no Nordeste. A empresa está investindo cerca de R$ 45 milhões na fábrica que começará suas operações em abril próximo e que tem previsão de gerar 300 empregos diretos no município cearense.

 
Instalada em 4 mil m² de área construída na entrada de Horizonte, no bairro Catolé, o galpão industrial já abrigou uma empresa de TNT, a Fitesa, que há dois anos levou de volta para o Rio Grande do Sul a sua filial daqui. "Temos mais três fábricas no País, uma em Itaquaquecetuba (SP), outra em Americana (SP) e uma em Três Lagoas (Mato Grosso do Sul). A escolha pelo Ceará deve-se ao fato de o Estado ser considerado o mais promissor dentro do cenário têxtil brasileiro. O Nordeste também é hoje a região do Brasil que mais se desenvolve", afirma o diretor comercial da Linhas Bonfio, Anselmo Marcello.

A Bonfio surgiu em São Paulo, há mais de 60 anos e hoje atende a mais de cinco mil clientes no Brasil, e exporta para 14 países. No mercado nacional, é líder de produção de fios texturizados para costura overlock.

Para atender ao mercado nordestino, a fábrica cearense deverá baratear os custos com logística. A previsão é que a nova indústria produza em seus primeiros meses de atividades, algo próximo a 40 toneladas de linhas e fios têxteis.

O município de Horizonte conta hoje com um parque industrial que concentra 35 empresas de médio e grande porte. No setor têxtil, a maior delas é a Santana Textiles. Outras importantes fábricas do local são a do Grupo Schincariol, a da Ford Motor-Troller, e a Vulcabrás.

Disputa

O Ceará disputava a fábrica da Bonfio com Pernambuco. No entanto, incentivos fiscais ajudaram na hora da opção por Horizonte. "Estávamos há quase 10 meses negociando com a empresa. Entre os incentivos fiscais municipais está a doação do terreno, além de isenções de IPTU e ITBI por um período de dez anos, e isenções nas taxas de funcionamento. Com o governo do Estado sei que eles estão negociando isenção de ICMS", afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico de Horizonte, Dário Rodrigues.

Investimento

45 milhões é o valor do investimento da fábrica da Linhas Bonfio na cidade de Horizonte. Esta será a quarta indústria do grupo instalada no País e a primeira na Região Nordeste.


FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=922633

Roupas femininas ganham etiquetas com medidas em vez de tamanhos

As novas etiquetas terão estatura e medidas de ombros, busto, cintura, quadril e pernas, semelhante ao modelo usado nos Estados Unidos. O objetivo é facilitar na hora das compras.

 
Na hora de comprar roupa, todo mundo sabe: tem que experimentar, experimentar muito. muitas vezes, até a exaustão. A gente olha o número, mas as vezes falta, as vezes sobra.

Aquele tradicional P, M e G, e o 40 que não é 40, o 42 que não é 42. Isso tirando os sapatos. Mas essa numeração pode mudar completamente. A indústria está estudando uma nova etiqueta para as roupas femininas, onde serão detalhadas várias medidas.

Quem é a mulher brasileira? Um metro e oitenta de altura, 50 e poucos quilos, 90 centímetros de busto, 60 de cintura e 90 de quadril: as medidas padrão de modelo internacional, que fazem qualquer roupa ficar deslumbrante, mas que não são as mesmas da grande massa das mulheres do Brasil.

“Eu acho que o brasileiro é uma mistura de tudo, não dá pra caracterizar um padrão realmente. Eu acho que o povo brasileiro tem uma mistura de todas as raças, culturas e por isso que é um povo tão bonito”, conta a assistente de marketing Natascha Thieni.

“A mulher brasileira não é como muitas vitrines mostram, com essas medidas bem fininhas e tal. Mulher brasileira é uma mulher que não é muito gorda, mas também não é magra esquelética, ela tem um corpo ali proporcional, eu acho”, diz a vice-diretora de escola Cassiana de Jesus Barbosa.

Na busca pela roupa ideal, a mulher chega ao provador carregada e demora pra escolher.

“Pra mim, varia de 36 ao 40, então eu tenho bastante trabalho. Depende, cada marca é um número”, explica a publicitária Angela Ustulin.

 
Com a falta de padronização no mercado, achar o tamanho certo, muitas vezes, demanda tempo e paciência. Para facilitar o lado de quem compra e até de quem vende, a indústria do vestuário começa a discutir mudanças nas roupas femininas. A idéia é substituir a numeração nas etiquetas pelas medidas das roupas e oferecer também uma variedade maior de tamanhos.

“Vai ser importante pro vendedor, pro lojista e pra nós da indústria, que nos vamos sabendo ao longo do tempo qual é realmente o tamanho do povo brasileiro, aquele que vende mais”, explica o presidente da Abravest, Roberto Chadad.

“Tem umas coisas no quadril dá certo, na cintura sobra ou falta e muitas vezes, o que mais dá trabalho para gente de ajuste seria a barra”, conta a gerente de loja Claudia Magalhaes.

“Na altura, no comprimento, sempre precisa ajustar alguma coisa”, conta uma mulher.

As novas etiquetas deverão trazer estatura e medidas de ombros, busto, cintura, quadril e pernas, semelhante ao modelo usado nos Estados Unidos, que permite escolher as roupas sem experimentar e viabiliza até a venda pela internet, um serviço que aqui, de acordo com a Abravest, ainda não funciona.

"É com o objetivo final de melhorar as vendas, agilizar as vendas e dar ao consumidor a satisfação pessoal que ele sempre queria ter quando da compra da roupa e às vezes, ele fica prejudicado, porque leva um produto inadequado e fica insatisfeito”, afirma Roberto Chadad.

“Fica bem mais fácil, se você tiver as suas medidas, não precisa ficar provando muito. Você já vai checando ali e não perde tanto tempo”, diz uma mulher.

“Se você sabe sua medida, você vai lá e já pega na medida certa”, diz outra mulher.

A expectativa da Associação Brasileira do Vestuário é que até o final do semestre as novas regras para a padronização das roupas femininas já tenham sido definidas. Agora, o que seria bom mesmo é se cada loja de roupa, principalmente de roupa feminina, tivesse uma costureira de plantão para fazer todos os ajustes na hora, principalmente na barra e na cintura.

 

FONTE: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/01/roupas-femininas...

Como lidar com o fim da roupa barata

Em vez de lamentar o final de uma era de roupa barata, Mike Flanagan, CEO da Clothesource Sourcing Intelligence, uma consultora britânica especializada no sector do vestuário, desafia retalhistas e compradores a baixarem novamente os preços, através de novas práticas criativas.

Neste artigo de opinião, Flanagan defende a oferta de mais valor aos clientes e maior pressão em vários pontos da cadeia de aprovisionamento para gerir os factores que afectam o preço.

O preço médio do vestuário no Reino Unido aumentou 0,9% em Setembro de 2010 em relação a igual período de 2009 – o primeiro aumento de preço anual no Reino Unido desde que os registos actuais começaram, em Janeiro de 1996.

Não é de estranhar que os analistas já estejam a falar sobre o «fim da era da roupa barata». Mas, certamente, ninguém acreditou seriamente que os preços do vestuário continuariam a cair durante os próximos anos, da mesma forma como têm caído no Reino Unido ao longo dos últimos 15 anos.

Dito isto, no entanto, mesmo o aumento de 0,9% em Setembro surgiu de um incremento de 2,5% sobre os impostos de vendas em relação ao ano anterior. Eliminando este acréscimo, o preço antes de impostos das roupas caiu realmente mais uma vez – como tinha já acontecido, pelo menos, nos 180 meses anteriores.

Nos últimos 20 anos, os preços do vestuário caíram principalmente porque as barreiras de importação dos países ricos foram progressivamente eliminadas. E à medida que se eliminaram mais barreiras, os compradores puderam esperar com confiança que a cada ano iam encontrar preços de vestuário em algum lugar do mundo mais baratos do que no ano anterior.

Demorou muito tempo para essas barreiras serem suprimidas e para os comerciantes terem a confiança de que os preços iam permanecer em baixa. Na verdade, foi apenas em Janeiro de 2009 que os EUA removeram as últimas quotas contra a China e a UE deixou de exigir licenças chinesas de exportação.

Mas agora os preços das matérias-primas estão a subir, os salários estão a aumentar nos principais países produtores e o yuan chinês está a valorizar pelo menos um pouco.

