Holística, bonita palavra, não?
Ela lhe traz uma idéia esotérica, como costuma sempre mencionar um amigo?
Neste momento vamos tratá-la de forma prática, racional, e com todo seu poder de agregação.
A palavra “holos” tem sua origem no grego e significa inteiro, todo.
Ao inseri-la na gestão empresarial passaremos a ver empresa como um todo, não como uma entidade “departamentalizada”.
Você deve estar pensando qual a importância disso.
Mais uma onda?
Não, uma necessidade.
Modelos de gestão estão sendo questionados e abandonados, no mundo todo, por uma razão muito simples: não trouxeram às empresas os resultados esperados, de acordo com os investimentos efetuados. Culpa dos modelos? Não!
Onde as falhas têm ocorrido? Na “implementabilidade”.
Quer um exemplo?
Ocidentais loiros, de olhos azuis, não se sentiram tão samurais quanto nossos irmãos orientais. Nem os métodos aplicados pelo outro, ensinados ao um, surtiram os mesmos efeitos.
Ainda que as qualidades se equivalessem, os círculos não eram os mesmos.
Em um momento da febre de trabalhos em células, ao iniciar um projeto, recebi algumas equipes que a empresa enviara ao Japão para que aprendessem a técnica.
Maria, uma brava, brava paraibana, me dizia sobre sua experiência: - Tivéssemos uma espada botaríamos todo mundo para correr. Isso é negócio para eles. Precisamos, antes, desenvolver aquilo que eles chamam de paciência oriental. Por que não nos mandaram antes podar arvorezinhas com tesoura?
É verdade que Maria era engraçada, às vezes, e em outros momentos irritada e irritante, mas há sabedoria em sua simplicidade.
Saber “o que” não é suficiente, é fundamental saber “por quê?”.
Uma espiada atenta nas relações, na nossa empresa, nos mostrará um quadro assim:
O gerente de fábrica critica o gerente de vendas porque este só quer vender o que é mais fácil, enquanto ele tem que se desdobrar na produção.
O gerente de vendas, por sua vez, critica o gerente da fábrica porque este só quer produzir o que é mais fácil.
O gerente financeiro critica ambos, porque esse desencontro impede o faturamento esperado, com isso passa um “aperto danado” para equacionar o caixa e pagar as contas.
O presidente critica todos e roga a Deus para que se entendam.
Os concorrentes, apesar de todos os discursos de liderança e diferenciação, não perdem ninguém de vista e copiam acertos e erros.
Você me perguntaria: - Erros também?
Com toda segurança lhe respondo: - Sim e muitos!
A questão é bastante simples: que modelo de gestão é esse?
Que visão de negócios é essa?
Lia esta semana um artigo onde havia um forte ataque aos conceitos de visão e missão. É verdade que por conta do modismo praticam-se alguns exageros, mas é fundamental saber “quem somos” e “para onde vamos”, para que não nos apresentemos como hábeis espadachins depois de dez horas de curso.
Você navegaria pelos mares do mundo, em um pequeno barco, sem uma equipe experiente, reciclada, adaptada aos equipamentos modernos de navegação, motivada e unida?
Ora, se você realmente sabe o que pode enfrentar em alto-mar a resposta será: - De jeito nenhum!
Diga, então, como gostaria que a turma agisse?
Certamente dirá:- Como um time coeso, como uma corrente, com elos fortes, como se fossem um só!
Uns diriam “Eureka”, outros “Caramba”, outros... deixa pra lá. Como se fossem um só?
Isso é visão holística!
Percebeu, não dá para ignorar o conceito, por isso este determinará os novos modelos de gestão, adequados a cada cultura.
Estava pensando: Maria vai ficar contente!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
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Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
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