Mesmo trabalhando com os mesmo produtos, a moda se renova
As vitrinas começam a exibir nas lojas as tendências para o verão. Mesmo trabalhando com os mesmos produtos, a moda sempre se renova. Muitos leitores escrevem com a curiosidade de saber como acontece esse processo que resulta coeso, criativo e sedutor a cada nova temporada.
O percurso da moda, desde o momento da concepção como tendência até chegar às vitrinas, é longo. Um estilista chega a ter 200 colaboradores, por isso a moda não nasce ao acaso. É fruto de uma pesquisa incessante em cima do que pode virar consumo. O mecanismo é complicado e requer pelo menos três anos para chegar até a loja. O processo começa filtrando correntes que vêm das ruas, sentimentos, acontecimentos, anseios e desejos, transformando esse caldeirão cultural em tendências que unem em estilo e cores os lançamentos da temporada.
- Elaboradas as tendências, indústrias poderosas saem em pesquisa de matéria-prima. Interesses políticos, econômicos e sociais muitas vezes definem mais a moda que a criatividade de um estilista.
- A falta ou abundância de alguns pigmentos determinam as cores, mas é importante mudar, não importa o tom.
- Concluídas as pesquisas e localizada a matéria-prima, entra no circuito o chamado CCIMM, organismo que centraliza essas decisões e se comporta como um centro internacional de negócios voltado ao mercado de moda. Os "bureaux de style" (escritórios onde são elaboradas e organizadas as cores e volumes) começam a preparar os tons e as texturas de fios em diversos materiais para serem apresentados em feiras especializadas.
- Conhecidas as tendências para os fios, são desenvolvidos tecidos e estampas, tudo com base na tendência da temporada.
- Seis meses são gastos pelos estilistas para o beneficiamento dos tecidos, transformando ideias em modo de vestir. Nas passarelas, muitas vezes desfilam roupas que precisam de bula para serem decifradas, ou peças tão absurdas que fazem com que o mundo pergunte em coro: quem usará tal loucura? O motivo desse alarido é porque roupas banais não rendem manchete ou primeira página. De olho nesses preciosos espaços editoriais espontâneos, que podem revelar um nome de um dia para o outro, estilistas se permitem desvarios em troca de notícias. A roupa pode não vender, mas populariza o criador e possibilita faturar com perfumes, cosméticos e outros babados.
- Os novos estilistas internacionais, que aparecem do nada, são patrocinados por grandes indústrias têxteis japonesas, alemãs e italianas, e têm três anos para rechear com suas ideias os blocos de pedidos. Se não pintar negócios, o estilista mesmo genial fica desacreditado e pode ser substituído. Como um técnico de futebol.
- A moda não acontece se não houver divulgação. A imprensa é fundamental para que novas ideias sejam disseminadas. Por isso a importância de certos jornalistas, que acabam definindo junto a seus leitores o que pode virar consumo.
- Até bem pouco tempo atrás as blogueiras de moda eram ignoradas pela indústria da moda. Esse novo movimento consegue criar vínculos com as leitoras de uma maneira muito pessoal e as blogueiras já se transformaram em poderosas formadoras de opinião.
Fonte:clicrbs.com.br
As vitrinas começam a exibir nas lojas as tendências para o verão. Mesmo trabalhando com os mesmos produtos, a moda sempre se renova. Muitos leitores escrevem com a curiosidade de saber como acontece esse processo que resulta coeso, criativo e sedutor a cada nova temporada.
O percurso da moda, desde o momento da concepção como tendência até chegar às vitrinas, é longo. Um estilista chega a ter 200 colaboradores, por isso a moda não nasce ao acaso. É fruto de uma pesquisa incessante em cima do que pode virar consumo. O mecanismo é complicado e requer pelo menos três anos para chegar até a loja. O processo começa filtrando correntes que vêm das ruas, sentimentos, acontecimentos, anseios e desejos, transformando esse caldeirão cultural em tendências que unem em estilo e cores os lançamentos da temporada.
- Elaboradas as tendências, indústrias poderosas saem em pesquisa de matéria-prima. Interesses políticos, econômicos e sociais muitas vezes definem mais a moda que a criatividade de um estilista.
- A falta ou abundância de alguns pigmentos determinam as cores, mas é importante mudar, não importa o tom.
- Concluídas as pesquisas e localizada a matéria-prima, entra no circuito o chamado CCIMM, organismo que centraliza essas decisões e se comporta como um centro internacional de negócios voltado ao mercado de moda. Os "bureaux de style" (escritórios onde são elaboradas e organizadas as cores e volumes) começam a preparar os tons e as texturas de fios em diversos materiais para serem apresentados em feiras especializadas.
- Conhecidas as tendências para os fios, são desenvolvidos tecidos e estampas, tudo com base na tendência da temporada.
- Seis meses são gastos pelos estilistas para o beneficiamento dos tecidos, transformando ideias em modo de vestir. Nas passarelas, muitas vezes desfilam roupas que precisam de bula para serem decifradas, ou peças tão absurdas que fazem com que o mundo pergunte em coro: quem usará tal loucura? O motivo desse alarido é porque roupas banais não rendem manchete ou primeira página. De olho nesses preciosos espaços editoriais espontâneos, que podem revelar um nome de um dia para o outro, estilistas se permitem desvarios em troca de notícias. A roupa pode não vender, mas populariza o criador e possibilita faturar com perfumes, cosméticos e outros babados.
- Os novos estilistas internacionais, que aparecem do nada, são patrocinados por grandes indústrias têxteis japonesas, alemãs e italianas, e têm três anos para rechear com suas ideias os blocos de pedidos. Se não pintar negócios, o estilista mesmo genial fica desacreditado e pode ser substituído. Como um técnico de futebol.
- A moda não acontece se não houver divulgação. A imprensa é fundamental para que novas ideias sejam disseminadas. Por isso a importância de certos jornalistas, que acabam definindo junto a seus leitores o que pode virar consumo.
- Até bem pouco tempo atrás as blogueiras de moda eram ignoradas pela indústria da moda. Esse novo movimento consegue criar vínculos com as leitoras de uma maneira muito pessoal e as blogueiras já se transformaram em poderosas formadoras de opinião.
Fonte:clicrbs.com.br
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