sábado, 31 de julho de 2010

Caso Muricy: crescer ou ser fiel à empresa?


Você recebe uma proposta de emprego de outra empresa. É um salto em sua carreira, algo que você esperava havia muito tempo. Mas você não quer romper seu compromisso e deixar seu chefe - que não quer perdê-lo - na mão. O que fazer? Mudar de emprego mesmo assim? Romper obrigações contratuais ou morais em nome de um cargo mais alto ou de mais dinheiro? A resposta dos especialistas em gestão de carreira é: siga o exemplo de Muricy Ramalho.

O técnico do Fluminense foi convidado na última semana a assumir o posto de treinador da seleção brasileira, cargo que dez entre dez técnicos almejam. Recusou a oferta, porém, porque o clube que dirige não liberou sua saída. Muricy já havia acertado um contrato com a equipe carioca até o fim de 2012 antes de receber o convite da CBF. Como diz que nunca quebrou um contrato sequer, deixou a decisão de liberá-lo ou não nas mãos do Fluminense, que decidiu segurá-lo. E Muricy, que sempre disse sonhar com a chance de treinar a seleção, abriu mão dessa chance.

Os especialistas em gestão de carreira ouvidos por VEJA.com classificaram a decisão como acertada. "É uma postura ética rara de ser encontrada. Vemos muitas empresas fazendo propostas melhores e é comum o profissional pensar só no dinheiro e partir. Essa decisão muitas vezes mancha uma carreira", alerta Sulivan França, presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching (Slac). "Às vezes, vale mais a pena você sacrificar um ganho no curto prazo, mas valorizar uma carreira e um caráter", completa.

"O Muricy deu o exemplo do que é um líder baseado em valores", afirma Irene Azevedo, consultora de carreira da DBM. A especialista explica que essa decisão é benéfica no longo prazo, porque o líder passa a ter muito mais credibilidade perante sua equipe. "Aqueles que estão sendo liderados por nós esperam o exemplo, por mais difíceis que as decisões sejam", explica.

E se você fosse o Mano?


O ex-técnico do Corinthians, Mano Menezes, foi convidado a assumir o cargo que Muricy recusou. No mundo corporativo, ser a segunda opção é muito comum, e o profissional não deve se sentir inferior por isso. "As oportunidades só aparecem quando estamos preparados", explica Irene. De acordo com ela, não há segredo na postura ideal para essa situação: "O importante é pensar: eu fui lembrado e escolhido. Tenho que mostrar o meu valor, ver os erros e acertos das outras gestões", afirma a consultora.

O especialista em recrutamento de executivos Jean Pierre Marras explica que nem sempre a escolha de um profissional leva em conta apenas competência. "Existe uma série de variáveis que são levadas em conta", explica. Portanto, o profissional lembrado apenas após a recusa do primeiro escolhido não deve se ressentir. Pelo contrário: deve pensar que está no rol dos melhores.


fonte:revista Você S.A

Paranaenses deixam chineses para trás


A Commanders, pequena fábrica de uniformes, importa boa parte dos fios que servem de matéria-prima para as cerca de 50 mil peças manufaturadas por seus 200 funcionários todos os meses. Por ser importadora de insumos, a empresa aproveita o câmbio baixo, mas essa ajuda vem sendo corroída pelo aumento da concorrência chinesa em produtos acabados equivalentes aos que ela produz. Um contrato recente, no entanto, mudou o jogo.

Há quatro anos a Commanders lutava para emplacar o selo Qual, específico ao segmento de uniformes, construído com base em indicadores da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Conseguiu no início do mês, depois que a Petrobras se convenceu da consistência do selo de qualidade e fechou contrato com a companhia de Apucarana, no interior do Paraná. A partir de agora, a Commanders vai entregar mil uniformes que serão usados pelos funcionários em refinarias da estatal, em um contrato com validade de um ano. O acordo, que criou uma demanda garantida, renovou o espírito da empresa.

Segundo Cláudio Luiz Palharin, dono da companhia, o contrato dá liberdade à Petrobras encomendar até cinco vezes mais uniformes, "o que é uma maravilha". Agora, diz ele, a empresa espera dobrar o número de funcionários para atender à demanda, que deve superar o contrato com a estatal. "Como a Petrobras aceitou os ditames do selo Qual, outras estatais e companhias de alto porte podem fazer o mesmo, e precisamos estar preparados", diz o empresário.

O setor de uniformes sofre com a competição estrangeira pois sua produção não é em larga escala. O câmbio valorizado, dizem especialistas, exerce pressão sobre os fabricantes brasileiros, que precisam apelar para a qualidade e selos de garantia e certificação para justificar os preços mais salgados.

Foi justamente esse segmento que provocou preocupação no governo, depois que fabricantes chineses ganharam uma licitação para fornecer uniformes ao Exército. O episódio, segundo fontes próximas ao Ministério da Fazenda, acelerou as discussões quanto à implementação de uma proteção tarifária a indústria em licitações públicas. Na semana passada, o governo editou medida provisória que dá prioridade a setores como calçados e têxteis nessas compras.

Após o contrato com a estatal, a têxtil deve duplicar de tamanho até 2011, diz Palharin. "Devemos dobrar o número de trabalhadores e produzir mais de 100 mil uniformes por mês", afirma. (JV


Fonte:valoronline.com.br

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A origem dos nomes das unidades de medir


Clio - Musa da História

O Sistema Internacional de Unidades – SI incorpora unidades variadas que representam diversas grandezas físicas. O SI é relativamente recente, porém os nomes das unidades que o integram vêm de longe e têm as mais diversas origens. Conhecer a etimologia desses nomes todos facilita a compreensão e é, no mínimo, divertido.

Metro: O metro é a mais conhecida das unidades. A palavra metro vem do grego metron, que significa medida e dá nome à ciência das medições, a metrologia. Muitas outras palavras utilizam o metro como elemento de composição, principalmente como sufixo nos nomes dos instrumentos de medir: Taxímetro, cronômetro, micrômetro, são alguns exemplos. Ah! Pode parecer que a palavra metrópole tenha a mesma origem, mas não tem! O metro de metrópole vem do grego metròs, que significa mãe. Metrópole é “cidade mãe”.




Quilograma: Entre os romanos a menor unidade de massa era o scrupulum (escrópulo em português) que significa pedrinha. Com a expansão do império romano muitos dos povos dominados por eles adotaram as suas unidades de medir, porém nem sempre as escreviam corretamente. Scrupulum acabou por ser grafado “scripulum”, e esse pequeno erro fez toda a diferença. Isso porque scripulum foi confundido com scriptum, que significa escrita. Mas o que é que isso tem a ver com o grama? Acontece que “gramma” em latim significava qualquer signo escrito. Então, por causa dessa analogia enviesada o scrupulum virou gramma. Muitas palavras usam o sufixo grama com o seu significado original, de signo escrito: Pentagrama, telegrama, programa etc. Outra coisa curiosa é que o grama não é a unidade de base para massa (peso). A unidade de massa é o quilograma, único caso em que um múltiplo assume esse papel. Quilo, do grego Khilioi, significa mil.

Segundo: O segundo é a unidade SI para o tempo. Hora vem do latim hora e significa hora mesmo, a vigésima quarta parte do dia. O minuto veio do adjetivo minutus (”pequeno”). Os geômetras antigos dividiam o grau em 60 partes, chamando cada parte de pars minuta prima, “a primeira parte pequena”. Esta, por sua vez, quando dividida em 60 partes iguais, era chamada pars minuta secunda, “a segunda parte pequena”, de onde proveio o nosso segundo. Já que falamos em grau, a palavra vem do latim gradus, que significa degrau! É bom lembrar que quando “minuto e segundo” expressam tempo, seus símbolos são min e s respectivamente. Quando expressam divisão de grau, seus símbolos são apóstrofos. Por isso, nada de escrever 8h 20´ 30´´ quando a grandeza for tempo. Essa notação é apenas para medida de ângulo. O certo é 8h 20 min 30s. E já que falamos de ângulo, a unidade SI para medir ângulo plano é o radiano, palavra derivada do latim radius, que significa raio. Ângulos sólidos são medidos em esterradianos. Stereos em grego quer dizer sólido.




Candela: A candela é a unidade SI para intensidade luminosa, e não é por acaso. A palavra significa vela em latim. Aliás, candelabro é, justamente, o objeto usado para acomodar as velas. O lúmen e o lux, unidades SI para fluxo luminoso e iluminamento são, ambas, palavras latinas que significam luz.

Mol: Mol é a unidade SI para quantidade de matéria, conceito este que não deve ser confundido com massa! A advertência é necessária porque a palavra mol vem do latim molécula, diminutivo de mole, que significa massa… E tem mais! O mol é usado, principalmente, para medir a quantidade de matéria das moléculas…

Kelvin e ampère: Tanto o kelvin, unidade SI para temperatura termodinâmica, como o ampère, unidade SI para intensidade de corrente elétrica, têm esses nomes em homenagem a dois cientistas: William Thomson, ou simplesmente Lord Kelvin, físico escocês, desenvolveu a escala Kelvin de temperatura absoluta. André-Marie Ampère, físico e matemático francês, desenvolveu estudos fundamentais em eletricidade e eletromagnetismo. Aliás, a maioria das unidades SI leva nomes de cientistas. Veja só a lista!

Unidade SI Grandeza Cientista
newton Força Isaac Newton, físico inglês.
pascal Pressão Blaise Pascal, físico francês.
volt Tensão Elétrica Alessandro Volta, físico italiano.
watt Potência James Watt, matemático escocês.
joule Energia James Prescott Joule, físico inglês.
Celsius Temperatura Anders Celsius, astrônomo sueco.
tesla Indução Magnética Nikola Tesla, engenheiro sérvio.
coulomb Eletricidade Charles Augustin de Coulomb, físico francês.
farad Capacitância Michael Faraday, físico inglês.
ohm Resistência elétrica Georg Somon Ohm, físico alemão.
siemens Condutância Carl Wilhelm Siemens, engenheiro alemão.
hertz Freqüência Heinrich Rudolf Hertz, físico alemão.
henry Indutância Joseph Henry, físico norte-americano.
weber Fluxo magnético Wilhelm Eduard Weber, físico alemão.
becquerel Atividade radioativa Antoine Henri Becquerel, físico francês.
gray Dose absorvida Louis Harold Gray, radiologista inglês.
sievert Equivalente de dose Rolf Sievert, físico sueco.



Veja que interessante: Celsius é a única unidade SI escrita com letra maiúscula. A unidade para dose absorvida de radiação, o gray, coincidentemente tem a mesma grafia que G ray, ou raio gama em inglês. Joseph Henry é o único cientista não europeu do grupo, embora Nikola Tesla tenha se naturalizado americano.


