A Fruto do Pano já está colocando 17 mil peças da coleção 2011 nas estantes das lojas. São quase 3 mil a mais que o volume da coleção de inverno. Para a confecção, que nasceu dos sonhos de Beatriz Campos, então uma jovem estudante de moda, esse é um marco importante, uma vez que as vendas são concentradas em lojas especializadas, fora das grandes redes e grandes magazines.
A história dessa pequena confecção, hoje conhecida em vários Estados como sinônimo de lingerie bem modelada em tecidos planos (algodão, principalmente), começou ainda no curso de moda da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Florianópolis. Beatriz tinha ideias e queria levar suas criações ao mercado.
Logo após ter-se formado, fez um curso de lingerie, no Senac de SP, que apenas consolidou a ideia e definiu o segmento onde pretendia atuar.
A mãe da Beatriz, Cláudia Borges, tinha uma loja e experiência em comércio. E uniu-se à filha para colocar em prática o sonho de montar a empresa. Em 2004, criaram a Fruto do Pano. No começo, levaram os desenhos para serem executados por outras confecções. E acabaram desistindo ao constatar que, além de produzir a quantidade solicitada, a confecção "aproveitava" o desenho e fazia, por conta própria, mais umas tantas peças.
A cópia, ainda que trouxesse prejuízo, era um bom indício: sinal que o produto podia fazer sucesso. Mas, para ter maior controle, acabaram comprando as máquinas para produzir as peças acabadas. Para isso fizeram um financiamento no Banco do Brasil.
Há um ano e meio deram mais um passo arriscado: transformaram as empregadas em parceiras. Cederam as máquinas e cada uma delas se instalou em casa, prestando serviços. Ganham por produção. Parece ter sido um bom negócio: a empresa tem um custo menor, mas as faccionistas recebem mais do que antes. E mesmo sem exigência de exclusividade, têm mantido a fidelidade.
O fato de Florianópolis não ser um polo de confecção cria dificuldades adicionais para a contratação e manutenção de mão de obra especializada, que o arranjo parece ter resolvido.
Ao mesmo tempo em que as questões operacionais da empresa eram resolvidas, Beatriz especializou-se em peças que não usam elastano ou poliamida, mas apenas tecidos naturais como algodão, malha de algodão e renda de algodão. Ela buscava uma modelagem moderna e bonita, para fugir da imagem conservadora da lingerie de algodão. Hoje produzem pijamas, lingerie e camisolas tendo como foco o conforto das fibras naturais e a beleza.
Michela Braga, dona das lojas Flores de Algodão no Shopping Iguatemi e em Jurerê Internacional, ambas em Florianópolis , considera os produtos da Fruto do Pano como uma espécie de "carro chefe" das suas vendas. "Eles têm uma clientela que não é muito grande, mas é muito fiel, um público seleto que sabe valorizar qualidade, durabilidade e beleza", afirma Michela. A vitrine da loja do Iguatemi mostra, desde 20 de agosto, a nova coleção de verão.
Animada, Michela diz que "uma das vantagens dos tecidos planos sobre o poliéster é a variedade de cores e padronagens".
O problema da cópia, que tinha sido uma preocupação nos primeiros tempos, agora retorna, de uma forma um pouco diferente: algumas peças das últimas coleções foram copiadas por grandes confecções. Ainda que seja, sem dúvida, uma demonstração do sucesso do desenho, acaba sendo frustrante ver a apropriação da ideia sem qualquer remuneração por isso, dizem as empreendedoras.
Ainda que Cláudia, a mãe, tivesse experiência em comércio e Beatriz, a filha, fosse a responsável pela criação, os papéis nem sempre foram muito definidos, na atuação da dupla. Uma dá palpites no que a outra faz, trocando ideias e experiências. No final, acabam trabalhando como líderes de uma equipe que, desde 2004, tem feito a empresa ganhar mercado e crescer.
Fonte:valoronline
A história dessa pequena confecção, hoje conhecida em vários Estados como sinônimo de lingerie bem modelada em tecidos planos (algodão, principalmente), começou ainda no curso de moda da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Florianópolis. Beatriz tinha ideias e queria levar suas criações ao mercado.
Logo após ter-se formado, fez um curso de lingerie, no Senac de SP, que apenas consolidou a ideia e definiu o segmento onde pretendia atuar.
A mãe da Beatriz, Cláudia Borges, tinha uma loja e experiência em comércio. E uniu-se à filha para colocar em prática o sonho de montar a empresa. Em 2004, criaram a Fruto do Pano. No começo, levaram os desenhos para serem executados por outras confecções. E acabaram desistindo ao constatar que, além de produzir a quantidade solicitada, a confecção "aproveitava" o desenho e fazia, por conta própria, mais umas tantas peças.
A cópia, ainda que trouxesse prejuízo, era um bom indício: sinal que o produto podia fazer sucesso. Mas, para ter maior controle, acabaram comprando as máquinas para produzir as peças acabadas. Para isso fizeram um financiamento no Banco do Brasil.
Há um ano e meio deram mais um passo arriscado: transformaram as empregadas em parceiras. Cederam as máquinas e cada uma delas se instalou em casa, prestando serviços. Ganham por produção. Parece ter sido um bom negócio: a empresa tem um custo menor, mas as faccionistas recebem mais do que antes. E mesmo sem exigência de exclusividade, têm mantido a fidelidade.
O fato de Florianópolis não ser um polo de confecção cria dificuldades adicionais para a contratação e manutenção de mão de obra especializada, que o arranjo parece ter resolvido.
Ao mesmo tempo em que as questões operacionais da empresa eram resolvidas, Beatriz especializou-se em peças que não usam elastano ou poliamida, mas apenas tecidos naturais como algodão, malha de algodão e renda de algodão. Ela buscava uma modelagem moderna e bonita, para fugir da imagem conservadora da lingerie de algodão. Hoje produzem pijamas, lingerie e camisolas tendo como foco o conforto das fibras naturais e a beleza.
Michela Braga, dona das lojas Flores de Algodão no Shopping Iguatemi e em Jurerê Internacional, ambas em Florianópolis , considera os produtos da Fruto do Pano como uma espécie de "carro chefe" das suas vendas. "Eles têm uma clientela que não é muito grande, mas é muito fiel, um público seleto que sabe valorizar qualidade, durabilidade e beleza", afirma Michela. A vitrine da loja do Iguatemi mostra, desde 20 de agosto, a nova coleção de verão.
Animada, Michela diz que "uma das vantagens dos tecidos planos sobre o poliéster é a variedade de cores e padronagens".
O problema da cópia, que tinha sido uma preocupação nos primeiros tempos, agora retorna, de uma forma um pouco diferente: algumas peças das últimas coleções foram copiadas por grandes confecções. Ainda que seja, sem dúvida, uma demonstração do sucesso do desenho, acaba sendo frustrante ver a apropriação da ideia sem qualquer remuneração por isso, dizem as empreendedoras.
Ainda que Cláudia, a mãe, tivesse experiência em comércio e Beatriz, a filha, fosse a responsável pela criação, os papéis nem sempre foram muito definidos, na atuação da dupla. Uma dá palpites no que a outra faz, trocando ideias e experiências. No final, acabam trabalhando como líderes de uma equipe que, desde 2004, tem feito a empresa ganhar mercado e crescer.
Fonte:valoronline