Não foram apenas os salários baixos que fomentaram os cortes de preços nos últimos 20 anos. Muitos fabricantes asiáticos construíram novas fábricas na expectativa de que a procura ocidental iria crescer mais rapidamente do que aconteceu e tomaram decisões de preços que acabaram por tornar prejudicial manter o excesso de capacidade em operação.

• Muitas fábricas chinesas, entre meados de 2008 e 2009, aceitaram qualquer encomenda que pudessem para manter as suas linhas a trabalhar, muitas vezes consentindo em curtos períodos de prejuízo. Mas com a procura interna em expansão, as empresas chinesas estão agora a tentar esquivar-se de muitos contratos de baixo volume que são menos lucrativos do que outras encomendas que lhes estão a ser oferecidas.

• Quando a rupia indiana aumentou face ao dólar entre o final de 2007 e 2008, muitas empresas indianas perderam muito por não terem protecção contra a valorização da sua moeda. Agora, confrontados com a nova valorização cambial, muitos indianos preferem o risco de perder vendas do que arriscar mais perdas com preços abaixo do normal.

Durante 20 anos, conseguir esses preços baixos exigiu aos compradores um pouco de investigação e alguma discussão, mas realmente não necessitou de habilidades de negociação formidáveis.

Agora, com as poucas barreiras significativas a ponto de cair (a UE e os EUA não vão abolir os direitos de importação de vestuário da China em breve) e a procura de vestuário a crescer mais rapidamente do que as fábricas para produzir, chegou certamente ao fim – há alguns anos pelo menos – a época de redução anual garantida do preço.

Existe mais do que isto?

Alguns analistas vêem consequências mais profundas para o comércio global. Eles vêem os aumentos salariais dos trabalhadores e o crescente custo das matérias-primas a fomentarem uma nova era em que os compradores deixam de se preocupar com os preços e a produção de vestuário regressa aos países ricos.

Os compradores de retalho, todavia, não vão deixar de querer preços baixos. E os consumidores, muito provavelmente, não vão deixar de, caso seja tudo igual, comprar uma roupa mais barata em vez de outra mais cara.

Entre as várias opções para manter o preço baixo do vestuário, existem diversos pontos na cadeia de aprovisionamento onde é possível actuar, nomeadamente: composição das fibras, novos fornecedores, tempos de produção e transporte.

Em vez de lamentar o fim da roupa barata, Mike Flanagan, CEO da Clothesource Sourcing Intelligence, uma consultora britânica especializada no sector do vestuário, desafia os retalhistas e compradores a baixarem novamente os preços, através de novas práticas criativas. Na segunda parte deste artigo de opinião, o autor apresenta vários pontos da cadeia de aprovisionamento onde os factores que afectam o preço podem ser alvo de actuação.

O fim das reduções de preços anuais garantidas significa simplesmente que os compradores vão trabalhar mais arduamente para oferecer aos seus clientes o melhor valor, exercendo pressão sobre as diferentes partes da cadeia de aprovisionamento. Vamos ver:

• Substituição das fibras caras. Existe actualmente uma escassez de algodão. Mas ao longo dos próximos anos, não há falta de novas empresas de viscose e poliéster, prontas para entrar em funcionamento. As empresas de tecidos vão simplesmente recorrer mais à criatividade para produzir tecidos a partir de materiais que possuam algumas das qualidades do algodão (como respirabilidade) ou para promover melhor algumas das qualidades destas matérias alternativas (como facilidade de passar a ferro e secagem rápida). Explorando possivelmente o facto da produção de viscose, ao contrário do algodão, incentivar a reflorestação e que os tecidos de fácil manutenção provocam menos emissões de carbono nos ciclos de lavagem e secagem do vestuário.

• Variedades de algodão de maior rendimento. Há uma centena de anos atrás, as ovelhas da região inglesa de Cotswolds, produziam apenas um quarto da quantidade de lã que produzem actualmente, não sendo utilizada uma grama de insecticida nos pastos. O algodão está em falta porque esgotamos a terra, mas a história dos últimos séculos tem evidenciado o constante aumento na quantidade de qualquer produto agrícola que possa ser cultivado num hectare de terreno.

• Mais procura por novas fábricas de vestuário. A confecção de vestuário é de mão-de-obra intensiva – e no mundo não há falta de pessoas dispostas a trabalhar por salários baixos. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação estima que em 2009 existiam 1,02 mil milhões de pessoas que sofriam de desnutrição, o maior número na história humana, evidenciando um aumento de 20% em relação a 2006. O povo da China pode estar a negociar aumentos salariais, mas existem outros lugares desesperados por qualquer trabalho que a China possa deitar fora.

