Entre os dois eventos mais importantes do setor têxtil e de confecções, o Fashion Rio, que terminou no começo deste mês, e o São Paulo Fashion Week, que começa na terça-feira, a indústria comemora uma virada. Em 12 meses até abril, as perdas de produção do setor, provocada pela crise financeira internacional, foram zeradas e houve um acréscimo de 0,5% na produção física do período, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Até março, o resultado acumulado da produção física estava negativo", afirma o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel. Só no primeiro quadrimestre deste ano, a produção de têxteis e confecções cresceu mais de 12% na comparação com igual período de 2009.
O aquecimento no setor, que tem mais de 90% da produção voltada para o mercado interno, é sustentado pelas melhores condições de renda e emprego da população que, com isso, ampliou os gastos com itens de vestuário.
Diante do bom desempenho no primeiro quadrimestre, a Abit revisou as projeções de produção e vendas para este ano. A expectativa de ampliar em 4% a produção de têxteis e 3,7% as confecções foi ampliada para 6% e 5,7%, respectivamente, na comparação com 2009. As vendas no varejo, que inicialmente deveriam crescer neste ano 6,5% em relação a 2009, subiram para 9%. Ao todo, o faturamento da cadeia têxtil e do vestuário, estimado em US$ 50 bilhões, deve atingir US$ 51 bilhões este ano.
O curioso é que esse desempenho extraordinário do mercado doméstico ocorre apesar do aumento das importações, especialmente da Ásia. "2010 vai ser um ano atípico, pois o mercado interno está comportando tanto a ampliação da produção local quanto o aumento das importações", diz Pimentel.
De janeiro a abril, as importações de têxteis e confecções cresceram 43,65% em valor, ritmo 2,5 vezes maior que as exportações. Se esse ritmo for mantido, a Abit projeta para o ano um déficit na balança comercial de US$ 3,556 bilhões, 58% maior que em 2009.
Apesar das medidas antidumping impostas a produtos chineses no ano passado, as importações não param de crescer. De janeiro a abril, as importações só de artigos de vestuário aumentaram 10,5% em valor, enquanto as compras desses itens fabricados da China cresceram 12,24% no mesmo período, informa a Abit.
Para o presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho, mesmo com as medidas antidumping e a alíquota média do Imposto de Importação da ordem de 11%, o setor enfrenta a forte competição de produtos asiáticos. Ele argumenta que a valorização do real em relação ao dólar anula o imposto de importação.
Fonte:estadao.com.br
"Até março, o resultado acumulado da produção física estava negativo", afirma o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel. Só no primeiro quadrimestre deste ano, a produção de têxteis e confecções cresceu mais de 12% na comparação com igual período de 2009.
O aquecimento no setor, que tem mais de 90% da produção voltada para o mercado interno, é sustentado pelas melhores condições de renda e emprego da população que, com isso, ampliou os gastos com itens de vestuário.
Diante do bom desempenho no primeiro quadrimestre, a Abit revisou as projeções de produção e vendas para este ano. A expectativa de ampliar em 4% a produção de têxteis e 3,7% as confecções foi ampliada para 6% e 5,7%, respectivamente, na comparação com 2009. As vendas no varejo, que inicialmente deveriam crescer neste ano 6,5% em relação a 2009, subiram para 9%. Ao todo, o faturamento da cadeia têxtil e do vestuário, estimado em US$ 50 bilhões, deve atingir US$ 51 bilhões este ano.
O curioso é que esse desempenho extraordinário do mercado doméstico ocorre apesar do aumento das importações, especialmente da Ásia. "2010 vai ser um ano atípico, pois o mercado interno está comportando tanto a ampliação da produção local quanto o aumento das importações", diz Pimentel.
De janeiro a abril, as importações de têxteis e confecções cresceram 43,65% em valor, ritmo 2,5 vezes maior que as exportações. Se esse ritmo for mantido, a Abit projeta para o ano um déficit na balança comercial de US$ 3,556 bilhões, 58% maior que em 2009.
Apesar das medidas antidumping impostas a produtos chineses no ano passado, as importações não param de crescer. De janeiro a abril, as importações só de artigos de vestuário aumentaram 10,5% em valor, enquanto as compras desses itens fabricados da China cresceram 12,24% no mesmo período, informa a Abit.
Para o presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho, mesmo com as medidas antidumping e a alíquota média do Imposto de Importação da ordem de 11%, o setor enfrenta a forte competição de produtos asiáticos. Ele argumenta que a valorização do real em relação ao dólar anula o imposto de importação.
Fonte:estadao.com.br
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