Setor têxtil cearense é um dos mais importantes da sua área no país, mas nesta década vem sofrendo um processo de diminuição de sua relevância econômica para o estado e o Brasil
No topo do setor têxtil do país, o Ceará ocupa a liderança nacional na fabricação de fios, índigo e lingerie. Mesmo se destacando, o tradicional setor manufatureiro cearense está perdendo espaço na economia e, principalmente, no mercado externo – um reflexo da falta de foco da política econômica brasileira. No contexto do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, entre os anos 2000 e 2009 o setor têxtil superou a queda sofrida pela indústria de transformação, de maneira geral. Em termos percentuais, enquanto o setor industrial cearense reduziu sua participação no PIB de 13,53% (2000) para 12,31%, os produtos têxteis despencaram de 3,12% (2000) para 0,71% (2009).
“O setor têxtil cearense é um dos melhores da sua área no Brasil, mas infelizmente nesta década está sofrendo um processo de diminuição na sua importância dentro da economia. As informações que temos nos dão essa convicção”, ratifica o economista Pedro Jorge Ramos Vianna, gerente da Unidade de Economia e Estatística do Instituto de Desenvolvimento Industrial (INDI), organismo da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). Para ele, falta ao Brasil um projeto de desenvolvimento que indique até onde o país planeja chegar. “Planos pontuais e isolados não levarão ao crescimento sustentável”, diz.
Outro indício de que o setor considerado gigante na economia do Ceará está perdendo espaço é a redução da participação da indústria têxtil cearense no consumo de energia elétrica. “Se observamos o consumo de energia da indústria e compararmos os anos de 2004 e 2009, veremos que o setor têxtil absorvia à época 35,91% do consumo industrial cearense. Em 2009, a participação como consumidora caiu para 30,89%”, reforça Pedro Jorge.
Exportações
Outro dado que permite a comparação diz respeito às exportações. Enquanto em 2000 o setor têxtil cearense respondia por 30,6% das exportações de produtos industrializados em nosso estado, no ano passado a representatividade do setor no contexto das vendas externas da indústria caiu para 8,32%, revelando uma queda de 22,28 pontos percentuais.
Estudo setorial do Centro Internacional de Negócios (CIN/CE) da FIEC mostra que o setor têxtil vem experimentando retração tanto na participação sobre o total exportado pelas indústrias do estado quanto em valores. Em vez de 87,3 milhões de dólares (valor exportado em 2000), o setor exportou 70,6 milhões de dólares em 2010, ou seja, um decréscimo de 19,06%.
Entre janeiro e junho de 2011, a balança comercial cearense do setor têxtil contabilizou o maior saldo comercial negativo da última década: -132,35 milhões de dólares. O saldo negativo resulta da diferença entre o valor exportado pelo segmento no período (44,26 milhões de dólares) e o montante importado (176,61 milhões de dólares). Apesar da balança deficitária, o Ceará permanece no ranking dos maiores estados exportadores têxteis do país, ocupando a quinta posição. À frente estão São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia e Paraná.
Os tecidos índigos de algodão correspondem a mais de 50% da pauta de produtos exportados pelo setor têxtil cearense em 2011. Os principais países-destino das exportações são Argentina e Holanda, com participação de 46,7% e 11,6%, respectivamente. Para o superintendente do CIN/CE, Eduardo de Castro Bezerra Neto, a indústria têxtil do Ceará precisa identificar pequenos nichos de negócio para realizar transações com eles. “A soma das vendas em pequeno volume é que resultará num volume total maior, já que os grandes mercados estão tomados pelo sistema asiático de produção semi-humana, um esquema de quase escravidão que prepondera na produção por lá”, frisa Eduardo Bezerra.
Segundo ele, não há condições de o setor têxtil do Ceará ser competitivo no mercado internacional enquanto houver o 'dumping social da Ásia'. “Enquanto um colaborador de indústria têxtil daqui tem horário predeterminado pela legislação, remuneração negociada anualmente com o sindicato e a empresa paga tributo determinado unilateralmente pelo governo sem ouvir os produtores, no sistema asiático a mão de obra trabalha em torno de dez horas por dia, os encargos são inexistentes, a tributação é mínima e as necessidades dos trabalhadores não são atendidas na proporção devida”, compara o superintendente.