• Pressão contínua sobre os tempos de produção e transporte. A maioria das previsões de transportes mais rápidos possui geralmente uma dose de ficção científica. Mas existem caminhos-de-ferro da China, da Índia e do Paquistão para a Europa, que estão actualmente em uso, e existem planos activos para utilizá-los com o objectivo de reduzir as semanas, que são necessárias para movimentar mercadorias por via marítima para cerca de dez dias. Apenas uma das muitas formas que as empresas vão utilizar para eliminar o desperdício do sistema de transporte.

• Alterar os modelos de negócio no retalho. O mais extraordinário nos preços do vestuário na última década tem sido como estes variaram entre países. No Reino Unido, os preços do vestuário, em Agosto de 2010 foram 54% mais baixos do que em Janeiro de 1996, ano em que as quotas sobre a importação de vestuário começaram a cair. Com os preços em geral a crescerem 33% ao longo destes 15 anos, os preços do vestuário caíram 65%. Nos EUA, os preços do vestuário caíram 37%, enquanto na Zona Euro caíram apenas 20% em relação a outros preços.

Porque difere o Reino Unido dos EUA e do resto da Europa? Em parte devido à mudança de atitudes dos retalhistas em relação às margens. Liderados pela Primark, muitos retalhistas abandonaram a filosofia de começar a vida de uma peça de roupa com uma margem enorme, para depois diminuir o preço até eliminar os stocks. Em vez disso, tal como os supermercados, muitos começam com uma margem modesta, criando vendas por metro quadrado elevadas, como resultado dos preços baixos, e só recorrem a descontos para limpar os erros graves.

Quer a prática seja introduzida noutros países pela Primark ou por um concorrente, os retalhistas vão provavelmente adoptar este modelo, da mesma forma como outros têm copiado as inovações da Zara ao nível da reacção rápida ao mercado.

• Mais pressão sobre os fornecedores. Não haverá limite para como o comprador vai apertar os fornecedores. Aqui estão dois exemplos:

1. Quase todos os compradores de vestuário expressam frustração sobre o que eles estão convencidos ser extorsão por parte dos fabricantes de tecido. Um par de calças de jeans de mulher pesa 493 gramas. O fio de algodão custa actualmente cerca de 3,95 dólares por quilo – cerca de 57% acima em relação ao preço de há um ano. Então, da forma como os compradores de vestuário vêem a situação, o aumento do preço do fio deve adicionar cerca de 70 centavos ao preço de um par de jeans. E eles estão convencidos que os fabricantes estão a tentar tapar os olhos com o algodão, com argumentos complicados sobre a razão para os preços subirem mais rapidamente.

2. O agente de aprovisionamento Li & Fung, o maior comprador de vestuário do mundo após a Wal-Mart, foi recentemente citado a referir aumentos de preços de 30%, apesar dos dados da alfândega dos EUA evidenciarem que os preços médios do vestuário proveniente da China ainda estão a cair. Os retalhistas raramente são os mais confiáveis – e estão convencidos que os agentes compram melhor quando os preços podem ser comparados aos preços que outros compradores estão a conseguir. Espera-se que mais retalhistas utilizem agentes para introduzir maior concorrência entre fornecedores.

• Mais conselhos sobre gestão de estratégias de aprovisionamento. À medida que os compradores revêem as suas estratégias de aprovisionamento, o acesso a informação e conhecimento assume uma importância fundamental.

Levará tempo para a produção sair da Ásia Oriental, para os preços das fibras caírem ou para qualquer outra mudança de redução de preço acontecer. Os retalhistas vão ter que aprender a viver com o fim da “era da redução anual garantida de preço” – pelo menos durante algum tempo. Mas em breve vão voltar a ter a habilidade para diminuir novamente os preços, através de novos processos criativos.

A ideia de que a produção vai voltar para a Toscânia ou para a Carolina do Sul não é mais realista do que a ideia das ovelhas em Cotswolds serem novamente os principais fornecedores mundiais de tecido de alta qualidade, como eram em 1510.