Fonte:ipemsp.wordpress.com

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vem aí o maior polo têxtil do NE


Caruaru poderá abrigar um centro de moda e distribuição de produtos têxteis da região

Quando se fala em Parque 18 de Maio, em Caruaru, vem à mente a imagem da sulanca, tumultuada e repleta de produtos extremamente populares. Mas os 330 lojistas instalados no local pretendem desassociar a imagem de suas marcas do conceito de feira e criar no espaço o maior centro de moda e distribuição de produtos têxteis do Nordeste. Para tanto, os comerciantes se uniram ao Sebrae e à Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) e criaram o Centro Moda 18 de Maio, que será lançado oficialmente no final de agosto.
“Trata-se de um projeto de expansão do centro comercial de Caruaru, que fará do parque um polo de moda tão disputado quanto o Brás e o Bom Retiro, em São Paulo. Além dos bancos da feira, constatamos a existência de 330 lojas de até 500 metros quadrados de área, que vendem moda de boa qualidade, seja ela produzida no Agreste, em Fortaleza, Minas Gerais, Santa Catarina ou São Paulo, sejam especializadas em aviamentos, tecidos ou confecção”, informou o empresário Pedro Miranda, coordenador da Câmara Setorial dos Lojistas do Parque 18 de Maio, vinculada à Acic.

Segundo pesquisa realizada em 2009 pelo curso de economia da Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip), o faturamento mensal das empresas situadas no Parque 18 de Maio passa dos R$ 18 milhões e cinco mil empregos formais são gerados. “Queremos divulgar para o Brasil toda essa pujança comercial e fomentar o turismo de compras em Caruaru”, destacou Miranda.

O coordenador explica que foi criado um plano de ação junto ao Sebrae que começou este ano e que terá continuidade até 2012. O plano contempla marketing de localidade e capacitação de funcionários e empresários, a fim de profissionalizar o setor. Um cronograma de ações foi iniciado em janeiro e deve continuar periodicamente até 2012, com cursos de vitrinismo, gestão de pessoas, atendimento ao cliente e legislação trabalhista, entre outros.

Com o apoio da prefeitura municipal, serão iniciadas em breve obras de reestruturação de vias públicas do parque, o que inclui pavimentação, sinalização das ruas e acessibilidade. Possivelmente, vai ser instalada uma agência bancária nas mediações. “Estivemos em missão empresarial no Bom Retiro e encontramos no local uma estrutura semelhante à nossa, porém, muito à frente. Vamos adotar postura semelhante”, frisou Pedro Miranda.

De acordo com Laudemiro Ferreira Júnior, consultor de marketing e comércio exterior do Sebrae Caruaru, a ação visa à promoção comercial coletiva e a independência das lojas situadas nas vias da feira. “Vamos acompanhar a evolução das empresas pelos próximos três anos até nos tornarmos o Bom Retiro do Nordeste”, avisou o consultor.


Fonte:jc3.uol.com.br/jornal

terça-feira, 27 de julho de 2010

Quando a produtividade cai no trabalho: Veja qual é o papel do chefe


"Minha equipe rendia, estava conseguindo concluir as metas mensais, mas de repente a produtividade está em queda. O que será que aconteceu? O que devo fazer quando percebo que a produtividade da minha equipe diminuiu"?


Não é difícil encontrar exemplos de gestores e chefes que passam por essa situação. Às vezes, apenas um membro desmotivado ou desinteressado na equipe é responsável pela queda de rendimento do grupo todo. Outras vezes, algumas restrições impostas pela empresas atrapalham o desenvolvimento das tarefas. Mas em muitos casos, a culpa da queda de produtividade está relacionada como o chefe lida com as atividades e até como lida com sua própria equipe.




De acordo com Fernando Montero, diretor de operações da Human Brasil, empresa especializada na seleção e recrutamento de talentos, essa lista de insatisfação dos colaboradores pelos chefes podem constar, por exemplo, ausência de objetivos, falta de planejamento e prioridades, reuniões mal planejadas, ausência de delegação, não saber dizer 'não' e erros de comunicação.


Já para a especialista em psicologia comportamental e automotivação, Sueli Brusco, o principal vilão é a falta de reconhecimento por parte dos líderes. "Manter equipes motivadas, comprometidas e com foco em resultados é uma tarefa que demanda bastante empenho dos líderes. Ao não se sentir reconhecido o profissional se desmotiva, e com essa realidade outros vilões acabam potencializando a falta de rendimento".


A ausência de soluções que ocasionam a queda de rendimento pode gerar novos problemas, transformando-se em uma verdadeira "bola de neve" de transtornos. Nesse contexto, modificar essa postura que está acarretando o mau desempenho entre os profissionais torna-se uma prioridade. "Por isso, quando a produtividade cai, deve-se avaliar as razões que levaram a essa queda", avalia Daniela Lago, consultora em Recursos Humanos e professora em cursos de MBA da FGV. Para ela, "o líder é o principal responsável em fornecer apoio à sua equipe para superar os problemas da queda no rendimento".


Valorize o profissional com quem trabalha


Um dos papéis de uma boa liderança é desenvolver alternativas que não só incentivem, mas também reforcem o reconhecimento pelo empenho do profissional. Nessa hora, algumas orientações do chefe aos subordinados podem colaborar na motivação dos funcionários.


Antes de tudo, recomenda-se ao chefe orientar sua equipe quanto ao planejamento e a delegação das tarefas. É preciso também escutar novas ideias e propostas da equipe, orientar diretrizes, reconhecer bons trabalhos e tentar extrair as melhores virtudes dos membros do grupo nas atividades realizadas.


Já quando há queda de rendimento, o consultor Carlos Contar, da Business Partners Consulting, relata que o gestor deve trazer o profissional para o foco no trabalho, entendendo e trabalhando nos motivos que ocasionaram essa queda de produtividade. "O bom gestor tem que estar sempre do lado do profissional para apoiá-lo".


Bonificações dão resultados?


Muitos líderes e chefes utilizam de medidas alternativas para incentivar e melhorar o rendimento dos funcionários dentro da empresa. Incentivam com bonificações, destacam o funcionário do mês, oferecem novos treinamentos. Mas será que isso traz resultado?


De acordo com a especialista Sueli Brusco traz sim, pois a motivação é uma energia psicológica que atualiza o desempenho humano. "Qualquer forma de motivação é capaz de determinar o comportamento e promover mudanças. A bonificação, além de incentivar, transforma o empenho em reconhecimento".


O especialista Fernando Montero também acredita nessa corrente. Para ele, o incentivo por meio de bonificações e benefícios pode melhorar o rendimento dos funcionários dentro da empresa. Porém, antes disto, é preciso que eles sejam orientados e treinados a trabalharem por metas e resultados antes mesmo de se estabelecer incentivos.


Entretanto, quando falamos em motivação devemos lembrar que as expectativas são diferentes para os funcionários. A especialista em RH, Daniela Lago, adverte sobre "o que funciona para uma pessoa, nem sempre funciona para os outros. Por isso, não pense que uma única ação de estímulo motivacional vai funcionar para toda sua equipe. O líder deve ouvir atentamente o que estimula sua equipe e oferecer estímulos diferentes para as pessoas. Como por exemplo: um elogio, propor desafios no trabalho, projetos novos, valorizar bons trabalhos e etc".


O que faz mais efeito: Falar mais ou ouvir mais?


Uma grande premissa da comunicação é: primeiro compreender para depois ser compreendido. E de acordo com a especialista, Daniela Lago, essa é uma característica que compõe um bom perfil de liderança. "É importante ouvir ativamente o que está acontecendo com a equipe, só assim o líder poderá gerar os estímulos corretos para que sua equipe se motive".


A especialista indica que cada caso merece uma ação diferenciada por parte do líder e dá uma dica. "No que tange à conversa, as críticas sempre devem ser feitas em particular. O elogio, sim, é público! Nunca o contrário. Entretanto, dependendo da situação da empresa o líder deve avaliar a melhor estratégia a ser adotada. Há casos em que é necessário que se faça uma comunicação geral. Para corrigir comportamentos específicos, no entanto, é imperativo que se converse em particular", afirma Daniela.


"O mala da empresa"


Infelizmente, é comum encontrar nas empresas aquele funcionário ocioso ou "reclamão," na qual, sua produtividade é bem abaixo do esperado. Esse profissional pode acabar gerando problemas em cadeia e atrapalhar o rendimento de toda a equipe.


A razão pode ser falta de interesse no trabalho, pois muitas pessoas não sabem exatamente o que querem e acabam culpando a empresa por sua insatisfação. Outra situação é a falta de vontade em aprender novas atividades ou ausência de persistência ao enfrentar obstáculos na empresa.


Nesses casos, o líder deve intervir para modificar esse comportamento do profissional e, de preferência, motivá-lo na realização das tarefas. Isso pode ocorrer através de uma conversa franca, reconhecimento no trabalho feito, variar as atividades realizadas, novos treinamentos ou até mesmo na transferência do profissional de setor. Em casos extremos, a demissão do funcionário pode ser até a melhor solução para ambas as partes.


Rede Social vilão da produtividade?


Mas não há dúvidas, um dos campeões de reclamação dos chefes quando o assunto é produtividade, está na utilização das redes sociais no trabalho pelos funcionários. De acordo com o consultor Fernando Montero, interrupções no Twitter, Orkut e Facebook geralemte interferem no ritmo do trabalho e na concentração. "Na medida em que gera interrupções e provoca desvio de prioridades, essas redes atuam não apenas como "vilões de produtividade", mas como também verdadeiros "ladrões de tempo."


Para a consultora em motivação, Sueli Brusco, é preciso ter bom senso na utilização. "Se o funcionário fica três horas no Facebook, foram três horas perdidas de trabalho. Se ele continuar com esse ritmo dia-a-dia, no final do mês a falha no plano de meta pode estar nela. Por isso deve saber utilizar com discernimento".


A especialista Daniela Lago também acredita que é preciso ter controle ao utilizar as redes de relacionamento. "O uso excessivo das redes sociais e a navegação na internet fazem as pessoas se distanciarem do foco principal da empresa: os resultados! Vale ressaltar que sou a favor de que os funcionários tenham acesso às redes sociais, pois elas são importantes para momentos de 'descompressão' no dia-a-dia corporativo".


Encarar os problemas


É comum que chefes encontrem dificuldades e problemas no ambiente de trabalho. E o importante nesses momentos é que o líder não se omita de que realmente existe uma situação para ser resolvida. A tarefa do líder, não é apenas buscar o melhor resultado para a organização, mas também encarar e superar os obstáculos e dificuldades que podem surgir no trabalho.




