Terno e gravata para os homens. Tailleur, terninho e vestido social para as mulheres. Tudo em cores sóbrias. Assim precisam trabalhar os mais de 13 mil funcionários da Lopes. A empresa do ramo imobiliário fornece, desde a sua fundação, uma orientação de vestimenta para seus empregados. Antes, a cartilha não era tão detalhista, resumia-se a recomendar ternos e tailleurs, sem determinar as cores das peças. Mas há pouco mais de seis meses as regras ficaram mais específicas. Desde então, nada de tons extravagantes. Os homens devem usar costumes azuis, pretos e cinzas com camisas brancas – no máximo com algumas listras. A sobriedade das cores vale também para as corretoras, que precisam manter ainda as unhas sempre bem feitas. “Acreditamos que a vestimenta do corretor transmite os valores da empresa”, afirma Adriana Barretta, gerente de recursos humanos da Lopes. “Pessoas bem vestidas transmitem confiabilidade, e é isso o que precisamos passar para os nossos clientes.”
A empresa não é a única no mercado a orientar seus funcionários sobre o que vestir no ambiente corporativo. A americana UPS, que tem cerca de 600 funcionários no Brasil, tem um procedimento de vestimenta bem claro, que é passado aos novos empregados e repassado, anualmente, a toda equipe. Válido para todos os funcionários, o manual não requer tanta formalidade quanto o da Lopes. Na UPS, homens podem trabalhar de calça social, camisa ou polo. Jeans, tênis e camiseta são proibidos. A barba feita e o cabelo bem cortado fazem parte das orientações. Para as mulheres é permitido usar conjuntos sociais. A saia deve ficar na altura do joelho pelo menos e sugere-se evitar as regatas de alcinha. O sapato “peep toe”, que deixa os dedos de fora, é aceito, já as sandálias são proibidas. “A aparência pessoal transmite a imagem da empresa, por isso os funcionários precisam seguir algumas orientações na hora de se vestir”, diz Michele Cavalcanti, gerente de RH da UPS.
O manual da UPS usado aqui foi escrito, originalmente, nos Estados Unidos, mas recebeu algumas modificações no Brasil para se adaptar ao clima tropical. Michele explica que, no exterior, as blusas usadas pelas mulheres devem ter mangas longas. Aqui, é permitido usar peças com mangas curtas e regatas de alças largas.
No banco Santander também há regras claras do que se pode ou não vestir no escritório. A empresa sugere aos homens o uso de calça social, de sarja e jeans clássico, acompanhados de camisas sociais ou polos, de preferência colocadas dentro das calças. Não é apropriado usar camisetas, camisas de time de futebol, agasalhos de moletom, jeans rasgados e tênis. As orientações para as mulheres não mudam muito. As calças sociais, de sarja, capri ou jeans clássicos podem ser acompanhadas de camisas ou blusas femininas, desde que não deixem a barriga de fora, tenham alças muito finas ou decotes ousados. Vestidos e saias na altura do joelho são permitidos, ao contrário das bermudas e minissaias. Pede-se que as funcionárias evitem também chinelinhos e rasteirinhas, tênis e botas no estilo country.
Fonte: http://www.valor.com.br/carreira/1004900/empresas-ditam-moda-de-seu...
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