Estamos prestes a entrar numa nova era, mas essa era será uma época em que os retalhistas e as marcas simplesmente desenvolvem um novo arsenal de gestão de preços. Quem vai fazê-lo melhor e quanto tempo vai demorar, ninguém sabe. Mas que ninguém espere que uma camisa de poliéster na Wal-Mart ultrapasse os 100 dólares durante os próximos 50 anos.



Fonte:portugaltextil.com







Têxteis à prova de bomba euronews, futuris.flv



Os têxteis técnicos podem condenar ao fracasso alguns atentados contra aviões. Cientistas europeus desenvolveram um contentor têxtil resistente a determinadas cargas de explosivos. O protótipo está a ser testado num centro de investigação britânico para explosões experimentais.
“Neste teste, medimos a capacidade do sistema para conter a explosão e os fragmentos que sejam projetados, bem como a subsequente expansão dos gases”, explica o coordenador do projeto, Donato Zangani.
O protótipo pretende minimizar os efeitos da explosão de pequenas bombas colocadas na bagagem de porão.
“Esta é a típica bagagem que as pessoas levam nas férias: muita roupa e objetos. Aqui dentro, temos uma pequena carga explosiva, uma das ameaças típicas que os aviões enfrentam hoje. Uma pequena carga capaz de deitar abaixo um avião. Vamos fechar o saco e colocá-lo no contentor”, diz o engenheiro Jim Warren.
A primeira explosão mal afeta o protótipo, criado no âmbito de um projeto de investigação da União Europeia designado Fly-Bag.
“O contentor foi construído com uma combinação de diferentes camadas de têxteis técnicos. Cada uma com as suas características. Alguns têxteis foram colocados em lugares diferentes, para resistirem à penetração de fragmentos que resultam da explosão. Outros têxteis foram desenhados de maneira a poderem expandir-se de uma forma controlada, para que o contentor se possa deformar sem se rasgar”, diz Zangani.
“Além disso, produzimos um revestimento interno que tem duas missões. A primeira é conter os gases gerados durante a explosão. A segunda é fortalecer a resistência de toda a estrutura, de modo a que o revestimento se transforme numa espécie de composto flexível dentro do contentor”, acrescenta.
A bagagem danificada é substituída. A quantidade de explosivos é aumentada em 50% para o segundo teste. O contentor ainda se mantém firme.
Neste hangar de manutenção do aeroporto Olbia- Costa Smeralda, na Sardenha, um contentor semelhante foi instalado num avião comercial.
Os cientistas tiveram mesmo que vir até aqui para conhecerem a realidade do handling de bagagem.
“Este é um verdadeiro projeto de investigação aplicada. Queríamos, de facto, produzir um protótipo que permitisse às linhas aéreas testar a implementação efetiva de todo o sistema. Portanto, produzimos um protótipo à escala real e verificámos que é, realmente, útil para as linhas aéreas. Pode ser facilmente carregado com bagagem, operado facilmente, sem que sejam necessárias competências específicas da parte do operador”, sublinha o coordenador do projeto.
A companhia aérea Meridiana Fly participou no desenvolvimento do protótipo. “A segurança aérea já é muito elevada nos voos comerciais. Ajudámos a desenvolver este contentor, porque queremos oferecer aos passageiros uma nova ferramenta para garantir a sua segurança”, realça Fabio Caronti da Meridiana Maintenance.
No teste final, realizado no Reino Unido, a carga explosiva inicial é praticamente duplicada. Os investigadores abrigam-se num bunker. A câmara está preparada. Mais uma vez, o contentor aguenta.
“Obviamente que não procuramos uma proteção contra a quantidade máxima de explosivos que se poderia transportar num saco. Seria cerca de 20 quilos, o que seria certamente suficiente para deitar abaixo um avião e muitos edifícios. Portanto, temos de encontrar um termo médio entre a quantidade de explosivos de que nos podemos proteger e o peso que é possível transportar num avião”, afirma o engenheiro Jim Warren.
“No ataque de Lockerbie foi menos de meio quilo que deitou abaixo um 747. E, recentemente, as tentativas de ataques contra a DHL envolveram umas centenas de gramas em pacotes. Este contentor parece ser capaz de proteger contra esse tipo de ataque”, frisa Warren.
O sucesso do teste é um primeiro passo para que os têxteis à prova de bomba possam, em breve, aumentar a segurança da aviação.

