Educação é um aspecto determinante para o desenvolvimento das empresas e, consequentemente, de um país.
Neste momento em que o Brasil e a América Latina surfam em boas ondas, o tema se torna ainda mais relevante. Os discursos sobre a necessidade de proporcionar educação e formação profissional adequadas estão na pauta do dia.
De um lado, temos jovens diplomados que não encontram oportunidades, do outro, empresas que não conseguem preencher vagas devido à falta de qualificação dos candidatos.
Quem nós costumamos ouvir com freqüência? Normalmente as empresas, certo?
E os candidatos? Às vezes, quando os encontramos em longas filas!
Estamos ouvindo o jovem universitário, o recém-formado e também aqueles cujas experiências preencherão os requisitos das vagas e ainda “sobrarão” um pouco?
Poucas vezes!
Recebo, com freqüência, e-mails perguntando se teria candidatos para indicar para algumas áreas.
Um dia, antes de responder, notei que vários colegas já me haviam feito essa pergunta.
Não só havia indicado como encaminhado alguns currículuns.
As vagas foram preenchidas? Não!
Não seriam os candidatos qualificados?
Qualificadíssimos!
O que deu errado?
Os salários oferecidos não atendiam as expectativas.
Tenho ouvido, por conta dessa barreira, algumas histórias interessantes.
Muitos contratantes têm se esforçado para convencer os candidatos a aceitarem suas propostas, ainda que com salários menores do que os que recebem, com o argumento que passarão a fazer parte de uma grande organização ou de uma empresa bem estruturada.
Um argumento frágil, uma saída arriscada, mas...
Ainda que consigam, quando tempo esses gestores acham que vão manter as pessoas contratadas?
Quanto tempo pode durar a duvidosa promessa de crescimento profissional?
Aproveitei e fui checar as propostas. Verdade!
E sobre o crescimento?
Ah, quando... se...a hora que crescermos, eles crescerão conosco!
O mesmo foi dito para o colaborador que saiu? Sim, por isso saiu.
Quem já cresceu com a empresa?
Rápido, vamos diga lá!
Ta difícil, “né”?
Pois é...
É a primeira vez que sentem essa carência?
Não, as perdas profissionais são frequentes.
Por que razão os colaboradores deixariam as organizações? Simples, eles encontram novos empregos e se vão!
Isso me faz lembrar uma passagem contada por um amigo. Dizia que trabalhava muito e não via perspectivas de crescimento e melhoria salarial naquela empresa. Estava de olho no mercado, procurando oportunidades, ainda que isso não lhe tirasse a “garra” para desenvolver suas atribuições.
O chefe, satisfeito com seu desempenho, não deixava de perguntar se ele estava feliz.
Desconfiava que a afirmativa manteria a inércia, então um dia, após a rotineira pergunta, olhou para o chefe e disse que ele cuidaria da empresa e este deveria cuidar da sua permanência.
Uma pesquisa salarial foi feita e algumas permanências foram “cuidadas”.
Educação para gestão tem o propósito de preparar as pessoas também para tratar dessas questões.
A qualificação precisa estar presente nas duas pontas da mesa: Qualificação do candidato e do propositor.
Muitas empresas, que estão em busca de profissionais qualificados, perderam os que tinham e não formaram substitutos. Outras, crescendo, não estão qualificadas para formá-los.
E há aquelas que esperam um milagre!
Dissipada a nuvem, fica uma pergunta: se não estamos formando profissionais nas nossas empresas, onde entra o tal plano de carreira?
Bom, enquanto não temos respostas, as notícias continuarão sendo de faltas crescentes, se profissionais qualificados não receberem propostas qualificadas.
Sua pesquisa salarial está em dia?
Olha a qualificação!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br
Twitter: @ivanpostigo
Skype: Ivan.postigo
Autor dos trabalhos
Livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área ...
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
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