A Inbrands, holding que reúne grifes de moda como Ellus e Richards,
reestruturou operações e enfrentou problemas de distribuição e logística
no ano passado, quando teve prejuízo líquido de R$ 13,6 milhões, perda
34% menor que a registrada 2011. Na mesma comparação, a receita líquida
mais que dobrou, para R$ 780 milhões.
Uma das grifes que tiveram problemas foi a Richards. "Parte da falta
de produtos em relação à demanda verificada ao longo do ano decorreu de
ineficiências em logística ainda existentes em nossa operação", informou
o relatório anual da Inbrands.
No ano passado, a companhia promoveu uma reestruturação envolvendo,
entre outras iniciativas, a centralização dos serviços de distribuição
de atacado no Espírito Santo e de varejo em São Paulo. Além disso,
concentrou a produção em fábricas terceirizadas no Rio de Janeiro para
reduzir custos.
Outra ação dentro da reestruturação foi a mudança da sede do Rio para
São Paulo, com a unificação das áreas de contabilidade, finanças,
tecnologia da informação, jurídica, administrativa e coordenação
logística das grifes de moda.
Para este ano, a Inbrands planeja continuar sua reestruturação, com
melhorias nas áreas de distribuição e logística. "Temos para 2013 uma
agenda importante na direção concreta de criação de valor com ataque em
importantes alavancas de crescimento e busca de eficiência em quase
todos pontos críticos de nosso negócio, passando pela área comercial, de
"supply chain" e logística e de processos dentro de nosso CSC [Centro
de Serviços Compartilhados]", disse a empresa.
A maior parte das grifes da Inbrands encerrou o ano passado com queda
nas vendas "mesmas lojas" - unidades abertas há mais de um ano. Na
Ellus, responsável 34% do faturamento da Inbrands, as vendas "mesmas
lojas" cresceram 11,7%, expansão menor que a de 2011 (de 22,1%). Na
Richards, que representa 30% da receita bruta da holding, o indicador
recuou 4,9%. No ano anterior, havia crescido 5,2%.
As vendas da VR e VR Kids caíram 6,9%. Já na Salinas, de moda praia,
houve crescimento de 5,4%. A Bob Store, a Mandi e a Alexandre
Herchovitch venderam 10%, 24,5% e 3,4% a menos, respectivamente, nas
lojas abertas há mais de um ano.
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