.Você usaria uma calça por 15 meses, sem lavá-la, para o bem da ciência?






Josh Lee, um estudante da Universidade de Alberta, nos EUA, fez exatamente isso. Ele usou uma calça jeans de Setembro de 2009 a Dezembro de 2010 sem nunca lavá-la, só para ver quantas bactérias seriam acumuladas na roupa.Ele escolheu jeans “crus”, ou seja, que não foram tratados com nenhuma substância química, para que isso não alterasse o que Lee considerou um ambiente perfeito para criar bactérias. Segundo Josh, ele usou as calças quase todos os dias, o que parece impressionante, tendo em vista que ela mal parece usada.Quando os 15 meses terminaram, Lee tirou seu jeans “contaminado” e o levou para o laboratório de uma professora, para verificar a quantidade de bactérias. A professora retirou amostras, lavou os jeans, pediu para que Lee os usasse por mais duas semanas e depois retirou novas amostras.Incrivelmente, os resultados foram similares. Cinco tipos de bactérias de pele, e entre 8500 e 10000 espécimes encontrados – principalmente na área do gancho da calça.A conclusão foi que as pessoas podem lavar menos vezes as roupas para proteger o meio-ambiente. Mas se a atitude vai proteger também a sua vida social é um grande mistério.




Fonte:hypescience.com

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O fim da era Braspérola

No dia 11 de fevereiro será conhecido o novo proprietário do terreno onde fica a antiga fábrica

Jean Marie Roussel, representante da empresa francesa que adquiriu parte da empresa Brasperola, mostrando equipamentos. A fábrica fechou as portas em setembro de 2001 e, no mesmo período, os 670 funcionários do grupo foram dispensados

Os mais saudosos, que lamentaram o fechamento da fábrica de tecidos Braspérola em setembro de 2001, terão mais um motivo de tristeza. Em fevereiro, a partir do dia 11, o novo proprietário do terreno e do imóvel onde funcionava a maior fábrica de linho da América Latina poderá instalar o que preferir no local ou até mesmo demolir a antiga fábrica de tecidos.

Até o dia 26 de janeiro, os interessados em adquirir a área total de 463.706,67 metros quadrados, com cerca de 220 mil metros quadrados de área de preservação ambiental, poderão retirar o edital de venda do terreno e do imóvel.

No dia 11 de fevereiro serão abertos os envelopes com as propostas de compra. Até meados da semana passada, sete solicitações do edital já haviam sido feitas ao síndico da massa falida da Braspérola, Paulo França.

França não idealiza o que poderá obter com a venda e diz que o total obtido será depositado em conta judicial e vai servir para quitar as dívidas ainda pendentes no processo de falência da Braspérola. Mesmo sem falar em preço, no mercado imobiliário, corretores calculam em  R$ 400 o valor do metro quadrado na região.

Procurados, os representantes da Vivabras, empresa que arrematou os equipamentos da antiga Braspérola, não se manifestaram. A empresa terá que retirar as máquinas que ainda estão no local, já que decidiu não mais reativar o empreendimento no Estado, ao contrário do que fez com a planta da Braspérola em Pernambuco, onde a Vivabras está produzindo algodão e linho.

As informações não oficiais são de que os franceses encontraram máquinas depenadas, dificuldades intransponíveis e pouca disposição de autoridades para ajudar a reativar a unidade da antiga fábrica de linho no Estado.

A história da fábrica de tecidos

Dispensa. Depois de passar por dificuldades financeiras, o grupo controlador da Braspérola decidiu fechar as fábricas de Cariacica, onde fabricava linho puro, considerado de altíssima qualidade, e de Camaragibe, em Pernambuco, onde produzia algodão e linho misto. No dia 4 de setembro de 2001, os 670 funcionários foram dispensados. A fábrica, apesar das tentativas, nunca mais voltou a operar.

Pagamento. Depois de muitas negociações e idas e vindas, a Justiça do Trabalho determinou a venda dos equipamentos das fábricas de Cariacica e de Pernambuco. O dinheiro obtido foi utilizado para o pagamento da dívida trabalhista, que foi praticamente quitada.

Hipoteca. O grupo francês Vivalin, por meio da empresa que criou no Brasil, a Vivabras, arrematou a fábrica de Camaragibe, em Pernambuco, e os equipamentos da fábrica de Cariacica. Não pôde arrematar a fábrica de Cariacica porque tanto o terreno quanto o imóvel já estavam hipotecados em financiamentos concedidos anteriormente.

