terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Estudo da Engenharia Têxtil da FEI, diz que as novas calcinhas de lingerie não favorecem fungos

Esta e mais três pesquisas foram desenvolvidas pelos novos engenheiros têxteis que a FEI acaba de preparar para o mercado.

Sabe aquela famosa recomendação médica de que a mulher só deve usar calcinha de algodão? Foi pensando em averiguar tecnicamente esse conselho que uma aluna do curso de Engenharia Têxtil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) realizou um estudo que compara a umidade em lingeries de poliamida e algodão. Esta e mais três pesquisas marcam o encerramento de mais uma turma de novos engenheiros têxteis que a FEI acaba de preparar para o mercado.

No estudo - Comparação do Gerenciamento de Umidade em Lingeries de Poliamida e Algodão -, a formanda Maria Carolina Garcia Peixoto, de 23 anos, mostra que as atuais malhas sintéticas de calcinhas não contribuem para o aumento da umidade e da temperatura local, ou seja, o ambiente não fica propício ao crescimento de fungos.

A aluna realizou ensaios com cinco tipos de malha de lingerie, sendo duas usadas nos anos 80 (poliamida com elastano em malha de urdume e 100% algodão) e três atuais (poliamida microfibra texturizada com elastano em malha circular, malha de algodão com elastano e malha de ordume com poliamida microfibra).

“A afirmação da área médica que novos tipos de malhas são favoráveis para o aumento de fungos não é válida, pois as malhas atuais tiveram o mesmo desempenho que as malhas de algodão usadas na década de 80”, explica Maria Carolina.

Para chegar ao resultado foram realizados testes de gerenciamento de umidade, que inclui permeabilidade ao vapor de água para mostrar a quantidade de vapor que passa pela camada do tecido, e transporte de líquido por capilaridade, que tem o objetivo de identificar a quantidade de líquido que o tecido consegue transportar através dos espaços dos fios e fibras ou filamentos. Segundo Maria Carolina, a pesquisa também comprovou que todos os forros das calcinhas são 100% algodão sem elastano.

O melhor resultado obtido foi com a microfibra texturizada com elastano em malha circular, que apresentou o mesmo desempenho que a malha de algodão, ou seja, não é favorável a proliferação de fungos.

Já a malha de urdume (conjunto de fios dispostos longitudinalmente através dos quais a trama é tecida) se mostrou mais favorável a fungos por apresentar pior desempenho nos testes de gerenciamento de umidade. “Quanto maior a quantidade de líquido que o tecido consegue transportar, melhor. Dessa forma, o tecido não gruda na pele”, explica.

OUTRAS PESQUISAS

Outro estudo de formados da FEI é uma pesquisa feita com denin fabricado com elasterell-p (fibra bicomponente) e denin fabricado com elastano (lycra). O trabalho compara características de durabilidade, alongamento e elasticidade entre jeans produzido com algodão e elastano e jeans feito com algodão e elasterell-p.

Os estudantes contam que o uso elasterell-p na fabricação de jeans vem sendo apontada como uma ótima oportunidade devido a sua alta resistência às diversas condições de lavagens.A influência do tamanho da entremalha nas características físicas de malhas Kettenstuhl foi alvo de outro estudo, que analisa as diferentes ligações (tamanho da entremalha e posicionamento das barras) nas características de gramatura, resistência à abrasão, resistência à ruptura e alongamento de malhas de kettenstuhl feitas com fio de filamento de poliamida a fim de permitir um melhor direcionamento no desenvolvimento de novos produtos.

OUTRA PESQUISA

A Influência das Lavagens nas Perdas de Propriedades dos Tecidos 100% Recuperados - estuda a influência da lavagem caseira nas perdas de propriedades dos tecidos produzidos com fios oriundos de matéria-prima 100% recuperada nas características de pilling, resistência à abrasão, resistência à ruptura e estabilidade dimensional comparativamente com artigos similares oriundos de matéria-prima virgem.


Fonte:marcondesviana.blogspot.com



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