Por outro lado, Eduardo Bezerra entende que o governo brasileiro precisa encarar com realismo os diferentes cenários da concorrência Brasil-Ásia e necessita de criatividade para instituir estímulos, que sejam quantitativamente capazes de operar mudanças na competitividade da produção brasileira. “O que é dito para o Brasil aplica-se do mesmo modo ao Ceará”, ratifica.
Cadeia produtiva
Se a iniciativa não parte do governo brasileiro, a articulação conjunta da cadeia produtiva – desde a fiação até a confecção –, que está em plena ascensão, desponta como o caminho mais seguro para manter a força do setor têxtil. No Ceará, a cadeia produtiva têxtil gera hoje acima de 70 000 empregos, que são distribuídos em mais de 2 500 confecções.
Em relação ao PIB industrial cearense, o Sindicato da Indústria da Fiação e Tecelagem em Geral do Estado do Ceará (Sinditêxtil/CE) informa que o setor têxtil responde por 16% do PIB da indústria de transformação. Entre indústria e comércio de moda, o estado tem mais de 1 980 empresas e 5 965 estabelecimentos, que empregam cerca de 110 900 pessoas. A perspectiva do sindicato é que sejam investidos pela cadeia têxtil cearense, em 2011, em torno de 150 milhões de reais somente na compra de equipamentos para modernizar cada vez mais o segmento.
A estratégia da entidade é promover a união do empresariado para amenizar o impacto nas empresas de fatores que compõem o Risco Brasil, como a pesada carga tributária brasileira, os juros altos e os elevados encargos trabalhistas, além da desvalorização do câmbio. “Sabemos que o segmento de manufaturados tem atualmente um déficit de 80 bilhões de dólares, conforme projeção para este ano. E o têxtil, que há três anos era superavitário, deverá fechar 2011 com um déficit de 5 bilhões de dólares”, frisa o empresário Ivan Bezerra Filho, presidente da indústria cearense Têxtil Bezerra de Menezes (TBM), que concluiu este mês seu mandato à frente do Sinditêxtil. Segundo ele, a perda de competitividade para os produtos têxteis e confecções chinesas é reflexo da falta de vontade política do governo brasileiro, “que teima em não fazer suas reformas”.
Diferencial
O setor aposta também no diferencial da moda cearense para se manter competitivo no mercado. Historicamente, o Ceará carrega influência da cultura portuguesa por meio das rendas e bordados, como o ponto cruz e a renda renascença. Essa herança contribuiu para despertar a vocação cearense do trabalho artesanal, que se tornou referência no Brasil e no exterior pelas peças decoradas com bilros, filés, labirinto e richilieu - tipo de bordado vazado, feito à máquina, geralmente produzido em linho branco. Essas obras de arte, presentes na confecção cearense, colocam o estado na terceira posição da cadeia têxtil brasileira com o setor de confecções de moda praia – em expansão no mercado de moda do Ceará.
O Anuário de Moda do Ceará 2011, lançado pelo Sinditêxtil, mostra que o estado possui o mais diversificado e organizado polo de moda do país. Concentrando a maior parte das indústrias – 16 shoppings de pronta-entrega e quatro centros de artesanato –, Fortaleza é alvo de atacadistas de outros estados que vêm à capital para comprar os mais variados produtos da moda made in Ceará.
De acordo com o sindicato, durante 30 dias, entre agosto e setembro deste ano, foram comercializados somente no mercado de Fortaleza 1,46 milhão de peças de roupas. No total, 2 bilhões de reais foram gastos em vestuário confeccionado no Ceará. O maior volume de vendas ocorreu no segmento de malharia, com a comercialização de 417 000 reais de peças, entre blusas e camisetas.
Em segundo lugar, estão os jeans (318 000 reais de peças), seguidos de roupas infantis (114 000 reais), roupas íntimas femininas (113 000 reais), roupas íntimas masculinas (97 000 reais), moda praia (69 000 reais), meias infantis (69 000 reais), artigos de cama/mesa/banho (61 000 reais), meias masculinas (40 000 reais), roupas sociais (38 000 reais) e meias femininas (33 000 reais).
O impacto da intensa movimentação dos atacadistas na economia local se reflete na geração de empregos diretos e indiretos o ano inteiro no âmbito do turismo, além de impulsionar a expansão do mercado de moda por meio de investimentos em faculdades de moda, ampliação do calendário de eventos, crescimento do número de cursos de capacitação e aumento da formalização do trabalho com o fortalecimento do empreendedor.
No varejo, as despesas com vestuário em Fortaleza, em 2010, foram puxadas pela classe B, que consumiu 450.386.866 de reais em confecções. O segundo maior consumo ficou com a classe C (317.976.342 de reais). Em seguida, estão as classes A (158.468.011 de reais), D (77.064.613 de reais) e E (2.358.256 de reais).
Anuário da moda
Em sua primeira edição, o Anuário de Moda do Ceará 2011 visa fortalecer o mercado de moda local e apresentar todos os polos cearenses. Um histórico com a evolução, os números e uma projeção para a moda no Ceará nos próximos anos farão parte da publicação.
O anuário inclui um guia de serviços completo, com contatos dos fabricantes e calendário anual de eventos. Bem mais que um registro dos empreendimentos de moda no estado, se propõe a resgatar a história da moda cearense e apresentar nosso mercado aos demais estados do país.
Além da versão impressa, o Anuário de Moda do Ceará 2011 contará com uma versão on-line, visando ampliar a visibilidade da moda made in Ceará para todo o mundo. O sitewww.anuariodemodadoceara.com.br terá ferramentas de busca e links diretos para as empresas que constam na versão impressa.
Conforme o Sinditêxtil, o site será um portal de busca de referência para o segmento da moda local e nacional. Terá parcerias com sites especializados e com a hospedagem no Diário do Nordeste On-line.
O canal direto de comunicação visa gerar oportunidades e negócios para todos que o acessarem. Empresas e profissionais poderão trocar gratuitamente ofertas de empregos, estreitando assim o canal entre a oferta e a demanda por mão
de obra qualificada.
Entrevista: Ivan Bezerra Filho
Dever cumprido
Sucessor na Têxtil Bezerra de Menezes (TBM) de seu pai, o industrial Ivan Rodrigues Bezerra, que comandou o Sinditêxtil por três gestões, o empresário Ivan Bezerra Filho acumulou nos últimos três anos as funções de vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e presidente da TBM, além de exercer mandato de três anos na presidência do Sinditêxtil – posto que passa agora para o empresário Germano Maia (veja texto coordenado na página 38). Ivan Filho diz que ao deixar a presidência do sindicato, o faz realizado porque conseguiu levar a efeito alguns de seus sonhos, dentre eles enxergar o setor têxtil como cadeia produtiva que englobasse todo o setor.
Como você descreveria o setor têxtil cearense? Nosso setor tem uma particularidade interessante. Ele foi constituído basicamente por empresários do estado. À época, existia algodão no Ceará e havia incentivos da Sudene e do governo, logo foram os próprios empresários que fizeram as empresas. Naquele momento, só havia um grupo de fora, a Vicunha, mas em sociedade com um grupo cearense. Então, tudo que se ganhou nesse setor foi reinvestido no próprio estado. É por isso que o setor é extremamente moderno e forte. O Ceará hoje é o maior produtor de índigo, de fios e de lingerie do país. É muito importante também noutros segmentos, mas nesses três é o maior. A indústria têxtil hoje é extremamente competitiva para o momento atual, mas temos grandes dificuldades em relação ao câmbio e aos impostos em cascata praticados no Brasil.
O perfil do setor ainda é o mesmo hoje? Quantas empresas e qual o número de empregos gerados? Hoje, esse perfil mudou um pouco. Falando da cadeia produtiva, atualmente vemos grandes grupos de confecções migrando do Sul do país para cá. A Marisol há algum tempo está instalada aqui e a Malwee e a Lunender acabaram de se instalar; agora há também a Zanoti, fabricante de elásticos, e várias outras. No momento, o Ceará possui acima de 2 500 confecções que geram mais de 70 000 empregos na cadeia produtiva têxtil. Isso mostra a relevância do setor.
Quais os principais desafios e ameaças? Podemos dizer que o maior deles é a concorrência com os produtos asiáticos? O maior desafio pelo qual passa o setor hoje está relacionado às reformas que o Brasil teima em não fazer. Da porta da fábrica para dentro, o segmento é extremamente competitivo. Agora, quando há impostos em cascata e gastos excessivos do governo, que fazem com que o país não baixe seus juros e o câmbio seja depreciado, fica complicado manter a competitividade lá fora. Logo, o problema brasileiro não é causado pela Ásia, mas pelo próprio governo brasileiro, que não faz suas reformas. Agora, a consequência disso é que o produto asiático entra aqui mais barato, já que a energia brasileira é a mais cara do planeta e a folha de pagamento é a mais pesada do mundo porque tem muitos encargos. Ou seja, é a consequência de o governo não fazer o dever de casa.
O setor têxtil do Ceará está realmente perdendo força com a guerra fiscal entre estados? Quais os caminhos para mudar essa realidade? Essa é mais uma aberração brasileira. Nove estados brasileiros, inclusive o Ceará, dão incentivo fiscal para se importar produtos. Enquanto a indústria nacional paga 12% ou 17 % de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o produto importado paga somente 4% e mais nada. Portanto, a guerra fiscal está prejudicando não só o setor têxtil, mas diversas atividades manufaturadas no Brasil.
É verdade que as peças de confecção importadas da Ásia possuem componentes no tingimento nocivos à saúde humana e que os fabricantes brasileiros de tecidos são proibidos de utilizar o mesmo tipo de substância no processo fabril? É difícil acreditar, mas as roupas que vêm da Ásia e da China usam corantes que no Brasil são proibidos por serem prejudiciais à saúde humana. E o Brasil deixa que a China exporte para cá produtos com esses componentes. Essa é outra aberração. Como é que não podemos produzir com esse componente, que é extremamente mais barato, e na China eles podem exportar para o Brasil? Repito: o problema brasileiro não é a China, é o governo brasileiro.
No comércio internacional, onde os maiores e principais mercados já estão cativos dos produtos asiáticos, nossa alternativa seria nos voltar aos pequenos importadores? Os pequenos nichos podem devolver a força do setor têxtil cearense nas exportações? Essa é uma visão conformista que não aceito. O Brasil tem uma indústria que sempre foi exportadora. Nós mesmos, aqui na Têxtil Bezerra de Menezes, já chegamos a exportar para 16 países e hoje não exportamos para nenhum em função da depreciação cambial. Então, procurar alguns nichos com valor agregado é uma alternativa possível, mas não deve ser a única. Onde ficam toda a produção e know-how de exportação que temos? Jogamos fora? Logo, o caminho é fazer as reformas, o governo diminuir os gastos para possibilitar a baixa dos juros. Com isso, o câmbio voltará à normalidade e o Brasil será de novo competitivo.
Como o ad rem ajudaria a reduzir a competitividade dos produtos asiáticos no mercado interno brasileiro? Qual é a dificuldade para implantá-lo no setor têxtil do Brasil? O ad rem torna mais difícil a entrada do produto ilegal. Porque ele é um valor específico por unidade de mercadoria, de no mínimo 1 dólar, e não um percentual. Então, acaba com o subfaturamento. A dificuldade para implementá-lo é que falta vontade política. O governo já implementou para os calçados, mas para o têxtil ainda não.
Faça um balanço de sua gestão à frente do Sinditêxtil. Qual o legado que deixa para a nova diretoria? Saio feliz porque nesse período realizei alguns dos meus sonhos. Um deles era enxergar o segmento têxtil como cadeia produtiva e englobar todo o setor. Para isso, conseguimos fazer o Polo Moda, que foi um projeto conjunto com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o governo do estado e a FIEC, no qual capacitamos empresários da cadeia produtiva. Fizemos também o Plano Setorial de Qualificação (PlanSeQ) para 2 000 costureiras, hoje todas empregadas. Depois, conseguimos recursos para o CTV, que é um centro tecnológico de treinamento. Conseguimos aprovar na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o dinheiro já está na conta para tocar a obra. Fizemos o guia do trabalhador têxtil para trazer o trabalhador para o nosso lado. Realizamos concurso para promover a costureira, o estilista e o designer. Conseguimos que o governo do estado desse um incentivo diferenciado para o setor têxtil. O grande aprendizado é que se temos bons projetos não faltam recursos. Em três anos, conseguimos mais de 7 milhões de reais em recursos para os nossos projetos. Deixamos o sindicato com quase um ano de despesas fixas no caixa. A grande lição é: vamos parar de reclamar e arregaçar as mangas que, com bons projetos e boas ideias, teremos dinheiro abundante para efetivarmos os projetos. Outro ponto importante é que o sindicato não é feito de um presidente, mas de todos os associados. E eles juntos fazem a diferença.
Fortalecimento e união
Aclamado por unanimidade para suceder Ivan Bezerra Filho, o empresário Germano Maia Pinto, sociodiretor da Tramix Indústria e Comércio Têxtil Ltda. – fabricante de linhas de costura e aviamentos –, tomou posse em 3 de outubro na presidência do Sinditêxtil, sindicato filiado à FIEC, para o período 2011/2014, com a promessa de manter o foco da entidade no fortalecimento e na união da cadeia têxtil.
Dentre os projetos iniciados, que terão continuidade durante sua gestão, aponta o Centro de Tecnologia da Cadeia Têxtil e do Vestuário, o Polo Moda e o PlanSeQ. “São os mais marcantes na minha visão empresarial. Esses projetos já estão na minha agenda de trabalho”, assegurou o empresário, que pretende continuar aproveitando toda a estrutura do Serviço Social da Indústria (SESI/CE) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/CE) na qualificação de mão de obra para o setor.
Germano Maia disse que dará ênfase à gestão participativa por meio da formação de parcerias com instituições que fortaleçam as ações do sindicato, como o Sistema FIEC, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Sindicato da Indústria de Confecção de Roupas e Chapéus de Senhoras do Estado do Ceará (Sindconfecções) e Sindicato da Indústria de Confecções de Roupas de Homem e Vestuário do Estado do Ceará (Sindroupas), dentre outras. “Sozinhos somos apenas elos perdidos. Sinto-me encorajado porque estou cercado de pessoas competentes para enfrentar todos os desafios”, afirmou.
Para ele, o setor têxtil está no DNA do cearense, devendo, portanto, ser tratado com respeito. “Quem não tem algum antepassado que numa máquina de costura se aventurava a fabricar roupas? Essa prática empreendedora se dissemina hoje na indústria têxtil e de confecção, gerando no Ceará mais de 60 000 empregos diretos. Nosso estado é o quarto polo brasileiro da indústria têxtil e de confecção. Somos líderes na produção de índigo, de fios e de moda íntima”, frisou Germano Maia.
Em relação ao cenário econômico mundial, lembrou que atualmente o mundo olha para o Brasil de forma especial quando se fala de investimento e da mesma forma o Brasil está olhando para o Ceará. “A gente tem de saber aproveitar com sabedoria esse momento”, alerta o líder classista, que garante estar consciente de que “a missão de presidir o Sinditêxtil é de extrema responsabilidade”.
Ao dar posse à nova diretoria, o presidente da FIEC, Roberto Proença de Macêdo, destacou que o sindicato é um dos mais ativos da Federação e também um dos mais importantes no aspecto econômico, de prestígio e atuação nacional e pela liderança que exerce sobre toda a cadeia têxtil cearense.
Segundo Roberto Macêdo, o Ceará vai voltar a ser destaque nacional na cadeia têxtil e de confecção. “Vamos superar o fantasma da China. Temos design e qualidade. Agora, é nos mover nessa direção. Desejo sucesso e força à nova diretoria para enfrentar a crise mundial e eventualmente crises setoriais.”
Diretoria Sinditêxtil 2011-2014
Germano Maia Pinto - presidente
Fábio Diniz Pinheiro - 1° vice-presidente
Rafael Cabral - vice-presidente administrativo
Maurício Targino - vice-presidente administrativo adjunto
Graziela Teixeira - vice-presidente financeiro
Leandro Pereira de Araujo - vice-presidente financeiro adjunto
Delegados na FIEC:
Titular: Germano Maia Pinto
Suplentes: Fábio Diniz Pinheiro e Rafael Cabral
Conselho fiscal: Eduardo Machado, Alexandre Kang e Franzé Fontenelle. Suplência: Cláudio Milério, Alcidez Zulian e Manoel Trajano
Conselho consultivo: Germano Maia, Ivan Bezerra Filho, Verônica Perdigão, Paulo Baquit, Assis Machado e Raimundo Delfino
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