Dívidas. O dinheiro obtido foi utilizado para o pagamento da dívida trabalhista,  mas a massa falida da Braspérola ainda precisa quitar débitos tributários com os municípios, Estados e governo federal, além de pagar fornecedores e prestadores de serviços.

Produção. Em Camaragibe, os franceses conseguiram reativar a fábrica utilizando, inclusive, equipamentos levados da fábrica de Cariacica.

Perdas. Na unidade do Espírito Santo, as dificuldades foram maiores. As máquinas estavam mais danificadas do que imaginavam os empresários compradores, faltavam peças básicas nos equipamentos, e existia todo o passivo ambiental que precisaria ser resolvido para garantir a reabertura da unidade. A decisão foi por não reativar a unidade de Cariacica. Com isso, o país perdeu, definitivamente, uma fábrica têxtil moderna e um linho de qualidade inquestionável.

 

Fonte:gazetaonline.globo.com



domingo, 23 de janeiro de 2011

2012: um verão antagônico para o Têxtil

Sim, nós estamos em pleno verão do ano 2011. Mas você não leu errado e nem a equipe do Moda trocou as datas: o mundo fashion funciona assim mesmo, com tendências de estações seguintes previstas até dois anos antes. Um dos mais esperados eventos da indústria têxtil é a Prémière Vision, feira francesa que dita as principais tendências, ideias e tecidos que estarão nas ruas e passarelas um ano depois. A prima brasileira, que existe há três edições e chama-se Prémière Brasil, começou na quarta (19) e terminou na quinta (20). Nela, 108 expositores nacionais e internacionais mostram seus tecidos, padronagens, fios, fibras e acessórios aos designers, fabricantes e lojistas de todo o País.

Dentro da feira, acontece a Conferência de Moda, reunião em que a diretora de moda Pascaline Wilhelm apresenta os resultados de reuniões entre especialistas nos países onde a moda é mais tradicional no mundo. Duas vezes ao ano, eles se encontram para fazer brainstormings, cruzar referências e decidir o que será tendência na próxima estação. Muita responsabilidade, né? Cada edição da feira tem sua palestra especialmente voltada ao país em que é realizada, em termos de linguagem e principais destaques. E, na tarde dessa quinta-feira, foi a vez de São Paulo saber, de antemão, o que está por vir.

Podemos nos preparar para um verão opaco, com uma cartela de cores mais sóbria e sem referência a tonalidades néon, com tecidos inovadores e que misturam elementos naturais e sintéticos. A palavra de ordem, aliás, é dicotomia: 8 e 80 mesclam-se nas tendências sem passar pelo meio. Isso quer dizer que o tecido é duro ou extremamente macio; a cor suave vem junto com as tonalidades mais fortes e o que interessa é causar impressões inovadoras e surpreendentes na hora de se vestir. “É uma estação grandiosa. Não queremos repetir os erros do passado, mas cometer novos erros para gerar criatividade”, declara Pascaline.

O verão 2012 foi dividido em três temáticas centrais, cada uma com suas especificidades. Embora diferentes, elas conversam entre si e nos dão a sensação de unidade, de todo. Tanto é que, em vários momentos da apresentação, o público demonstrou sentir que já tinha ouvido aquilo antes. Vamos às principais antecipações:

Perspectivas É o primeiro tema elaborado pela equipe Prémière Vision e se concentra na linha de moda predominante, a mais clássica e que tem maior poder de alcance. A cartela de cores vem em três tons principais: ash lavender (tonalidades pastéis) speed orange (um laranja forte e várias de suas variações) e green swam (tons água, começando pelo verde e indo até o azul). Trata-se, na verdade, de semitons, cores pálidas, mas não tão pálidas, naturais, mas não tão claras; escuros não tão escuros. Pascaline esclarece: “Todas as cores que vocês veem aqui não existem, nós as produzimos para criar os tons exatos que buscamos.” É por isso que, para adquirir a cartela, o visitante precisa desembolsar R$ 345. Fotos de divulgação não são permitidas.

