As novas etiquetas terão estatura e medidas de ombros, busto, cintura, quadril e pernas, semelhante ao modelo usado nos Estados Unidos. O objetivo é facilitar na hora das compras.
Na hora de comprar roupa, todo mundo sabe: tem que experimentar, experimentar muito. muitas vezes, até a exaustão. A gente olha o número, mas as vezes falta, as vezes sobra.
Aquele tradicional P, M e G, e o 40 que não é 40, o 42 que não é 42. Isso tirando os sapatos. Mas essa numeração pode mudar completamente. A indústria está estudando uma nova etiqueta para as roupas femininas, onde serão detalhadas várias medidas.
Quem é a mulher brasileira? Um metro e oitenta de altura, 50 e poucos quilos, 90 centímetros de busto, 60 de cintura e 90 de quadril: as medidas padrão de modelo internacional, que fazem qualquer roupa ficar deslumbrante, mas que não são as mesmas da grande massa das mulheres do Brasil.
“Eu acho que o brasileiro é uma mistura de tudo, não dá pra caracterizar um padrão realmente. Eu acho que o povo brasileiro tem uma mistura de todas as raças, culturas e por isso que é um povo tão bonito”, conta a assistente de marketing Natascha Thieni.
“A mulher brasileira não é como muitas vitrines mostram, com essas medidas bem fininhas e tal. Mulher brasileira é uma mulher que não é muito gorda, mas também não é magra esquelética, ela tem um corpo ali proporcional, eu acho”, diz a vice-diretora de escola Cassiana de Jesus Barbosa.
Na busca pela roupa ideal, a mulher chega ao provador carregada e demora pra escolher.
“Pra mim, varia de 36 ao 40, então eu tenho bastante trabalho. Depende, cada marca é um número”, explica a publicitária Angela Ustulin.
Com a falta de padronização no mercado, achar o tamanho certo, muitas vezes, demanda tempo e paciência. Para facilitar o lado de quem compra e até de quem vende, a indústria do vestuário começa a discutir mudanças nas roupas femininas. A idéia é substituir a numeração nas etiquetas pelas medidas das roupas e oferecer também uma variedade maior de tamanhos.
“Vai ser importante pro vendedor, pro lojista e pra nós da indústria, que nos vamos sabendo ao longo do tempo qual é realmente o tamanho do povo brasileiro, aquele que vende mais”, explica o presidente da Abravest, Roberto Chadad.
“Tem umas coisas no quadril dá certo, na cintura sobra ou falta e muitas vezes, o que mais dá trabalho para gente de ajuste seria a barra”, conta a gerente de loja Claudia Magalhaes.
“Na altura, no comprimento, sempre precisa ajustar alguma coisa”, conta uma mulher.
As novas etiquetas deverão trazer estatura e medidas de ombros, busto, cintura, quadril e pernas, semelhante ao modelo usado nos Estados Unidos, que permite escolher as roupas sem experimentar e viabiliza até a venda pela internet, um serviço que aqui, de acordo com a Abravest, ainda não funciona.
"É com o objetivo final de melhorar as vendas, agilizar as vendas e dar ao consumidor a satisfação pessoal que ele sempre queria ter quando da compra da roupa e às vezes, ele fica prejudicado, porque leva um produto inadequado e fica insatisfeito”, afirma Roberto Chadad.
“Fica bem mais fácil, se você tiver as suas medidas, não precisa ficar provando muito. Você já vai checando ali e não perde tanto tempo”, diz uma mulher.
“Se você sabe sua medida, você vai lá e já pega na medida certa”, diz outra mulher.
A expectativa da Associação Brasileira do Vestuário é que até o final do semestre as novas regras para a padronização das roupas femininas já tenham sido definidas. Agora, o que seria bom mesmo é se cada loja de roupa, principalmente de roupa feminina, tivesse uma costureira de plantão para fazer todos os ajustes na hora, principalmente na barra e na cintura.
FONTE: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/01/roupas-femininas...
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