O jeans, lá no século XIX, era usado para cobrir as carroças dos mineradores que trabalhavam na corrida pelo ouro, nos Estados Unidos. Mas este mercado já estava saturado, e foi então, que Levi Stratus, em 1853 percebeu que os mineradores necessitavam de uma roupa que fosse resistente o suficiente para o trabalho pesado e adaptou aquele tecido que, antes cobria carroça, em uniforme e, logo, lucro. Com o tempo, essa peça (a calça jeans) foi se adaptando às necessidades dos trabalhadores com bolsos, aviamentos mais resistentes, modelagens e lavagens mais confortáveis. Surgiram os botões de metal, a etiqueta de couro, os bolsos traseiros, e a cor tão famosa, índigo, que é uma marca do jeans (antes ele era marrom). O primeiro lote das calças jeans que conhecemos hoje tinha como o código o número 501, o que não por acaso tornou-se o modelo mais famoso e tradicional da Levi’s.
Desde então, sua atemporalidade e multifuncionalidade foi só se consolidando. Na década de 30 foi usado pelos cowboys norte-americanos, usado na segunda-guerra mundial nos uniformes dos soldados e logo depois, se espalhou pela Europa. Na década de 50 usado pelos jovens que o transformou em símbolo de rebeldia, na década de 70 pelos hippies e pela primeira vez subiu em uma passarela durante o desfile da Calvin Klein, bastante criticado na época. E assim se consolidou como a peça mais democrática e popular do mundo. É notável, portanto, que desde seu surgimento, o jeans sofreu incessantes transformações, e que hoje a peça chega ao seu ponto máximo em modelagens, beneficiamentos, lavagens e que isso possibilita uma grande variedades de usar em todos os estilos. É essa a ideia quando vemos os seguintes editorais de moda masculina que possui o jeans como ponto de partida.
Estes editoriais são todos deste ano e desmistifica o papo de que o jeans é algo básico e que não possibilita inovar!
Carbon Copy e Spray Magazine
As fotos de Nicolas Valois, para a nona edição da Carbon Copy, têm inspiração nos uniformes dos agricultores dos Estados Unidos, ou “The Farmers”, como foi intitulado o material. A Spray de setembro, também bebe da mesma fonte de inspiração e o resultado são peças outonais com aspecto sujo até blusões soltos e algumas peças drapeadas.
Indie
Para a revista austríaca Indie, a busca por influências do universo “mochileiro” ou viajante. Mescla com peças rebeldes como xadrezes e aplicações e cintos que dão os toques finais a este conceito sólido fotografado por Niclas Heikkinen.
Em contrapartida, em Agosto, o nacionalismo falou mais alto para esta sessão de fotos. Tema muito em alta novamente, sob o título de “Bad Lands”, trás peças clássicas da Levi’s, D&G e Diesel.
The Fashionisto & Flamboyant
Em agosto, o editorial do The Fashionisto, intitulado “Ghetto Ger-Up Block Blaser” trás uma pegada completamente urbana e jovem que, no jeans, se traduz em cores divertidas e estampas com bastante personalidade.
A mesma pegada aconteceu em Junho pelo fotógrafo Lorenzo Marcucci com este espetáculo da Prada em nome de Flamboyant. Aqui, se mistura excêntricos desenhos nas paredes com interferência bastante criativa.
GQ
Aqui, Aline e jacqueline Tappia exploram o jeans como para a GQ Itália: “Só Denim”. Não por acaso, é ele quem rouba a cena presente 100% em todas as fotos da produção. O desafio é um look totalmente escuro, lavados e apagados. As peças são de Ralph Lauren Black Label Denim, Levi’s e Boss Orange. O toque especial fica por conta das camisas enrugadas e a clássica jaqueta jeans.
Grit Magazine
Os anos 50 serve de inspiração para as fotos de Niclas Heikkinen que mantém o estilo bem aceito e já conhecido. As jaquetas de caminhoneiro e camisas sem abotoar da Levi’s, Diesel e Timberland ajudam a ambientalizar uma oficina.
10 Men Magazine
A aposta para esta edição é uma paleta de cores tipicamente outonais, pastéis frias. As peças jeans vêm com rasgos e lembram a modelagem dos anos 90. A aposta é de Dolce e Gabbana, Burberry Prorsum e Prada.
Interview
Este editorial revive a época Mod (movimento juvenil modernista da década de 1960 em Londres) com pegadas rocker. As últimas campanhas da Lanvin do Outono /Inverno 2011 já trouxe essa essência “revival 60′s”. Aqui, é combinada com a tendência de conjuntos total branco, estampas de camuflagem e metálicos espaciais e vanguardistas (também dos anos 1960).
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