terça-feira, 16 de março de 2010

Meu time de estrelas não faz gols. E agora?


Ter os melhores profissionais não basta para um negócio dar certo; fortalecer a equipe é o segredo
Por Simão Vieira

Quem acompanha futebol, em algum momento, já se viu indignado com um timaço, repleto de estrelas caríssimas, que não ganhava campeonatos. Pois bem: um craque não é garantia de vitória. Nem dois, nem três, nem quatro. Para vencer, é preciso um bom time.

No mundo dos negócios, vencer uma partida significa conseguir resultados. E ter os melhores profissionais não é suficiente para isso. Formar e manter uma equipe entrosada é fundamental para o sucesso de um empreendimento. "Se as pessoas hoje são consideradas o real diferencial competitivo de mercado, é fundamental utilizar todo o seu potencial em ações coletivas e consistentes", é o que afirma Wilson Lourenço, sócio diretor da Compass, consultoria especializada em desenvolvimento humano, empresarial, gestão de pessoas, liderança e coaching executivo.

Para fortalecer as ações conjuntas, é preciso, antes de tudo, identificar as potencialidades e as deficiências do grupo, para que, a partir disso, em busca de interesses comuns, os profissionais atuem integrados e alcancem os resultados planejados. "O desenvolvimento do espírito de equipe deve ser incentivado de maneira intensa nas empresas, para que cada colaborador possa se inserir no grupo, contar com o apoio de seus colegas e desempenhar seu papel", afirma Wilson Lourenço.

Como tornar minha equipe competitiva?

"Para formar times ou equipes eficazes, ao longo do tempo, é necessário um conjunto de técnicas que visem fortalecer os esforços de um grupo de pessoas". Essas técnicas de que fala Lourenço, podem ser implementadas através do treinamento de equipe conhecido como Team Building, "uma metodologia que alinha as competências e a diversidade do grupo aos objetivos da empresa. Energiza e fortalece o grupo e o incentiva a buscar soluções diferentes para problemas rotineiros de forma participativa", como define Lourenço. A ideia é potencializar a atuação conjunta de modo que os resultados superem a soma das partes e sejam multiplicados.

A atuação competente do líder na preparação de uma equipe de sucesso é essencial. Ele será responsável por gerir as diferenças e, a partir de uma síntese delas, conseguir atitudes coletivas producentes. "Dessas diferenças (que não são boas nem tão pouco ruins - simplesmente diferenças) cabe à liderança fazer uma unidade de trabalho - e não uma uniformidade, alinhando-os para um grau de produtividade", afirma Lourenço.

Identificando os problemas: evitar desgastes é a melhor opção

Um sério problema se coloca diante de uma empresa quando ela identifica suas dificuldades mas não encontra a forma certa de superá-las. Nessas horas, Wilson Lourenço aconselha uma análise junto à equipe, com a aplicação de "um diagnóstico (questionário ou entrevista) buscando identificar quais fatores que, mal gerenciados, estão afetando a performance da equipe".

O olhar atento dos líderes, a realização de pesquisas periódicas e o trabalho de um profissional de Recursos Humanos também são recomendações válidas para a promoção de pequenas iniciativas que evitem o desgaste e a consequente desmotivação do grupo. "Equipes têm de ser fomentadas, alimentadas, bem-tratadas, e necessitam, de vez em quando, de uma válvula de escape", diz Lourenço.

Encontrar as formas de manter o grupo em harmonia e feliz no trabalho que realiza é uma tarefa a ser cumprida de modo contínuo. "Toda ação de treinamento deve ter data para iniciar e nunca para terminar. Deve ser algo constante. Deve fazer parte da rotina. Empresas devem buscar uma cultura de desenvolvimento", afirma o sócio-diretor da Compass, que complementa: "Formar equipes de alta performance é o desejo de toda empresa. Difícil é mantê-las num nível de alta performance".


Fonte:administradores.com.br

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