Fonte:administradores.com.br

EMPRESAS DA ÁREA TÊXTIL QUE CONTRATAM FACÇÕES, DEVERÃO ESTAREM ATENTAS QUANDO CONTRATAREM SERVIÇOS DE CONFECÇÕES, REALIZADOS NA RESIDÊNCIA DO PRESTADO


Empresas que se utilizam destes profissionais, deverão exigir o registro formal com classificação (ME, EPP,EI), que esteja habilitado a emitir nota fiscal dos serviços prestados. A classificação EI, está regulada pela Lei Complementar 128/08, e pode faturar até R$ 36.000,00 por ano.
Com os procedimentos aqui sugeridos, será possível isentar-se de decisões judiciais, como a abaixo descrita:
26/07/2010 - JT declara relação de emprego entre empresa e trabalhadora que prestava serviços na própria residência (Notícias TRT 3ª Região)

No recurso analisado pela 4ª Turma do TRT-MG, o reclamado pretendia convencer os julgadores de que a trabalhadora não era sua empregada e que os serviços de cadarçamento de bobinas, prestados por ela em sua residência, eram realizados de forma eventual e autônoma, sem qualquer subordinação. Mas a Turma não deu razão ao recorrente, porque, além de as atividades da reclamante estarem diretamente ligadas ao objetivo social da empresa, havia um efetivo controle da produção pelo reclamado.
A trabalhadora alegou que foi admitida em novembro de 2000, como auxiliar de produção, tendo sido dispensada em agosto de 2009, sem assinatura da CTPS. O reclamado reconheceu a prestação de serviços, mas negou a existência de relação de emprego, insistindo na tese de que o trabalho era realizado com total autonomia. Conforme esclareceu o juiz convocado Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, a CLT não faz distinção entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que caracterizada a relação de emprego. Entretanto, quando se trata do trabalho em residência, a subordinação deve ser vista de forma especial, porque a situação do trabalhador é especial.
"Nesse sentido, no trabalho subordinado em residência, a subordinação pode existir porque o empregado não possui os meios de produção, sendo que o empregador detém a direção da atividade, ao fixar a qualidade e quantidade, a entrega do trabalho terminado em prazo predeterminado, além da remuneração e a pessoalidade do trabalhador" ressaltou o magistrado. A questão é saber se o trabalho é realizado por conta própria ou por contra alheia. No caso, ficou claro que era por conta alheia. Isso porque o reclamado é proprietário de uma empresa que fabrica bobinas para motor de arranque e dentro de sua fábrica há empregados, devidamente registrados, que fazem exatamente a mesma função da reclamante, segundo declarado pelo próprio empresário. Ou seja, as funções da trabalhadora inserem-se na dinâmica do empreendimento.
Além disso, o reclamado controlava os serviços prestados pela trabalhadora, à medida em que deixava o material na casa dela em um dia e o buscava no dia seguinte. Inclusive, devolvia esse mesmo material, caso houvesse necessidade de ajuste. Ao contrário da tese recursal, não há dúvidas de que o trabalho desenvolvido pela reclamante em sua residência era contínuo, realizado sob a direção do reclamante e inserido no objetivo social da empresa. "Comprovada, pois, a prestação de serviços não eventual, com pessoalidade, subordinação e onerosidade, conforme requisitos preceituados no art. 3º. da CLT, deve ser mantida a sentença que reconhece o vínculo de emprego entre as partes" - concluiu o juiz convocado. ( RO nº 01648-2009-152-03-00-0 )

domingo, 25 de julho de 2010

Dez dicas ter um guarda-roupa "verde


Bermuda de garrafa pet, lançamento de 2009 da Billabong


1. Planeje antes de comprar
Abandone as compras por impulso. Analise bem se aquela roupa ou acessório serve para você ou se é só uma vontade passageira. Assim, você evita perder dinheiro e espaço no armário.

2. Ame suas roupas
Cuide-as com carinho. ‘Acidentes’ domésticos provocam pequenos desastres como manchas ou tecidos queimados. Se cair um botão ou tiver que ajustar um pouco, procure uma costureira e veja se há como reparar. Para os mais empolgados, é uma boa hora para aprender a lidar com linhas e agulhas.

3. Evite lavagem a seco
Máquinas de lavagem a seco usam tetrachloroethylene, uma substância cancerígena. Procure lavanderias que trabalhem com "wet cleaning" ou CO2 líquido. Muitas peças que antes eram lavadas a seco já podem ser lavadas a mão, especialmente as de seda, lã e linho. Fique de olho nas etiquetas. Se você preferir, recorte as orientações e cole em um pequeno caderno ou guarde em uma caixinha para conferir quando precisar.

4. Compre peças antigas ou usadas
Use a criatividade e tenha um estilo próprio. Busque em bazares, feirinhas, brechós, troca de roupas entre amigas. Vale tudo. Se tiver roupas ‘herdadas’ que possam ser interessantes, aposte. Acessórios antigos sempre funcionam Tenha cuidado para ver se tudo está ok. Peças antigas ou usadas podem estar danificada pelo tempo ou pelo uso. Dependendo, uma reforma resolve e ainda sobra espaço para uma boa customizada.

5. Lave bem
Tenha cuidado para não desperdiçar energia. Junte bastante roupa antes de lavar, para economizar na água, luz e sabão. Procure usar a temperatura mais baixa possível. Opte por alternativas naturais na remoção de manchas nos tecidos e produtos que sejam livre de fosfato e biodegradáveis. Se estiver procurando por uma lavadora nova, verifique se tem selo de economia energética (no Brasil, do Inmetro). A mesma dica vale para os ferros elétricos.

6. Vista orgânicos e tecidos com material reaproveitado
Os tecidos orgânicos e os desenvolvidos com materiais reaproveitados chegaram para ficar. Na opção do orgânico é possível escolher desde o algodão até a seda, - certifique-se de que tem selo de autenticação (que identifica se a produção realmente é feita sem agrotóxicos). Os tecidos com materiais reaproveitados, como o tecido PET, são uma inteligente opção, fomentam o reaproveitamento de materiais como as garrafas pets e agregam ativos ambientais para a peça.

7. Encontre uma nova utilidade
Reciclar não é somente reaproveitar. Seja criativo, inspire-se no mundo à sua volta e aproveite o que já existe para reinventar. A proposta está sendo cada vez mais abraçada por estilistas internacionais – chegando a ser desafio até mesmo para o pessoal do Project Runaway. Observe aquelas roupas e acessórios antigos e descubra potenciais fashion adormecidos. Caso não agrade a ideia, reúna o que não precisa mais e leve a entidades carentes. Se nós não encontramos novidade, outros encontrarão.

8. Investigue as origens
Nesse boom de novos tecidos, desconfie do mote ecológico. Como tudo na vida, o que aparentemente poderia ser a solução, pode ser um problema. Mantenha-se informado, converse com os donos de lojas e das marcas e faça escolhas conscientes.

9. Escolha roupas éticas
Muitas empresas, além de cuidarem da natureza, investem em sustentabilidade e responsabilidade social. Valorize e incentive esse tipo de ação. Procure saber onde ficam as fábricas das empresas que você compra. Muitas multinacionais usam abordagens de mercado, que incluem maximizar o lucro e deixar de lado preocupações humanitárias, como a luta pelo fim da exploração de mão-de-obra infantil e escravidão - problemas comuns em países latinos, asiáticos e africanos.

10. Não desperdice
Não é porque aquele vestido não está na próxima tendência que ele merece ir para o lixo. Se for algo que de-jeito-nenhum-você-usará-novamente, venda, troque, doe. Há muita gente no mundo precisando de ajuda. Fique informado sobre ONGs e entidades que prestam auxílio a pessoas necessitadas. Colabore com movimentos de apoio a vítimas de catástrofes climáticas (como enchentes e tempestades). É uma maneira de amenizar as consequências do aquecimento global e motivar uma mudança


Fonte:correiobraziliense.com.br

sábado, 24 de julho de 2010

Em linha com a qualidade


A escolha acertada da linha para cada tipo de costura é decisiva para a qualidade do produto final, proporcionando eficiência e redução nos custos


Talvez pelo fato de as linhas de costura responderem por apenas 2% a 3% do total do custo da produção – uma porcentagem pequena se comparada à de outros materiais que compõem uma peça –, confeccionistas e faccionistas dão pouca atenção a elas na hora da compra e acabam utilizando linhas em desacordo com o tecido, o tipo de costura, o maquinário e a lavagem, entre outros aspectos.

O que muitos empresários se esquecem de considerar é que linhas oriundas de substratos mais baratos ou inadequados ao tecido geram uma série de custos diretos, entre eles as quebras, falhas e má aparência de pontos, franzimento, pontos danificados e/ou encolhimento da linha. Isso sem falar nos custos não apurados, tais como a energia elétrica gasta no arranque dos motores e o aumento dos custos de manutenção das máquinas, desgastes dos equipamentos, além da insatisfação das costureiras e dos mecânicos com a baixo rendimento da costura.

É claro que problemas como esses podem não ocorrer em função da linha. Podem ser ocasionados também por produtividade baixa, máquinas desreguladas, uso de agulha não ideal para a linha ou outros fatores. “Mas o importante é estar tudo em acordo, desde a entrega e a escolha das matérias-primas à satisfação do funcionário”, atenta Renato Libonati, o diretor-operacional da Libofio, fábrica de linhas e fios de poliéster sediada em São Paulo.

Ou seja, todos os fatores têm importância na qualidade final da costura, mas é bom dar especial atenção às linhas, principalmente por serem um insumo que representa tão pouco no custo e que, se mal escolhido, pode ocasionar em diferenças significativas na produtividade e na qualidade final do produto.

Opções de escolha

Mas, antes de pensar em qual tipo de linha escolher, é preciso analisar a necessidade de cada máquina a ser utilizada e com quais tecidos se vai trabalhar, além dos processos pelos quais esses tecidos (e linhas) passarão até estarem prontos para a venda. Pois de nada adianta utilizar uma linha de ótima performance num maquinário simples, pois isso pode resultar em prejuízo.

Basicamente, são quatro níveis de linhas: de poliéster, de algodão, mista e de poliamida; e, a partir dessas, existem as variações: mista poliéster algodão e poliéster/poliéster, 100% poliéster fiado, 100% algodão, 100% poliéster multifilamento contínuo brilhante trilobal, 100% poliéster filamento contínuo texturizado, poliéster filamento contínuo e, por fim, a de poliamida.

“Observamos que, atualmente, existe uma tendência de migração da linha de dupla torção para a mista, por conta da construção que esta última tem: uma mistura de filamento contínuo de poliéster de alta resistência com uma cobertura de fibras descontínuas de algodão ou poliéster, o que gera maior resistência e ótima qualidade na produtividade”, diz Libonati. Segundo ele, o cliente, principalmente as pequenas confecções sem muita experiência e/ou que não pesquisam muito sobre linhas, não sabem diferenciar linha mista da de dupla torção – e o mercado acaba abusando dessa desinformação para vender a mista, cujo preço pode chegar a três vezes ao da linha de dupla torção. “Faltam credibilidade e informação aos vendedores, que não são técnicos, querem mais é vender e acabam pecando nisso. Cria-se um buraco na comunicação entre a parte técnica e o cliente confeccionista’, atenta Libonati.

Tudo em acordo

Portanto, conhecer, pesquisar e saber as vantagens, desvantagens e aplicações adequadas para cada tipo de linha fazem com que a costureira atinja um nível de produção que potencializa o investimento nela e no maquinário.

Para Flaviano do Carmo Rocha, gerente-comercial da fabricante Linhanyl Paraguaçu, de Minas Gerais, escolher o tipo correto de linha depende, efetivamente, do tipo de matéria-prima do tecido. “Para costura de tecido 100% de algodão que seja posteriormente tingido, deverá ser usada uma linha também de 100% algodão, que absorverá o mesmo tom do corante utilizado”, exemplifica. “Já na costura de lingerie, em que as peças apresentam bastante elasticidade, o ideal são as linhas de construção mista, que proporcionam melhor formação do ponto, redução de problemas de franzimento, além de possibilitarem a utilização de agulhas mais finas e costuras mais estáveis, com aparência mais regular”, completa.

É preciso ainda eleger o tipo de linha adequado para o tipo de ponto que será empregado. Fios texturizados proporcionam maior alongamento e toque e são indicados para operações com loopers em máquinas galoneiras, overloques e interloques com alta produtividade; linhas mistas oferecem melhor equilíbrio na proporção entre resistência e espessura; linha de poliéster, atualmente a mais utilizada pelas confecções, tem um processo produtivo mais simples, com menor custo de produção, e é empregada amplamente nas malharias e em jeanswear.

Evitando prejuízo

Nas calças jeans, sobretudo, um dos maiores custos “escondidos” é o reprocesso, efetuado após lavagens/acabamentos industriais, que em muitos casos alcança até 40% da produção de determinados modelos. “As linhas de costura podem ser uma das principais causas desses retrabalhos, pois, se sua qualidade for inferior à do denim, pode sofrer mais com as lavagens e outros processos”, explica o manual técnico de calça jeans da Coats Corrente, fabricante de linhas para costura, bordado, crochê, tricô, zíperes, entretelas e acessórios.

Para evitar esses custos desnecessários, há linhas com maior resistência que reduzem sensivelmente o índice de reprocessos, ao proporcionarem redução de pontos rompidos e danificados, o que minimiza os custos com retrabalhos, mão-de-obra e evita atrasos nas entregas de pedidos. Além desse, outro fator que causa bastante prejuízo ao confeccionista é a ruptura da linha de costura (veja box).

Ruptura da linha: problemas e soluções

1- A linha não desenrola do cone: verifique se o guia superior está discretamente acima do pino do cone, 2,5 vezes a altura do cone. Use um coxim de espuma ou similar para impedir a trepidação do cone;

2 – Enrolamento da linha ao redor das guias: recoloque e repasse a linha pelas guias;

3 – Tensão excessiva: regule corretamente a tensão;

4 – Superfície áspera da chapa da agulha, caixa da bobina, lançadeira: recomenda-se polir as superfícies ásperas ou substituir as peças;

5 – Linha desfiada na agulha: utilize agulhas com diâmetro adequado à bitola da linha; procure utilizar sempre agulhas de qualidade reconhecida pelo mercado;

6 – Superaquecimento da lançadeira: verifique se há suprimento adequado de óleo. Examine a folga entre a agulha e a lançadeira;

7 – Linha de má qualidade: troque o material por outro de qualidade melhor e acabamento correto;

8 – Bordas afiadas do olho da agulha ou ponta cega: troque a agulha;

9 – Ajuste incorreto da agulha na barra: realinhe a agulha;

10- Aplicação incorreta de lubrificação na linha: use linha com acabamento

Fonte: Flaviano Rocha – Linhanyl Paraguaçu



Box – Linha x tecidos elásticos: como não errar

■Utilize linhas de construção mista, como a linha de filamento contínuo de poliéster recoberta com fibras de algodão ou linha de filamento contínuo de poliéster, conhecidas como poli/poli;
■As construções mistas permitem que a costura não se rompa quando submetida aos esforços inerentes à grande elasticidade do tecido strech ou power strech, devido à resistência e ao alongamento do núcleo da linha;
■A grossura (titulagem) das linhas de costura deve ser compatível com a gramatura do tecido;
■Para o conforto na utilização da peça costurada, recomenda-se o uso de grossuras (titulagens) diferentes entre a linha da agulha e a linha do looper;
■A obtenção do melhor balanceamento dos pontos (amarrações) deve-se à combinação entre a grossura da linha da agulha e a linha do looper;
■A definição do número de pontos por unidade de comprimento (densidade) é fator fundamental;
■A regulagem da tensão das linhas na máquina deve ser adequada ao tipo de ponto;
■Durante o processo de costura, não é recomendado esticar ou puxar o tecido, para não ocorrerem variações no ponto ou distorções na peça.




Fontes: Coats Corrente e Têxtil Canatiba

Planejamento do produto: como melhorá-lo?


Atrasos na produção e na entrega, defeitos nos produtos, erros na confecção dos artigos. Problemas como esses, comuns para muitos, têm origem antes mesmo do desenvolvimento – no planejamento das coleções –, o que acaba gerando custos adicionais e desprestígio junto ao cliente. Para evitá-los, a consultora técnica, professora do Senai Vestuário de São Paulo e da Universidade Paulista (Unip)

Hanna Carolina Kramolisck dá os caminhos:


1) Siga um calendário - esse é o ponto inicial para o desenvolvimento. O calendário abrange todas as atividades de uma confecção, desde o desenvolvimento do produto até a entrega.

2) Tenha um cronograma de atividades para todos os processos e todas as etapas, desde a pesquisa da coleção até a entrega do pedido.

3) Saiba qual é o tempo hábil para se confeccionar uma coleção.

4) Tenha o processo produtivo organizado e em dia.

5) Todo o desenvolvimento de produto necessita ter começo, meio e fim. Nada de ficar aumentando o mix a toda a hora, o que prejudica o cronograma e faz com que o desenvolvimento se arraste, não acabe nunca. Para poder aumentar o seu mix, é preciso um estudo antecipado para saber se seu público vai aceitar essa nova linha de produto e se a área produtiva tem capacidade para absorvê-la.

6) Lead time: é preciso saber quanto tempo sua empresa leva para produzir cada peça e definir qual a capacidade de produção. Que quantidade de peças sua empresa consegue produzir por coleção ou no ano sem se perder?

7) Trabalhe com pequenas coleções, escolha um tema central e, a partir dele, crie subtemas, que serão introduzidos aos poucos no ponto-de-venda.

8) Conheça seu público-alvo, o consumidor final. Tenha foco num determinado cliente – nada de um ano produzir para jovens, no outro para senhoras – e apure quem é ele (sexo, classe social, o que gosta de fazer, tipo de trabalho desenvolve, carreira, estilo), para que se torne fiel à sua marca.

9) Mix de Produto – determine as linhas com que vai trabalhar: parte de cima, de baixo ou acessórios. É fundamental que o mix atenda seu público-alvo.

10)Pesquise tendências – as fontes podem ser: a própria sociedade, revistas, filmes, exposições de arte, música, cadernos de tendências, sites, blogs etc.

11)Temas: em primeiro lugar, conceitue o tema para depois desenhar a coleção (e não o contrário). Utilize as informações da pesquisa tendo em mente seu público-alvo e o tema que será desenvolvido para a coleção.

12)O profissional de desenvolvimento de produto, melhor que ninguém, é quem deve direcionar o estudo do tema, o desenvolvimento do produto, a ficha técnica, sempre tendo em mente o público-alvo.

13)Ficha Técnica – é o documento que identifica o produto. As informações devem conter, no máximo, duas folhas, para não dificultar o entendimento e precisam ser compatíveis às das peças pilotos. Nada de tirar foto de uma peça e colocá-la na ficha e fazer observações.


Fonte:Oconfeccionista.com.br

Para onde e como crescer?


Ampliar vendas implica em incremento de produção (e de custos) e cumprir novos prazos de entrega. É preciso planejar o crescimento desde o início e manter foco no que seu cliente deseja

“Confecciono artigos excelentes, mas meu mercado ainda é restrito. Como crescer? Para onde expandir?” Essa dúvida certamente tira o sono de muitos confeccionistas ansiosos por ampliar vendas. “Mas por onde começar? Como crescer sem errar?”, questionam temerosos.

Se isso serve de consolo, lá vai: “Não há uma receita infalível”, afirma o consultor de marketing do Sebrae-SP, João Abdalla. “Até grandes multinacionais cometem erros de percurso”, diz. O que toda empresa, desde o início, deve ter definida é a estratégia de vendas a ser adotada, isto é, para quem quer vender e como. Qual é o meu mercado, quem é meu consumidor, que produto esse mercado deseja consumir são as primeiras respostas a serem buscadas, segundo o diretor-executivo do SindivestuárioSP, Pedro Fortes. Feito isso, a próxima questão a ser respondida é: “como vou produzir?”.

Quem deseja ampliar vendas tem de ter em mente que isso implica em incremento de produção, o que exige capital para investir, alerta o consultor de inteligência empresarial da Associação Brasileira da Indústria do Vestuário (Abravest), Claudio Rizzo. Além disso, crescer demanda estratégias que assegurem que os pedidos cheguem aos destinatários. “Não adianta vender e depois não entregar”, ressalta o consultor.

É possível optar por um misto de canais de venda, mas, para escolher o mais adequado a seus objetivos, é preciso conhecer as características de fornecimento para as diversas opções que se apresentam: lojas próprias, multimarcas, lojas de departamentos e outras, pois cada uma delas tem as suas peculiaridades e exige estrutura e habilidades específicas para serem atendidas”, acrescenta Abdalla, do Sebrae.

Portanto, antes de decidir por esse ou aquele canal de venda, o fabricante tem de avaliar se tem ou não habilidades para desenvolver sua marca e seu produto e atender determinados canais”, reforça o consultor Elias Frederico, especialista em Negócios de Moda e professor no curso de Marketing da USP e da FGV, em São Paulo.

“Todos os canais podem ser bons, mas, além de exigirem uma estratégia definida, devem proporcionar lucratividade ao industrial”, ressalta Fortes, do Sindivestuário. E o mais importante: de nada adianta ter um ótimo produto se o mercado não o absorve, não o deseja. “É preciso fabricar o que o consumidor quer e usar de criatividade para ser diferente da concorrência. Aí o sucesso virá”, assegura. Para isso, o produto tem de atender aos mandamentos do Marketing: ser bom, ter um bom preço etc.

Avaliar cada canal

O consultor Elias Frederico cita o caso de uma confecção que quebrou ao trocar o fornecimento para grandes redes pela distribuição pulverizada em varejos multimarcas. “Era uma empresa sólida, que fabricava cerca de dois milhões de peças anuais, com décadas de relacionamento junto às grandes redes varejistas. Após desenvolver a sua marca própria, passou a atender exclusivamente esse novo canal. Mas, por não atentar às particularidades do varejo multimarca, sofreu com a complexidade e fragmentação da operação, com a inadimplência de seus clientes e com a dificuldade de cobrar os créditos devidos – e teve de fechar as portas”, conta.

Muitos dos fabricantes que fornecem para as grandes redes varejistas adquirem competência em gerenciar sua marca, preocupam-se demais com o produto e a comunicação e passam a atender os pequenos mercados sem se dar conta das distinções na operação.

“Se por um lado as margens de venda ao pequeno varejo são maiores, o custo desse atendimento pode aumentar em demasia”, diz Frederico. “Há o incremento de custos decorrentes do fracionamento dos lotes, do aumento do contingente da equipe de vendas e de representantes, do aumento das transações e das rotinas de avaliação de crédito, pedido e pagamento, sobretudo pelo fato de o relacionamento ser indireto e mediado pelo representante comercial, o que torna muito mais complicado o processo de coordenação do canal”, explica.

Apesar de os fabricantes, na maioria das vezes, serem de porte menor que uma loja de departamentos, conseguem ter interação direta com quem tem o poder de decisão nessas empresas, o que possibilita exporem seus pontos de vista e influenciá-lo. Ao optar pela distribuição para o pequeno varejo, o fabricante não tem esse controle e capacidade de interação, que passa às mãos do representante comercial. “É fundamental, então, que esse representante seja carismático, hábil, proativo, motivado e preocupado não somente em vender mas em encontrar varejistas adequados ao posicionamento da marca. Será que existe um representante assim?”, questiona o consultor.

Vender para lojas de departamentos, no entanto, implica em ter escala e produtividade, além de rigidez no cumprimento dos prazos. “Os padrões de qualidade exigidos são maiores que no atacado e em hipermercados, pois o fabricante produzirá a marca do varejista”, diz Frederico. Isso requer agilidade e maior habilidade no desenvolvimento de novos produtos, na organização e infraestrutura.

Além disso, a dependência mútua é maior, mesmo que o fabricante seja pequeno, mas ofereça um produto com algum diferencial. “As lojas de departamentos precisam de fornecedores confiáveis para não comprometerem o posicionamento de suas marcas e investem muito tempo no desenvolvimento de fontes estáveis de fornecimento e, em função disso, não podem trocar de fornecedor com facilidade”, salienta o consultor.

As condições de pagamento também devem ser levadas em conta. “As das grandes lojas de departamento são um pouco melhores que as do atacado e dos hipermercados”, diz. “As vantagens desses canais são os pedidos de grandes lotes, mas a contrapartida é a dependência, o poder de barganha do cliente em relação ao preço e as condições de negociação.”

Em relação ao varejo multimarca, Elias Frederico enumera alguns pontos fundamentais que o confeccionista deve considerar antes de ativar ou expandir esse canal:

1 – O posicionamento da loja é compatível com minha marca? Como assegurar isso se a loja é distante e somente o representante a visita?

2 – Tenho condições operacionais de entregar nesses locais? Quais os impedimentos logísticos e de gostos locais?

3 – Minha marca é conhecida e desejada na região ou a venda se dará somente por preço?

4 – Vale a pena arcar com os custos de proliferação de produtos se for necessário aumentar o sortimento para atender a uma nova região?

5 – Como recrutar e motivar os representantes? Como avaliar o esforço da venda?

6 – Como viabilizar a cobrança dos créditos vencidos?

7 – Se o mercado for muito pequeno, qual o risco de queimar a marca ao intensificar a distribuição numa praça?

8 – Será que a expansão não vai gerar mais problemas para a empresa? Muitas vezes, a venda para a base atual de clientes só não é maximizada por problemas de operação (atrasos, cancelamentos e falhas de produção). Aliás, trabalhar a base de clientes atuais é uma grande oportunidade!

Dica 1:

Antes de tomar qualquer decisão em relação a expandir a base de clientes ou de canais de venda, cabe ao confeccionista:

- Avaliar a sua lista atual de clientes

- Analisar se ela está consolidada, ou seja, se você está extraindo o máximo do potencial de relacionamento com os clientes atuais.

- Avaliar que custa muito mais caro trazer um novo cliente do que estreitar o relacionamento com os clientes atuais.

- Na maior parte das vezes isso não ocorre, e custa muito mais caro trazer um novo cliente do que estreitar o relacionamento com os clientes atuais.

Fonte: Elias Frederico

Dicas 2

Antes de entrar no mercado, o ideal é definir aonde quer chegar, senão a chance de o negócio não dar certo aumenta. Logo no início da empresa, portanto, é preciso saber:

1) Quem será o meu cliente? O usuário final, o pagante ou o comprador? Se optar por lojistas, o alvo é o comprador. Se decidir por loja própria, será preciso investir em marketing.

2) Onde está esse cliente? Como fará para atendê-lo, para chegar lá? Está preparado para atendê-lo? Como recrutar representantes locais?

3) Quantos são os clientes? Vou vender para os usuários? Quantos milhões existem por aí?

4) Quem são, quantos e onde estão meus possíveis concorrentes em cada segmento? Vale a pena entrar num mercado extremamente competitivo? O que vou agregar de diferente?

Fonte: João Abdalla

Quadro

1) Fornecimento para o atacado e os hipermercados:

Requisitos: Para atender esse segmento de mercado, é necessário ter escala e produtividade.

Vantagens:

■não é necessário desenvolver e gerenciar sua própria marca (branding)
■não é necessário ter equipe de vendas grande
■o atendimento pode ser direto do dono com a equipe de compras
■os lotes de pedidos são grandes
Desvantagens:

- dependência

- poder do distribuidor

- preço e condições de negociação

2) Fornecimento para lojas de departamentos:

Requisitos: escala e produtividade e maior rigidez no cumprimento dos prazos. Padrões de qualidade maiores que no atacado e em hiper. Agilidade e maior habilidade no desenvolvimento de novos produtos. Organização e infraestrutura de trabalho condizentes.

Vantagens:

- não é necessário desenvolver e gerenciar sua própria marca (branding)

- não é necessário ter equipe de vendas grande

- o atendimento pode ser direto do dono com a equipe de compras

- os lotes são grandes

- condições de pagamento um pouco melhores que atacado e hipermercados

- dependência mútua é maior

Desvantagens:

- é preciso estar bem estruturado para produzir para o canal

- as quantidades são espetaculares, mas o preço pago pode deixar a desejar e não cobrir os custos do produto. Avaliar se o faturamento realmente representa um ganho em termos de custos operacionais.

- Mesmo tendo prejuízo, é preciso continuar entregando, pois há um contrato a cumprir.

3) Fornecimento para lojas especializadas

Vantagens: as margens são maiores que nas lojas de departamentos

Desvantagens: o custo pode ser alto, em função do fracionamento dos pedidos, das entregas, e o processo de coordenação desse canal é mais complicado que nas lojas de departamentos; distanciamento dos clientes, pelo fato de a relação ser mantida pelos representantes.

Representantes – São a extensão de sua empresa. Para crescer regionalmente, é preciso procurar um representante da região. E ter cuidado para ele não detonar a sua marca. Ver com que clientes da área ele trabalha e tentar obter as mesmas condições de venda.

3) Fornecimento para loja de fábrica

Requisitos: esse é um bom negócio para quem tem uma pequena ou média confecção, mas é preciso saber promover a loja, fazer propaganda, o que pode esbarrar no orçamento. Preços competitivos, voltados ao popular, não devem ser sinônimo de lojas feias, com tudo amontoado em balcões. O cliente popular também gosta de conforto, do que é bonito.




Fonte:Oconfeccionista.com.br

Vencerrmos nós mesmos


Vencer nós mesmos,é tarefa árdua que requer muita auto disciplina e comprometimento contínuo na busa de melhores resultados.Queira pessoais ou profissionais.Gostaria de deixar aqui o resistro da frase de um mecânico na corporação que trabalho."O que precisamos é vencer nós mesmos e nos ultrapssarmos e não tentar fazer algo para superar algúem".Lincando ainda mais,disse que muitas empresas não querem encontrar facções que possam ser parceiras das corporações,muitas delas e a que trabalhamos não é diferente, não querem que costurem roupa,precisam que costurem uma obra de arte na roupa".


Fonte:Claeir-Salinas

Sua empresa é uma fábrica de sonhos?


Na busca pelos próprios arranjos, na atualmente tão subjetiva aldeia global, necessitamos de tempo para sonhar, tempo para executar nossos ideais, tempo para cuidar do que construímos

A velocidade da informação, proporcionada pelo avanço da tecnologia, nos mantém imersos em um constante e abundante fluxo de notícias, casos, dados e, principalmente, anúncios. Publicidades de produtos e serviços nos rodeiam todo o tempo, o consumo não se resume mais ao simples ato de adquirir algo, e passa a fazer parte das nossas vidas e aspirações. As marcas são mais do que simplesmente referência de compras, elas ocupam um grande espaço na rotina dos consumidores, são parte dos sonhos da população. A questão então é como, em meio a todos esses inúmeros e repletos anúncios, promoções e ofertas, destacar a sua marca, a sua empresa, e fazer parte dos sonhos do seu cliente?

Acima de tudo, é preciso que se estabeleça uma relação de confiança entre seu negócio e sua clientela e, além disso, transformar esse relacionamento em duradouro e sustentável. A sua marca pode se transformar na ligação entre a atual realidade e o projeto ao qual seu cliente aspira. A confiança na sua empresa é capaz de alimentar o plano de futuro dessas pessoas, e é de extrema importância que seu consumidor perceba o investimento da sua companhia nos sonhos dele.


Muitos empresários pensam que preço baixo é um gerador automático de confiança, o que certamente não é verdade. A agressividade na competição pelo menor custo, por meio da diminuição da qualidade, seja dos produtos ou dos serviços, é uma estratégia que pode até elevar o número de vendas, mas não reforça em nada a relação cliente/empresa, ainda mais no que se refere à lealdade. Se o seu objetivo é fidelizar seus clientes, não se esqueça: qualidade é fundamental.


Para investir e fazer parte das aspirações mais ambiciosas dos seus consumidores é preciso estar presente, manter o canal entre as duas partes aberto, ou seja, saber que a comunicação é fator decisivo. Estar na mídia agrega credibilidade e valor ao seu produto ou serviço, reforça a personalidade da sua empresa, confere simpatia à marca e, principalmente, instiga a curiosidade dos compradores. Os que já conhecem, querem se aprofundar no que você oferece e, quem ainda não ouviu falar, gostaria de conhecer aquilo que se destacou em meio a tantos outros similares.


Na busca pelos próprios arranjos, na atualmente tão subjetiva aldeia global, necessitamos de tempo para sonhar, tempo para executar nossos ideais, tempo para cuidar do que construímos. Estamos sempre em busca do melhor serviço, pelo menor preço, no menor tempo possível. Oferecer visibilidade daquilo que o consumidor quer, precisa ou deseja, acompanhada de qualidade e dedicação, é economia de tempo para o cliente, acréscimo de confiança para o empresário, e um reforço de extrema importância para o realce de sua marca nesse mundo tão segmentado e, ao mesmo tempo, tão único.


Gilberto Wiesel - empresário, administrador de empresas pós-graduado em Marketing pela FGV. É Master-Practitioner em Programação Neurolinguistica pela Sociedade Brasileira de PNL e membro da Time Line Theraphy Association, Hawai-USA. É escritor, conferencista e diretor dor Grupo Wiesel que atua na área de Educação Corporativa.


Fonte:administradores.com.br

quarta-feira, 21 de julho de 2010

São José supera Chapecó entre as melhores cidades catarinenses para se fazer carreira. Florianópolis e Itajaí seguem na liderança


POSIÇÕES DAS CIDADES CATARINENSES ENTRE
AS MELHORES PARA SE FAZER CARREIRA

Cidade
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010

Florianópolis
10
20
11
14
14
14
15

Itajaí
20
76
38
48
25
23
22

Joinville
63
57
49
57
58
50
55

Blumenau
38
61
48
58
54
53
56

São José
-
-
98
88
71
81
71

Chapecó
-
68
65
84
83
76
87

Criciúma
55
96
99
-
92
94
90

São Bento
do Sul
-
-
-
87
-
-
-
Sete cidades de Santa Catarina estão entre as 100 melhores do país para fazer carreira, de acordo com o ranking 100 Melhores Cidades para Fazer Carreira divulgado na edição de julho da Revista Você S/A. Florianópolis e Itajaí seguem na liderança estadual. A capital ocupa a 15ª posição no comparativo nacional, a pior desde 2005. Itajaí subiu um degrau e agora está em 22º lugar. Joinville caiu cinco posições (55ª) e já tem o terceiro lugar ameaçado por Blumenau, que mesmo com a perda de três postos encostou na maior cidade do Estado – é a 56ª colocada. São José (71ª), Chapecó (87ª) e Criciúma (90ª) completam o time de representantes catarinenses no ranking.

A lista deste ano não trouxe surpresas em relação a 2009. Florianópolis e Itajaí continuam com folga na liderança. Vinte e três cidades separam Itajaí, vice-líder do Estado, de Joinville, a terceira colocada. São José protagonizou a única mudança ao superar Chapecó e assumir a quinta posição no ranking estadual. O município da Grande Florianópolis teve o melhor desempenho entre os catarinenses. Ganhou dez posições. Criciúma subiu quatro e Itajaí uma. Todas as outras perderam espaço.

O levantamento, coordenado pelo professor Moisés Balassiano, da Fucape, escola de negócios com sede em Vitória (ES), leva em conta três indicadores: vigor econômico, oferta de cursos de graduação e pós-graduação e oferta de serviços de saúde.

A reportagem publicada pela Você S/A destaca o bom momento econômico do Brasil, com expansão de todas as regiões. Sobre Santa Catarina, a revista destaca o potencial portuário, com ênfase ao Porto de Navegantes, responsável pela maior parte das exportações da Região Sul e segundo colocado no ranking nacional de movimentação de contêineres.

LINHA DO TEMPO

Quando o assunto é oportunidades para deslanchar na carreira, Florianópolis mantém a hegemonia em Santa Catarina. Desde 2004 a cidade é a primeira catarinense no ranking nacional. No entanto, naquele ano, ocupava a décima posição, cinco posições acima da atual.

A segunda colocada Itajaí também já esteve melhor, apesar de ter melhorado duas posições na edição deste ano. Em 2004, estava na 20ª colocação, três acima do atual posto. Blumenau e Joinville têm travado uma dura batalha pela última vaga no pódio. A cidade do Vale chegou a ocupar a 38ª posição no ranking nacional, mas foi superada por Joinville nos últimos dois anos.

SC NO SUL

Se consideradas as melhores cidades para fazer carreira na região Sul, Florianópolis e Itajaí perdem apenas para Porto Alegre e Curitiba. Joinville (11ª), Blumenau (12ª), São José (15ª) e Chapecó (20ª) figuram no top 20. Criciúma aparece na sequência, na 21ª colocação.

ITAJAÍ ENTRE AS DEZ DO INTERIOR

Das 21 cidades que estão à frente de Itajaí no ranking nacional, 12 são capitais. As capitais levam pequena vantagem no comparativo, já que normalmente abrigam as sedes ou escritórios de grandes empresas e, por isso, atraem mais investimentos. Se fossem levadas em conta apenas cidades do interior, Itajaí apareceria na liderança da região Sul e na décima posição no país.


Fonte: Revista Você/SA

Com custo baixo, Bangladesh tira fábricas Têxteis da China


A estrada de oito pistas na direção de Dhaka estreita nos últimos 50 quilômetros próximos da capital, com os carros entrando numa via lamacenta, ladeada por mangues e pequenas lojas.

Mas a região não é um fim de mundo rural. Trata-se de uma localidade onde as manufaturas estrangeiras poderão se instalar no caso de a demanda por salários cada vez mais altos na China levá-las a buscar mão de obra barata em outros lugares.


Nessa área de Bangladesh já existem fábricas, onde, por trás dos portões de aço e altos muros de concreto, milhares de operários passam o dia costurando camisetas, calças e suéteres para Walmart, H&M, Zara e outras varejistas ocidentais.


Uma das empresas é a DBL Group, que emprega nove mil pessoas na produção de camisetas e outros tipos de malhas.


Os negócios têm sido tão bons que a companhia está terminando a construção de um novo prédio de 10 andares, com salões do tamanho de um campo de futebol, repletos de máquinas de costura. "Nossa família precisava de dinheiro, assim viemos para cá", disse Maasuda Akthar, 21 anos.


Precários. Como os custos subiram na China, que por muito tempo foi a grande oficina têxtil do mundo, os chineses estão lentamente perdendo trabalho para países como Bangladesh, Vietnã e Camboja - pelo menos nos setores de roupas, brinquedos e produtos eletrônicos simples, que exigem muita mão de obra, não necessitam de operários alfabetizados e que conseguem tolerar sistemas de transporte e redes elétricas precários.


Li & Fung, empresa de Hong Kong que opera com distribuição e fabricação de roupas para empresas como Walmart e Liz Claiborne, viu sua produção em Bangladesh saltar 20% no ano passado, enquanto a China, sua maior fornecedora, registrou uma queda de 5%. "Bangladesh está se tornando bastante competitiva", disse a analistas o diretor do grupo, William Fung.


O fluxo de empregos para países mais pobres como Bangladesh começou mesmo antes dos recentes protestos trabalhistas verificados na China, que resultaram em grandes aumentos de salários para muitos operários de fábricas no país - e antes das mudanças na política monetária chinesa, que também vão elevar os custos das exportações do país. Para os economistas, a migração dos trabalhadores mal pagos da China deve acelerar.


Apesar de os operários em Bangladesh e outros países em desenvolvimento também estarem reivindicando melhores salários - o que provocou choques entre a polícia e manifestantes no início da semana num centro de produção de roupas fora de Dhaka -, eles ainda ganham muito menos do que os trabalhadores das fábricas chinesas.


Menor salário do mundo. Bangladesh paga os menores salários do mundo, afirmam defensores dos direitos trabalhistas. Maasuda Akthar, um operário relativamente bem pago pelos padrões locais, ganha US$ 64 por mês. Na China, a remuneração paga nas regiões industriais situa-se entre US$ 117 e US$ 147 mensais.


"As empresas chinesas que começam a ter dificuldades são as da área têxtil, fabricantes de calçados de borracha e coisas desse tipo", diz Barry Eichengreen, professor de Economia na Universidade da Califórnia. "Muitos países no Sul e Leste da Ásia ou na América Central gostariam de preencher esse espaço."


Mas Bangladesh tem seus próprios desafios para enfrentar. Na China, a combinação de uma enorme população de trabalhadores - muitos quase analfabetos- com rodovias, ferrovias e uma rede elétrica modernas nas províncias industrializadas oferece condições que países como Bangladesh não podem proporcionar. Pequim também fornece empréstimos a baixo custo e incentivos, que outros países não têm condições de oferecer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Fonte:br.noticias.yahoo.com

Moda paulistana começa a explorar o filão das coleções ‘plus size’


A moda tamanho grande recebe destaque na passarela do Brás.
Lojistas perceberam que as 'cheinhas' querem ficar mais bem vestidas.



A coleção nova logo chega às vitrines. Hora de trocar as roupas das manequins, normalmente magrelas. Para quem tem uns quilinhos a mais, não é fácil encontrar roupa.

Esta dura realidade não deve resistir por muito tempo. Nas passarelas, as modelos desfilam as tendências da coleção primavera-verão com exuberância e estilo. Em uma loja do bairro do Bom Retiro, a especialidade é o jeans tamanho grande, com detalhes especiais.

Quem veste manequins maiores não precisa ficar fora de moda. A primavera-verão traz algumas tendências: o romântico, com bastante renda, o estilo mais casual, a roupa para trabalho, o estilo náutico e as estampas. Em uma das fábricas, a coleção já está praticamente pronta e os manequins vão do 44 até o 60.

A confecção treina os funcionários para deixar as mais "cheinhas" na moda. “Quando você usa uma roupa mais curtinha, mais ajustada ao corpo, fica mais moderna. A roupa larga deixa a silhueta muito grande e aumenta muito as proporções”, afirma a estilista Renata Valido.

Há quase 50 anos, a mãe de Antônia Koulioumba começou a trabalhar com manequins especiais. A loja só vende roupas do tamanho 50 ao 60 e deixa modelos de várias idades bem vestidas e com estilo. “Tudo o que a magrinha pode usar, a gordinha também pode usar, tendo um bom corte”, explica.

Fonte:g1.globo.com

Veja como turbinar sua produtividade e desempenho no trabalho


Atire a primeira pedra o profissional que nunca, em algum dia de trabalho, obteve um rendimento abaixo do esperado em suas atividades.


A verdade é que existem alguns dias que parece que acordamos com o "pé esquerdo" e não conseguimos render exatamente aquilo que somos capazes. Mas, o problema é quando esse dia passa a ser uma constante na vida do profissional e a queda de produtividade começa atrapalhar e interferir completamente na rotina da pessoa, dentro do trabalho e fora dele.


Motivos para esse marasmo improdutivo podem ser os mais variados. De acordo com a diretora executiva da SimGroup, Sueli Brusco, que é especialista em psicologia comportamental e automotivação, esses fatores podem estar vinculados diretamente às atividades exercidas pelo profissional na empresa. "Os motivos podem ser devido à gestão (liderança), ausência de metas, de transparência, e de falta de reconhecimento da equipe".


O consultor Carlos Contar, da Business Partners Consulting, aponta outras razões que também atrapalham o desempenho. "Os vilões no rendimento de um funcionário podem estar vinculados a falta de foco na atividade e do pleno entendimento de sua missão dentro da estrutura da própria organização. Além disso, podem estar ligadas ao relacionamento interpessoal com os colegas de trabalho".


Por outro lado, há aspectos ligados ao próprio colaborador que, por estarem passando por algumas patologias ou problema pessoal, podem prejudicar esse rendimento. "Muitas vezes temos problemas em áreas de nossa vida, como a financeira, intelectual, emocional, relacionamento familiar, relacionamento íntimo, ou lazer e acabamos direcionando essas outras insatisfações para área profissional" indica Daniela Lago, consultora em Recursos Humanos e professora em cursos de MBA da FGV.


E agora, como melhorar meu rendimento?



Especialistas e consultores em gestão pessoal, entrevistados pelo Portal Administradores, são unânimes em dizer que o profissional que passa por uma situação de rendimento abaixo do esperado nas tarefas, antes de tudo, deve buscar identificar qual é o problema que o atinge, para então, tomar a iniciativa na resolução do que causa essa constante improdutividade.


"Conheci várias pessoas que clamavam por ajuda e não eram ouvidas. Então elas reclamavam e não faziam nada para reverter a situação. Colocavam a culpa no chefe, na empresa, na cultura, no país. Passavam o dia olhando somente os erros dos outros e culpando todos pelos seus problemas. Nesses casos, se deve primeiro pensar por que isso está acontecendo. Será que é somente o trabalho ou existe outra área de sua vida que não está bem?", relata a consultora em Recursos Humanos, Daniela Lago.


Para a psicóloga comportamental Sueli Brusco, a dica é fazer um check-up pessoal para avaliar as habilidades e ter em mente como o empenho gerou tais resultados negativos. "A auto avaliação é uma maneira de perceber as nossas falhas, os pontos fracos e fortes quando desejamos superar barreiras. Sem essa auto análise, os erros podem persistir, ou os resultados virem com muito desgaste".


A busca pelo retorno à produtividade pode estar também ligada diretamente a motivação e auto estima do profissional. Às vezes, uma reciclagem como cursos, especializações e novas atualizações para a carreira, pode ajudar a elevar o rendimento no trabalho. "Por isso, o profissional deve estar sempre em busca de mais conhecimento e de aperfeiçoamento, além de outras ações que o motivem para desempenhar seu papel dentro da organização", destaca a consultor Carlos Contar, da Business Partners Consulting.


Mas quando se perceber que o problema da má produtividade é de cunho pessoal, falar com o chefe pode ser uma boa saída. "Converse com seu líder para que, se necessário, possa tirar uns dias de folga para resolver. Somos seres humanos, passíveis de erro e não é sempre que conseguimos entrar na empresa e 'desligar' dos problemas pessoais", relata a consultora Lago.




Estresse, o vilão invisível


O excesso de cobrança no trabalho, carga excessiva de atividades, prazos cursos, nível de instabilidade no emprego e a competição exagerada no ambiente corporativo, geralmente, fazem parte da vida dos profissionais e, em algumas situações, até funcionam para ampliar a capacidade de adaptação da pessoa no trabalho. Só que essas exigências podem afetam o ritmo físico e psicológico do indivíduo, gerando as chamadas "doenças de trabalho".


O estresse é um dos problemas mais comuns nesses casos e que também se torna um vilão quando o assunto é produtividade. Além de afetar o rendimento, esse mal pode ser percebido pela manifestação de alguns sintomas físicos: como fadiga, dor no pescoço e na cabeça, irritabilidade, sensação de angústia, insônia, falta de concentração e dificuldades na visão.




Para a especialista Sueli Brusco, "o estresse deve ser combatido desde os níveis iniciais, quando ele ainda não está comprometendo o desempenho. Quanto mais tarde deixar para tratar qualquer patologia, mais visível ela pode se tornar diante da equipe e causar um ambiente desfavorável na produtividade e junto aos colegas de trabalho".


Fernando Montero, Diretor de Operações da Human Brasil, empresa especializada na seleção e recrutamento de talentos, recomenda e destaca quatro fases para o funcionário seguir em momento de estresse. "Analise e conheça o que ocorre, tome a iniciativa (re) definindo objetivos, planeje a rotina de tarefas e, siga o plano (pré)-estabelecido".


E desorganização, influencia no rendimento?


Acúmulo de papéis, mesa desordenada, dificuldade na localização de documentos no momento necessário. Segundo a professora em cursos de MBA da FGV, Daniela Lago, a desorganização influencia sim no rendimento e esse pode ser o grande problema de perca de produtividade para muitos profissionais. "A organização de suas atividades contribui, definitivamente, para que o funcionário seja produtivo, afinal ele organiza seu tempo para as tarefas, planeja e faz com antecedência aquilo que é de sua responsabilidade. Vale ressaltar que apenas ser organizado ao planejar suas atividades não basta, é preciso partir para ação e gerar resultado".


O coach Carlos Contar relata que "o profissional mais organizado possui uma maior noção de prazos, tarefas a serem feitas e seus respectivos impactos, bem como, tem uma maior agilidade na rotina do dia-a-dia".


Uma medida prática para organizar está relacionada com o adequado manejo das interrupções no trabalho.

Fernando Montero, Diretor de Operações da Human Brasil, relata um desses modelos. "É conveniente se programar para uma hora de tranquilidade diária (melhor pela manhã), onde normalmente não estamos para ninguém. Este momento tem por objetivo possibilitar-lhe se dedicar nas tarefas importantes e na organização de sua mesa com tranquilidade absoluta".


Quero minha motivação e produtividade de volta!


A melhor forma para aumentar o rendimento nas atividades é fazer o que gosta, com dedicação e domínio sobre o assunto. Essa relação de aumento na produtividade está muito ligada com a motivação, por isso, buscar realizar com satisfação e prazer às tarefas diárias é muito vantajoso para alcançar os melhores resultados.


Mas se você está realizando um trabalho que não lhe agrada ou não lhe satisfaz há algum tempo, então, deve pensar seriamente sobre o rumo que sua carreira está tomando e se não é à hora de buscar novos caminhos para a sua profissão. Talvez uma atividade nova, uma mudança de foco numa tarefa ou na área. Se isso não resolver, talvez seja o momento de pensar em mudar de empresa.


Só que a especialista Daniela Lago faz uma advertência. "Vale a ressalva de que é fundamental saber o que realmente se quer da carreira antes de sair mudando de empresa. Pois não adianta nada você mudar de ambiente e levar junto sua insatisfação com o trabalho, pois os problemas na nova empresa tendem a se repetir".


A chave contra o marasmo improdutivo e a queda de produtividade deve partir de cada um, para que assim seja possível almejar sempre a melhor performance dentro da carreira.


Veja os seis pilares da auto-estima a ser praticado para reverter o quadro de desmotivação no trabalho e ser uma boa influência com os colegas, indicados pelo consultor Fernando Montero.


a) Viver conscientemente.
b) Aceitar a si mesmo.
c) Responsabilizar-se pelas próprias ações.
d) Auto afirmar-se.
e) Viver com propósito e assumir desafios.
f) Atuar com integridade e ética em suas ações.



Fonte:administradores.com.br

domingo, 18 de julho de 2010

Como saber se os clientes estão mesmo sendo bem atendidos?


A contratação de “espiões” ajuda a detectar falhas no relacionamento com os consumidores.
Um cliente um tanto estranho visitou, no ano passado, 40 lojas de móveis modulados da Todeschini no estado do Rio de Janeiro. Conversava com os funcionários, analisava com cuidado os produtos, pedia projetos e orçamentos, mesmo sem nenhuma intenção de trocar a mobília de casa. Os vendedores não sabiam, mas tratava-se de um “cliente oculto”, enviado pela fábrica para avaliar os serviços de seus revendedores — e também os da concorrência.

A estratégia se repete, em média, duas vezes por ano em algumas das 330 lojas da rede no país. Com base nos relatos dos “espiões”, a empresa já adotou várias medidas, como a padronização do formato de orçamentos e a criação de cursos para que os funcionários ampliem os conhecimentos técnicos sobre os produtos e aprendam a usar melhor o software para elaboração de projetos. “Os clientes ocultos apontam oportunidades de melhorias que poderíamos não enxergar de outra forma”, afirma Nereu Conzatti, gerente geral de vendas da Todeschini.

Os espiões de Conzatti são enviados por uma consultoria especializada. Para ditar o rumo da pesquisa, ele informa o que pretende avaliar logo ao contratar o serviço — normalmente, são fatores como o desempenho dos vendedores, a decoração das lojas e as formas de negociação do pagamento. Conforme o objetivo, muda o perfil do comprador secreto. Para avaliar o conhecimento técnico dos funcionários, por exemplo, arquitetos fazem as vezes de consumidores.

A Todeschini tem acesso aos resultados dos levantamentos por meio de relatórios. Mas há empresas que preferem receber imagens captadas por câmeras ocultas portadas pelos compradores secretos. Essa opção é mais barata porque exige menor quantidade de visitas aos pontos de venda, segundo Eduardo Macedo, diretor da consultoria especializada em varejo Gouvêa de Sousa & MD — que costuma cobrar de R$ 20 mil a R$ 25 mil pelo pacote de dez filmagens. Para aqueles que não podem gastar tanto, Macedo sugere duas estratégias. “Uma boa ideia para os lojistas é se unir em grupos para que cada um relate o que viu na loja do outro”, diz. Outra possibilidade é recrutar “espiões” entre os clientes e remunerá-los com vales-compras.

Mas de nada adianta recorrer aos clientes ocultos sem adotar medidas para corrigir as falhas detectadas, como, por exemplo, treinamentos ou padronização de formas de trabalho. E é bom lembrar que, para manter alta a motivação da equipe, não se deve expor os funcionários flagrados no erro. “É preciso deixar claro que os problemas são de todos, não de um ou outro empregado”, orienta Macedo. Mas como avaliar se todo o processo deu mesmo resultado? Chega a vez de novos espiões entrarem em ação


Fonte:revistapegn.globo.com

COSTURAR É ARTE


Conheça o dia a dia do trabalho da costureira e saiba porque o trabalho é importante para as confecções.


A arte de costurar é antiga. Segundo dados do site Wikipedia, foram encontradas agulhas primitivas feitas com ossos e marfim, datadas de mais de 30 mil anos. Há anos foi descoberta a cidade de Çatal Hüyük e junto foi revelado que ela abrigou a primeira civilização que se preocupou com roupas por motivos estéticos, valorizando a costura. Antes se acreditava que os sumérios e os egípcios tivessem sido os primeiros a terem esse tipo de preocupação.
Ao longo dos anos, a profissão foi se desenvolvendo e apesar das dificuldades que vem enfrentando nos últimos tempos, a costureira continua sendo e sempre será peça-chave para o setor confeccionista e não é a toa que Lela Barbosa Torre, sócia da marca de moda infantil Chicletaria diz que elas são a alma do negócio. "Queremos roupas que vistam bem e tenham acabamento impecável. Nossas costureiras não são só profissionais, são pessoas qualificadas que fazem parte da história da marca, haja vista que temos costureiras que estão conosco desde o nosso início, há 30 anos!", conta.
Para Pedro Eduardo Fortes, diretor executivo do Sindivestuário (Sindicato da Indústria do Vestuário de São Paulo), a costureira é fundamental para qualquer confecção, pois sem ela não é gerado o produto. Mas como nem tudo é flores, essa profissão que é bem vista na cadeia produtiva e que leva consigo boa parte da responsabilidade sobre a qualidade do produto, não está sendo seguida pelas novas gerações. "As principais dificuldades para a contratação de costureiras é a falta de profissionais no mercado, pois a cada ano menos profissionais se voltam ao setor, procurando atividades menos desgastantes. Na confecção o trabalho é constante, intermitente, que exige qualidade, produtividade, e se outro setor oferece condições financeiras iguais, a costureira prefere mudar de ramo. Formamos profissionais, principalmente no SENAI, mas não é suficiente para atender a demanda das industrias", explica Fortes.

Qualificação profissional
Escolas em todo o país investem em cursos voltados para a área de costura, buscando o aperfeiçoamento da profissão. Um dos exemplos é a Escola de Moda Sigbol Fashion, que oferece os cursos de Piloteira e de Costura e Acabamento em vários níveis. "De um modo geral, em todos os cursos da área de Modelagem e Costura, o aluno aprende a costurar peças de acordo com o objetivo do curso. Buscamos fazer com que o aluno entenda o processo de fabricação da peça do vestuário do princípio ao fim, além de se familiarizar com os aparelhos e acessórios de máquinas, que possam facilitar e agilizar a produção, proporcionando qualidade na costura", conta Aluízio Freitas, diretor da escola.
Aluízio acredita que quanto melhor qualificado o profissional, maior a possibilidade de obter uma vaga na hora da contratação. "É importante que a costureira, além de saber costurar, conheça também tecidos, máquinas e seus respectivos acessórios, montagem das peças, e até mesmo a modelagem, pois isso certamente fará a diferença numa trajetória profissional".
O SENAI de Santa Catarina também oferece cursos profissionalizantes voltados para quem tem interesse em ingressar na profissão ou se atualizar. Evelina Bauler, diretora adjunta do SENAI em Blumenau, acredita que a principal dificuldade das costureiras é com o passar dos anos, já que as profissionais estão se aposentando e os jovens que estão iniciando suas profissões não querem mais ser costureiros ou costureiras, ou seja, para eles é mais importante dizer que são secretárias ou balconistas, do que serem costureiros.
Santa Catarina conta com 6.415 confecções de artigos de vestuário e acessórios e 49.250 operadores de máquinas para costura de vestuário, segundo fontes do MTE - RAIS 2008. Diante deste cenário, a proposta do SENAI no estado é oferecer condições de competitividade ao setor industrial e de empregabilidade aos trabalhadores. "Se há demanda por determinado profissional, como é o caso das costureiras, nós realizamos os cursos. É um benefício para empresas e trabalhadores", diz Bauler.
O Sindvest Maringá também se preocupa com a formação de suas costureiras e realiza mensalmente cursos, palestras e treinamentos, visando o crescimento das indústrias e a profissionalização do setor na região. "Contamos com uma parceria com o SENAI de Maringá e com a Prefeitura para a qualificação gratuita de mão de obra", enfatiza Carlos Roberto Pechek.

O que dizem as peças-chave das confecções?
Geralmente trabalhar com costura surge de uma necessidade financeira ou até mesmo por puro hobby. Um grande exemplo é a costureira Maria Edna Leite Machado, que trabalha com costura há 20 anos e há 4 possui sua própria oficina. "Sempre tive vontade de aprender a costurar e ficava curiosa quando via os outros costurando. Eu adoro costurar e quero me aperfeiçoar mais, por isso estou fazendo um curso de Corte e Modelagem na Sigbol, aos sábados". O dia a dia de trabalho de Maria Edna é sempre corrido. "Retiramos nas confecções do Brás com quem trabalhamos os tecidos já cortados, e quando as peças ficam prontas, entregamos para eles. A oficina funciona das 7h00 às 17h00, mas eu sempre fico um pouco mais, até finalizar o serviço do dia. Além de costurar, ainda cuido de casa e das crianças". Apesar da correria, a costureira não esquece da qualidade. "As confecções buscam numa costureira perfeição nas peças, a costura não pode ser malfeita e o local de trabalho tem que estar sempre limpo".
Maria de Fátima Araújo Barroso, costureira e gerente da confecção Yinveja, trabalha como costureira há 30 anos. "Não foi uma escolha, na verdade comecei como ajudante numa empresa de costura e no segundo dia de trabalho o proprietário me passou para a função de costureira e aí fui aprendendo aos poucos". Fátima, que não gosta muito de costurar, diz que fica satisfeita quando vê o resultado de seu trabalho. "Tem dias que trabalho muito e outros que são mais calmos. Trabalho de segunda a sexta-feira e costuro o dia todo, pois a roupa já vem cortada. Quando passo o dia todo costurando, à noite ainda sonho que estou trabalhando e no outro dia já acordo cansada".

O que as confecções esperam do profissional da costura?
A cidade de São Paulo conta com cerca de 4.500 confecções, sendo 87% de micro e pequeno porte, tendo até 50 profissionais em seu quadro de funcionários. Entre elas estão a Chicletaria, a Yizzia e a Ynveja, que conhecem bem as dificuldades em encontrar profissionais, já que com a falta de procura, cresce a demanda. Lela Barbosa Torre, sócia da Chicletaria, grife de moda infantil, procura costureiras caprichosas e atentas aos detalhes, já que costuras bem acabadas e elaboradas costumam encantar os clientes. "Somente com peças bem costuradas é que nós conseguimos nos diferenciar de outras confecções, portanto a costureira é importante para o sucesso de uma marca". Lela ainda diz que a dificuldade está exatamente em encontrar profissionais com esses traços de personalidade, ou em treinar as demais para que primem pelos detalhes e acabamento perfeito. "Só profissionais totalmente comprometidos conseguem cumprir essa exigência".
Laura Chang, diretora da Yizzia, espera das costureiras que trabalhem com ela, carinho e cuidado especial em relação à marca. "Só consigo trabalhar com bom relacionamento com elas e principalmente com muito respeito. O que nós buscamos são profissionais que trabalham para elaborar peças perfeitas, reunindo estilo, beleza e qualidade, já que são muito importantes no processo".
Ronildo Pereira de Araújo, sócio-proprietário da confecção Ynveja espera das suas costureiras mão de obra de qualidade, com bom acabamento, serviço limpo e bem feito, além de rapidez na entrega. "A principal dificuldade que enfrentamos hoje é encontrar costureiras. Pelo que tenho observado, a costureira está em extinção. Os jovens não se interessam pela profissão".
O representante das cerca de 1.200 indústrias confeccionistas de Maringá e região, no Paraná, através do Sindvest Maringá (Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá e Região), Carlos Roberto Pechek, presidente da entidade e proprietário da Chek Confecções e da Zapp Confecções, afirma que as confecções necessitam de profissionais que conheçam, pelo menos, o básico da costura, como colocar linha na máquina, saber manusear mais de um maquinário e, principalmente, gostar da profissão e ser comprometido. "O setor é carente de mão de obra qualificada. Desta forma, uma costureira capacitada não encontrará dificuldade em arrumar emprego". Hoje Maringá e região contam com aproximadamente 18 mil costureiras. Apesar disso, ainda existem em torno de 2 mil vagas para o cargo de costureira nas cidades.

Representante em São Paulo
Representante de peso da profissão, o Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, que surgiu como uma associação de trabalhadores que atuavam na indústria de costura de São Paulo, e em 17 de setembro de 1952, recebeu a Carta Sindical oficializando a entidade como Sindicato, defende os interesses da categoria. Eunice Cabral, presidente do Sindicato, é também presidente da CONACCOVEST/Brasil (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, de Vestuário, de Couro e Calçados); vice-presidente da Força Sindical; vice-presidente das Américas da International Textile, Garment & Leather Workers Federation; entre outros cargos importantes. "O Sindicato oferece cursos de qualificação; orientação na questão de saúde e segurança no trabalho; palestras; orientação quanto aos direitos e deveres do trabalhador; encontros mensais no Sítio Escola, em Mogi das Cruzes; e assistência médica", conta Cabral.
Em São Paulo, conforme Lei nº 14485, da Câmara Municipal de São Paulo, sancionada em 19 de julho de 2007, o Dia da Costureira é comemorado em 17 de setembro e não no dia 25 de maio, como diz o calendário nacional. Eunice Cabral diz que o Sindicato está lutando para tornar a data em setembro reconhecida nacionalmente.

Pisos salariais em São Paulo e em Maringá
Em São Paulo, os pisos salariais das costureiras são: Entrante R$ 520,00; Não Qualificado R$ 583,15; Qualificado R$ 766,12; e Diferenciado, que engloba as funções de costureira piloteira, riscador, encaixador, operador de máquina de corte, operador de CAD/CAM, estilista e modelista, R$ 850,65. "Hoje o piso da categoria Costureiras é um dos maiores do país e o nosso piso em São Paulo, do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, no setor, é o mais alto do Brasil", destaca Eunice Cabral.
Pedro Fortes acredita que a profissão é valorizada. "Procura-se dentro do possível, dentro da realidade do mercado, prover de remuneração compatível com outras categorias, procura-se estender benefícios, desde que o custo seja compatível com o preço a ser absorvido pelo mercado".
Em Maringá, segundo a convenção coletiva do setor, o piso salarial da profissão é de R$ 600,00.






SAIBA ONDE ESTUDAR A ARTE DA COSTURA:

São Paulo
Sigbol Fashion - (11) 5081-6361
SENAI Vestuário - (11) 3361-3787
Instituto da Costura - (11) 3842-7060

Minas Gerais
SENAI MODATEC - (31) 3484-9902

Santa Catarina
SENAI SC - (48) 3231-4100

Pernambuco
Escola Técnica SENAI Caruaru - (81) 2103-2775

Paraná
Escola Técnica de Corte e Costura Kaefer - (41) 3222-0291
SENAI Paraná (Umuarama) - (44) 3626-8478

Goiás
Escola de Corte e Costura Exato - (62) 3941-0118
Fatec Senai Roberto Mange (Anápolis) - (62) 3902-6200

Rio de Janeiro
Esca (Escola de Costura e Artesanato) - (21) 3826-1847
SENAI / CETIQT - (21) 2582-1001