Por um dia, a cidade texana de Edinburg mudará de nome para Denimburg. É uma homenagem à chegada da brasileira Santana Têxtil
No sul do Texas, quase onde o rio Grande separa os Estados Unidos do México, há uma pequena cidade chamada Edinburg. Só costuma aparecer no noticiário quando é atingida por furacões, como foi o caso do Alex, em 30 de junho deste ano. Mas em 8 de setembro ela pode virar notícia outra vez.
Estádio de baseball: tom americano numa comunidade onde 88% dos habitantes são latinos
É que durante todo esse dia se chamará Denimburg, ou cidade do denim, o brim azul usado nos jeans. A mudança é temporária, mas emblemática: comemora o início de construção da fiação e tecelagem da empresa brasileira Santana Têxtil.
“Estamos indo em busca do mercado de toda a América do Norte”, explica seu diretor-financeiro, Marcos José dos Santos. Com sede em Horizonte, Ceará, e presidida por Raimundo Delfino Filho, a Santana tem 22% do mercado brasileiro de denim.
Produz, anualmente, 85 milhões de metros desse brim e tem faturamento da ordem dos R$ 400 milhões. “O empreendimento tem incentivos do Estado do Texas e do município de Edinburg” disse à DINHEIRO o presidente da Empresa de Desenvolvimento de Edinburg, Pedro Salazar.
Os benefícios incluem terreno de 145 mil metros quadrados, isenção de impostos e um empréstimo estadual. Toda essa ajuda tem um motivo: favorecer os produtores de algodão texanos e gerar empregos para a cidade. O Texas é o maior produtor de algodão dos EUA.
E Edinburg, com 89% de sua população formada por latinos, tem mão de obra barata: 30% dos seus 65 mil habitantes ainda vivem com uma renda anual que não passa dos US$ 35,7 mil, enquanto a média do Estado é 40% maior. Ali, os grandes geradores de emprego ainda são dois hospitais, a prefeitura e a Universidade do Texas. Com 800 vagas, a Santana se torna um dos maiores empregadores do município.
As negociações para a construção da fábrica de 70 mil metros quadrados, a um custo de US$ 180 milhões, foram iniciadas há dois anos, e ela deveria ter começado a funcionar no primeiro semestre deste ano. A crise de 2008, no entanto, causou um atraso no projeto, explica Salazar.
Agora, o início das operações da Santana está marcado para o segundo semestre de 2011. A fábrica brasileira é considerada pelo governador do Texas, Rick Perry, um marco na história industrial da cidade. Sua expectativa é que ela estimule a vinda de fabricantes de roupas.
Até o final dos anos 90, Edinburg tinha duas fábricas de jeans – uma delas da Levis. Com o fechamento das duas, foram perdidos 3.500 empregos. Antes de escolher Edinburg, a Santana havia sondado Monterrey, no norte do México, mas os diretores concluíram que “haveria excesso de burocracia para abrir a empresa” afirma Santos, da Santana.
Fonte:istoedinheiro.com.br
No sul do Texas, quase onde o rio Grande separa os Estados Unidos do México, há uma pequena cidade chamada Edinburg. Só costuma aparecer no noticiário quando é atingida por furacões, como foi o caso do Alex, em 30 de junho deste ano. Mas em 8 de setembro ela pode virar notícia outra vez.
Estádio de baseball: tom americano numa comunidade onde 88% dos habitantes são latinos
É que durante todo esse dia se chamará Denimburg, ou cidade do denim, o brim azul usado nos jeans. A mudança é temporária, mas emblemática: comemora o início de construção da fiação e tecelagem da empresa brasileira Santana Têxtil.
“Estamos indo em busca do mercado de toda a América do Norte”, explica seu diretor-financeiro, Marcos José dos Santos. Com sede em Horizonte, Ceará, e presidida por Raimundo Delfino Filho, a Santana tem 22% do mercado brasileiro de denim.
Produz, anualmente, 85 milhões de metros desse brim e tem faturamento da ordem dos R$ 400 milhões. “O empreendimento tem incentivos do Estado do Texas e do município de Edinburg” disse à DINHEIRO o presidente da Empresa de Desenvolvimento de Edinburg, Pedro Salazar.
Os benefícios incluem terreno de 145 mil metros quadrados, isenção de impostos e um empréstimo estadual. Toda essa ajuda tem um motivo: favorecer os produtores de algodão texanos e gerar empregos para a cidade. O Texas é o maior produtor de algodão dos EUA.
E Edinburg, com 89% de sua população formada por latinos, tem mão de obra barata: 30% dos seus 65 mil habitantes ainda vivem com uma renda anual que não passa dos US$ 35,7 mil, enquanto a média do Estado é 40% maior. Ali, os grandes geradores de emprego ainda são dois hospitais, a prefeitura e a Universidade do Texas. Com 800 vagas, a Santana se torna um dos maiores empregadores do município.
As negociações para a construção da fábrica de 70 mil metros quadrados, a um custo de US$ 180 milhões, foram iniciadas há dois anos, e ela deveria ter começado a funcionar no primeiro semestre deste ano. A crise de 2008, no entanto, causou um atraso no projeto, explica Salazar.
Agora, o início das operações da Santana está marcado para o segundo semestre de 2011. A fábrica brasileira é considerada pelo governador do Texas, Rick Perry, um marco na história industrial da cidade. Sua expectativa é que ela estimule a vinda de fabricantes de roupas.
Até o final dos anos 90, Edinburg tinha duas fábricas de jeans – uma delas da Levis. Com o fechamento das duas, foram perdidos 3.500 empregos. Antes de escolher Edinburg, a Santana havia sondado Monterrey, no norte do México, mas os diretores concluíram que “haveria excesso de burocracia para abrir a empresa” afirma Santos, da Santana.
Fonte:istoedinheiro.com.br
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