As
apreensões foram realizadas em vários endereços nesta Capital depois
que a Polícia identificou os líderes da quadrilha através de
interceptações telefônicas legais. O grupo ainda vendia os produtos
falsos para outros Estados
Sete
pessoas presas, mais de 30 mil peças apreendidas e a desarticulação de
um esquema criminoso que rendia a uma quadrilha cerca de R$ 1,2 milhão
por mês.
Este foi o resultado de uma operação policial que durou seis meses e
foi concluída, ontem, pela Polícia Civil cearense no combate à
falsificação de roupas de marca.
A investigação, chefiada pelo delegado Valdir Cavalcante de Paula
Passos, contou com o apoio da Justiça e do Ministério Público Estadual
(MPE).
Conforme a Polícia, uma rede de comerciantes se instalou em Fortaleza
para fabricar e vender roupas falsificadas, conseguindo ´exportá-las´
também para os Estados de São Paulo, Pernambuco, Amazonas e Distrito
Federal.
O volume de mercadorias falsas chegou a uma quantidade tão grande que
o Ceará passou a ser procurado por falsificadores de várias partes do
País.
Os donos das marcas que estavam sendo fraudadas decidiram se unir
contra a ´pirataria´ e fundaram uma associação. Com mais força,
procuraram a Polícia Civil e o Ministério Público do Ceará em busca de
providências que estancassem a ação criminosa.
Segundo o delegado Valdir Cavalcante, durante a investigação foi
necessária a quebra de sigilo telefônico dos ´cabeças´ da rede de
falsificadores.
A ´escuta´ telefônica permitiu a identificação de todos os acusados e
medir a extensão da fraude. A interceptação durou cerca de dois meses e
foi acompanhada pelo Ministério Público.
Com as provas colhidas pela Polícia, a Justiça decretou a prisão das
sete pessoas, que passaram cerca de 40 dias detidas e foram libertadas,
mas continuam sendo processadas.
Conforme o delegado Valdir Cavalcante, este foi o desdobramento da
´Operação Surf Wear´, realizada em 2011 e que também resultou na prisão
de sete pessoas.
Apreensões
Além das prisões, as equipes da Polícia Civil fizeram a apreensão de
15 máquinas industriais, cinco meses de corte e cerca de 100 mil botões.
As 30 mil peças falsificadas (calças, calções, bermudas, blusas e
camisas) foram encaminhadas para a Perícia.
Com a chegada da época de Natal e Ano-Novo, as autoridades planejam
redobrar as operações contra a ´pirataria´, principalmente no Centro,
onde aumenta o fluxo de comerciantes informais de confecções e outros
produtos falsificados.
Valor
300 mil reais por semana eram obtidos pelos comerciantes que montaram
o esquema de fraude. Roupas falsificadas vinham sendo vendidas em
quatro Estados.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário