A indústria têxtil nacional
Além da região Sudeste, a região Norte também reduziu sua parcela de participação na produção nacional, o que pode ser atribuído à redução do tamanho do setor de juta. As demais regiões ganharam maior participação no período analisado.
A presença de concentrações regionais é uma das peculiaridades deste segmento, sendo as principais:
- Região de Americana/ SP – segmento têxtil;
- Vale do Itajaí/ SC - setores têxteis e confecções;
- Fortaleza/ Ceará – ramo do algodão;
- Sul de Minas Gerais – malharias;
- Região de Nova Friburgo/ Rio de Janeiro – moda íntima e lingerie.
O setor têxtil tem uma participação modesta na indústria de transformação do Estado de São Paulo, respondendo por 2,5% do seu PIB. A indústria têxtil paulista, apesar de sua importância reduzida na atividade industrial do Estado, ocupa uma posição de destaque no cenário nacional, expressada pelas participações de 42,7% do produto industrial e 39% no pessoal ocupado.
O grupo de empresas de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis por terceiros responde por 59% da produção nacional, seguidas pelas fábricas de manufatura de artefatos têxteis a partir de tecidos (excluindo vestuário), e pelas fábricas de outros artigos têxteis (58%) e de fiação (51%).
Em termos de distribuição física da indústria têxtil, verifica-se uma forte concentração em duas regiões: a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), com 44,7% do produto industrial gerado no Estado, seguida pela Região de Campinas, mais precisamente o pólo formado por Americana e por alguns municípios de seu entorno, com 37,1%.
As grandes empresas estão sempre em busca de melhor posicionamento na ponta do mercado, reforçando sua posição estratégica na cadeia produtiva.
Para tanto, é comum a prática de subcontratação das atividades de produção, sem prejuízo da eficácia de todo o processo. Com essa mudança no setor, verifica-se que empresas proprietárias de marcas muito bem posicionadas no mercado consumidor paulista e brasileiro, aproveitam as vantagens dos altos volumes de produção de empresas especializadas na fabricação de determinados artigos de vestuário e terceirizam sua produção.
Dessa forma, podem manter seu próprio foco na valorização da marca, na melhoria da distribuição e em outras atividades que não a fabricação dos produtos. Assim, algumas grandes empresas (como o Grupo Vicunha e a Santista Têxtil) fabricam, por exemplo, calças jeans para diversas marcas explorarem sua comercialização.
No que se refere à geração do produto industrial dentro do Estado de São Paulo, o setor de confecções representa cerca de 1% do total da indústria de transformação, sendo que o grupo de confecção de artigos do vestuário e acessórios responde por 90% do total paulista do setor de confecção.
Esse segmento da indústria apresenta elevada concentração nas duas áreas já mencionadas (Região Metropolitana de São Paulo e Região de Campinas) que, juntas, respondem por mais de 85% do produto gerado por essa atividade no Estado.
A RMSP, em especial, destaca-se por sediar mais de 65% das empresas, além de responder por 68% do pessoal ocupado no setor paulista.
Fonte:sebrae.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário