Você já parou para pensar na riqueza que cerca o futebol no Brasil?
Não estou falando nas transações milionárias, não!
Pode considerar o pipoqueiro, o sorveteiro, o cortador de grama, os bilheteiros, o pessoal da manutenção, os médicos, comentaristas, equipes de TV, empresas ligadas à moda, atletas, técnicos, preparadores físicos, nutricionistas, agências de propaganda, lojas de material esportivo e toda a indústria e prestadores de serviços que atende esse segmento.
Sim, agora podemos falar em dinheiro. Pensemos no futebol como indústria e espetáculo.
Quanto vale isso?
O bebê nasce, pronto, lá está ele na foto, ostentando o símbolo do clube do pai, da mãe, do tio como provocação e tentativa de adição de mais um futuro torcedor.
Considere que num passe de mágica, a partir de amanhã, isso deixasse de existir. Qual seria o impacto no mercado?
Quantas pessoas seriam postas na rua, por conta do desaparecimento do segmento?
O assunto está desagradável? Que tal dar um tom mais colorido?
Vamos, então, organizar o segmento. A partir de agora chega de amadorismo, vamos tratar o assunto como merece. Gestão total, como se fosse uma empresa com ações na bolsa de valores. Caiu a cotação, caem os gestores!
Qual seria a riqueza gerada e principalmente empregos?
Gostou da idéia?
Eu também, mas fica uma pergunta: por que não fazemos isso?
Cultura, nosso jeitão, futebol sempre foi assim, falta qualificação, não temos expertise?
Se quiser pode ajudar na lista. Isso só contribui para a reflexão!
Hoje, com tantas transmissões ao vivo e com a qualidade das imagens, ficamos, literalmente, babando com os estádios e a organização que vemos no exterior, não é verdade?
Compramos camisas de times estrangeiros! Brasileiros, não poucos, não só torcem, mas são capazes de falar, sem qualquer erro, a escalação do seu time do coração, que está no além, mas muito além mar.
Seriam eles, lá fora, capazes de fazer o mesmo, com a mesma empolgação? - Lembrando sempre que nossos atletas são respeitados pela arte que desenvolvem.
Não, com certeza não contamos com esse privilégio.
Pois é, a próxima copa do mundo será no Brasil. Que ganhos teremos com isso?
Ah, queremos ganhar o “caneco”!
Ta, e depois?
Isso nos ajudará a exportar mais?
Passada a copa, o fluxo do turismo aumentará?
Tivessem que responder essa pergunta, muitos diriam: Claro!
E que tal, tentar responder estas três: o quê, onde e por quê?
Dois aspectos são fundamentais para que um país ganhe visibilidade: sua arte e sua cultura precisam ser absorvidas além de suas fronteiras.
O rock é brasileiro? Não, mas como o absorvemos, o consumimos e tudo que o cerca.
E que tal o café brasileiro? Olha lá, esse leva nossa cultura e nossa arte. Grande representante!
E a tequila? Essa consumimos.
Vem com cultura e arte? Lógico!
É verdade que alguns produtos já incorporamos, e nem nos damos conta que a palavra que o denomina é estrangeira. Ora, mas vá lá na raiz e veja se quando chegou não trouxe arte e cultura.
Quem sabe um dia mudamos o modelo de gestão do futebol, para que ele, como empresa, não tenha tantas limitações e possam gerar mais lucros e, claro, substanciais excedentes de caixa.
Nesse ínterim, só podemos lamentar ao ver o futebol como uma empresa limitada.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
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