No artigo anterior, comentamos sobre vários indicadores de
produtividade e afirmamos que todos eles influem diretamente no lucro da
empresa. Essa afirmação baseia-se no fato de que, tanto o seu
faturamento como suas despesas básicas são fixas. A produtividade,
quando baixa, gera outras despesas, cuja fonte de pagamento é o lucro.
Portanto, se melhorarmos essa produtividade e deixarmos de ter essa
despesa extra, nosso lucro irá aumentar.
Se pararmos para rever todos os pontos possíveis de ganhos de
produtividade em nossas empresas, veremos que estamos deixando escorrer
pelo meio dos dedos uma fonte de recursos que estariam melhorando o
ganho ou amenizando o prejuízo.
Vamos nos ater, neste artigo, a produtividade da costura e
acabamento, por ser comum a todas as empresas de confecção e por deter a
maior fonte de perdas.
Presumimos que já tenha todos os tempos de operação e o controle de produtividade de sua área fabril.
Um parênteses para comentar que, quando obtiver o índice de
produtividade, pesquise bastante as razões que levam os operadores a
perderem tempo no trabalho. Muitas vezes, ocorrências que não dependem
dos operadores são os causadores dessas perdas. Ex.: Lotes de produção
iniciados e interrompidos por falta de algum aviamento; partes cortadas
com defeito que precisam ser repostas causando retardo e até desmanchar
operações já feitas; defeitos do tecido não observados antes de cortar
(perde até a chance de solicitar reposição ou desconto ao fornecedor);
falta de instruções de medidas, distâncias, locais de aplicação etc..
Lembrem-se: Os exemplos acima são reais e precisam, cada um deles, serem
analisados e encontrado uma solução para não mais ocorrerem. Aproveito
ainda para comentar sobre outro desperdício de dinheiro. É comum
encontrarmos pessoas na costura, cuja única ocupação é realizar a
“limpeza de fiapos”, ou “arrematadeira”. Essa atividade nada agrega de
valor ao produto, só custo. Pior, inventaram até máquina para sugar e
cortar as sobras de linha. Todas as máquinas modernas possuem
dispositivo automático para cortar linhas (as vezes desligados pelo
mecânico que não sabe regular). Quando existem máquinas sem estes
dispositivos, recomendamos que entreguem às costureiras (os), as
tesouras de acabamento, também chamadas de tíquete ou snip, para que
cortem a linha rente ao final da costura. Esta ação, aumenta em 0,02
minutos ou seja, dois centésimos de minuto, o tempo da operação e
elimina a função arrematadeira.
Voltamos ao nosso controle de produtividade. Quando instituímos nas empresas o controle das costureiras, em geral o índice encontrado médio na sala de costura é de 50%. Isto quer dizer que, se conseguisse obter o índice desejado de 100%, a empresa necessitaria exatamente a metade dos funcionários. Por este raciocínio, podemos demonstrar adiante:
01 costureira recebe salário registrado de R$ 800,00, custando com encargos R$ 1.600,00 por mês.
Voltamos ao nosso controle de produtividade. Quando instituímos nas empresas o controle das costureiras, em geral o índice encontrado médio na sala de costura é de 50%. Isto quer dizer que, se conseguisse obter o índice desejado de 100%, a empresa necessitaria exatamente a metade dos funcionários. Por este raciocínio, podemos demonstrar adiante:
01 costureira recebe salário registrado de R$ 800,00, custando com encargos R$ 1.600,00 por mês.
Se a produtividade dela é só 50%, está custando na verdade R$ 3.200,00. (1.600/0,50)
Se colocarmos como meta que nossa produtividade média seja de 85%, um número razoável para se obter (tenho clientes que têm média de 92%, excelente índice) teremos:
Se a produtividade for de 85%, o operador estará custando R$ 1.882,35. (1.600/0,85)
A empresa estará economizando, por operador R$ 1.317,65 entre salário e encargos. Se considerarmos só em salário a economia é de R$ 658,82.
Se colocarmos como meta que nossa produtividade média seja de 85%, um número razoável para se obter (tenho clientes que têm média de 92%, excelente índice) teremos:
Se a produtividade for de 85%, o operador estará custando R$ 1.882,35. (1.600/0,85)
A empresa estará economizando, por operador R$ 1.317,65 entre salário e encargos. Se considerarmos só em salário a economia é de R$ 658,82.
Como obteremos essa melhoria na produtividade? Primeiro fazendo a
análise sugerida anteriormente para eliminarmos as perdas que não tem
origem na área de fábrica. Depois, treinando melhor os operadores e
ainda, instituindo processos produtivos que facilitem a atividade e
controle, possibilitando a melhoria na produtividade. Em seguida,
motivando os operadores com um premio de produção.
COMO OFERECER E COMO CALCULAR O PRÊMIO.
Vimos no exemplo anterior que se colocarmos como meta 85% de
produtividade, iremos economizar R$ 658,82 só em salário. Vamos oferecer
então R$ 320,00 para quem chegar nos 85% e ainda estaremos economizando
R$ 338,82. Vamos oferecer premio de R$ 20,00 para cada ponto porcentual
a partir de 70% (inclusive), para motivá-los a melhorar.
Lembre-se que era de apenas 50% a média de produtividade. Chegando
aos 100%, o premio será de R$ 640,00, porém, o ganho em salário que a
empresa terá é de R$ 800,00, sobrando ainda R$ 160,00. Isto, sem contar
os R$ 800,00 que deixará de pagar em encargos.
Junto com o premio oferecido, podemos agregar outros tópicos para
melhorar a dedicação dos funcionários, como “não faltar”. Estamos
oferecendo para você, que leu até aqui este texto, uma apostila CÉLULAS
DE PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADE E PREMIO DE PRODUÇÃO que ensina a montar
células de produção, a instituir e a acompanhar o controle de
produtividade, e a criar um sistema de premio de produção. Mas este
presente estará lá só até dia 29/09/2013.
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