De olho na tendência do varejo de moda nacional, grupo manterá 16 lojas virtuais em 2013.
“O e-commerce é um dos principais vetores de crescimento do varejo de moda no Brasil.” Essa afirmação foi feita pelo sócio fundador da empresa de consultoria Azov, Luiz Antônio Secco, durante palestra no segundo dia do Seminário ELLE Grandes Nomes da Moda nesta quinta-feira, 21 de junho. Segundo ele, o comércio virtual de roupas e acessórios cresce 40% ao ano e é atualmente o setor que mais cresce no país. “Há quatro anos, as vendas online de moda eram praticamente zero e, em 2011, elas já somavam 7% do total do comércio eletrônico brasileiro”, explicou Secco.
De olho nessa tendência de mercado, o InBrands, grupo que detém marcas como Salinas, Ellus eAlexandre Herchcovitch, pretende dobrar seu número de sites de e-commerce em 2013, passando de oito lojas virtuais em funcionamento em 2012 para 16 no próximo ano. “Estamos fazendo um investimento na ordem de 2 a 5 milhões de reais, o que representa o custo de inauguração de apenas uma loja física de 150 m² em um shopping, por exemplo. Olhando assim, os valores são relativamente baixos, mas os desafios são enormes”, disse o diretor de e-commerce do InBrands, Flavio Nijs, ainda durante o seminário. Entre os desafios citados pelo executivo está a logística de transportes e serviços como o dos correios que, muitas vezes, impedem o cumprimento dos prazos das entregas pelas marcas.
Outra barreira para o crescimento do varejo de moda online é a ausência de padronização da numeração das roupas. No entanto, para Nijs, essa é uma questão para a qual nunca haverá solução, mas que não impede o desenvolvimento do e-commerce. “Mesmo que haja uma norma da ABNT, os tamanhos das peças continuarão variando até por uma questão da modelagem criada pelo estilista. Eu acredito que o vai acontecer é que as pessoas vão comprar mais pela internet baseado em sua relação com a marca e pelas garantias de troca que ela oferece”, explicou.