A transparência, algo que já se vê nas passarelas há algumas estações e que teve destaque no Fashion Rio, aparece também de maneira mais sóbria. Não é usada para sensualizar um look, e sim para criar sobreposições volumosas e elegantes em tecidos que devem causar o efeito do papel vegetal. “A estação é conceitual e intelectual, nada vem muito óbvio”, demonstra Pascaline. Durante o vídeo de apresentação do verão 2012, só são utilizadas frases com duas palavras antagônicas para descrever as ideias: brutos civilizados, simplicidade elaborada, texturas cuidadas, desequilíbrios perfeitos, misturas caóticas. Plástico lipstick está entre as inovações nada básicas que o tema sugere. Algodão, poliamida e piqués macios são os tecidos mais presentes.

Para a moda masculina, Pascaline já começa dizendo: “Camisa passada é algo que simplesmente não é mais possível. Procuramos utilizar, agora, tecidos mais despojados, que constituam um formal casual.” Denim com viscose e impermeáveis leves formam um estilo bussiness descontraído – porque o homem, principalmente, liga a ideia de formalidade a trabalho, e não lazer. Nas cores, tons cáquis e cinzas são suavizados com rosas claros e azuis. O turquesa aparece em camisas, além de azuis marinhos lavados e atenuados.

A moda praia vem em tonalidades radiantes, luminosas e multicoloridas, porém opacas. Ao contrário deste verão, em 2012 não se verá brilho nas praias do Brasil. Transparências como vidros também aparecem em duplas camadas, e os tecidos mais usados são aqueles de secagem rápida. Nas estampas, jogos de cheio e vazio, positivo e negativo – de novo, a presença constante dos paradoxos.

Open Mind É a temática que o pessoal da Prémière Vision utilizou para divagar um pouco mais. “Aqui, as pessoas podem misturar sem medo de que suas combinações pareçam fora de gosto. Há receitas de estilo que funcionam bem em qualquer parte do mundo, mas é preciso ousar. A moda não é uma certeza”, diz Pascaline. Ela parece nostálgica. Depois, me conta que tem inveja do espaço que existe no Brasil para criação e invenção. “É como se o País ainda estivesse no início do caminho, então ainda há muito por fazer, não existe aquele rigôr e medo de errar que se vê na Europa. Além do mais, o que é certo para lá pode não funcionar para cá”, explica.

Neste subtema, então, encontra-se uma moda divertida, quase engraçada. Associações dissonantes geram um estilo mais eclético. Cores fortes em fundos crus, fios visíveis, tecido de gaze mais seda e cores que parecem esmalte de unha. Estampas étnicas e primitivas também continuam – mas atenção. Não se trata de décor africano, mexicano ou indígena. É tudo misturado, sem fazer referência clara a um local específico.

Para o homem, amarelos mais ácidos ou em tom de mel; roupas mais visuais em tecidos com degradês. “É um aventureiro mais limpinho”, diz Pascaline, para a gargalhada de todos. Quando se fala em beachwear e sportswear no Open Mind, deve-se pensar em estampas de flores, bandeiras, listras e xadrez; malhas ultrastretch e acúmulo de acessórios também estão valendo. As cores são todas mais lavadas.

Sense & Essence É o lado ecologicamente correto da moda verão 2012. “Falamos em um consumo mais personalizado, roupas ajustadas à pessoa, para evitar desperdícios”, explica Pascaline, apesar de o discurso parecer utópico quando se pensa em uma moda prêt-à-porter, feita em larga escala. Mas a ideia é a busca ao essencial, ao bem-estar orgânico e ao ecofriendly. Nada disso é novidade, ela deixa claro, mas diz que essas podem ser consideradas “soluções verdadeiras entre as várias respostas que existem”.

Os tecidos, então, são bastante refinados e feitos para não precisar de ferro de passar. Lã, seda e algodão em estampas de jardins, flores, pássaros e borboletas dão um ar ingênuo às coleções. Para os homens, muito linho dará um toque fresco e seco às peças, sempre com elegância. A cor índigo, que se parece com o azul anil, é a mais forte da temática. Nas roupas de praia e esportivas, cores mais suaves, em tons de aquarela. Superposições de quente e frio em tecidos de viscose e gabardines mais leves também fazem parte da ideia.

“É preciso ver mais longe para entender a estação que está por vir”, afirma Pascaline. Vamos esperar os resultados práticos nas próximas semanas de moda!


FONTE: O ESTADÃO