Após um temporal, a cena é igual em quase todas as cidades: dezenas de cadáveres de guarda-chuvas quebrados espalhados pelas ruas e calçadas.
Parece que a maioria dos modelos é praticamente incapaz de manter alguém seco na hora daquela corrida até a porta do prédio ou ao carro sem se despedaçar ou - se surge uma ventania - virar do avesso. Os guarda-chuvas já existem há 3.000 anos, afirma a Totes Istoner Corp., maior importadora do produto nos Estados Unidos. Então por que é tão difícil encontrar um decente?
O guarda-chuva é um equipamento surpreendemente complicado: tem mais de 150 peças. E cada uma delas pode quebrar. Os modelos dobráveis que a maioria das pessoas prefere são ainda mais frágeis, já que têm menos peças. Os fabricantes afirmam que enfrentam dificuldades para inovar o produto porque a maioria das pessoas não quer pagar muito por um guarda-chuva.
Agora, muitas empresas estão tentando criar um guarda-chuva melhor - e também convencer as pessoas a pagar um pouco mais. Elas estão experimentando materiais mais resistentes, como fibra de vidro e aço, novos recursos e testes rigorosos em túneis de vento - tubos gigantes geralmente usados em laboratórios de universidades para estudar aerodinâmica e o voo dos pássaros. A maioria dos novos modelos supostamente mais resistentes custa pelo menos US$ 20 nos EUA, onde a média de preço do guarda-chuva é de US$ 6, segundo a firma de pesquisa NPD Group.
Um punhado de empresas tenta até solucionar uma das características mais irritantes dos guarda-chuvas - sua incrível capacidade de sumir. Alguns novos produtos oferecem ofertas incomuns para substituí-los caso sumam. Muita gente não suporta gastar com um objeto que simplesmente será abandonado num táxi, no carro do amigo ou embaixo da mesa do restaurante.
No armazém de 185 metros quadrados da Innoventions Enterprises Ltd., em Farmingdale, Estado de Nova York, Steve Asman, fundador e presidente, testa sua marca de guarda-chuva GustBuster (algo como "à prova de rajadas") com o ventilador gigantesco de um túnel de vento. Numa tarde recente, Asman mostrou como o guarda- chuva resiste ao ventilador, que produz rajadas de até 88 quilômetros por hora. Ele girou o guarda-chuva para que os dois lados da abóboda ficassem de frente para o ventilador. Ela tremeu, mas não partiu. "Isso aqui é aço temperado", disse, apontando para as varetas do guarda- chuva, ou os ligamentos que se estendem pela abóbada. "Vê como não deformam?"
O desenho básico do guarda-chuva não muda há séculos: o cabo, onde as pessoas seguram, é ligado a arames que, quando abertos, ajudam a estender as varetas colocadas ao longo do tecido para criar a copa. Há uma infinidade de rebites para manter tudo junto, assim como molas e arames invisíveis. Os guarda-chuvas com botão de abertura automática também contam com um sistema complexo de roldanas.
O ideal dos guarda-chuvas é um produto pequeno, resistente e dobrável. Os modelos menores geralmente têm três ou quatro ligações por vareta, o que permite dobrá-las. Mas isso cria mais juntas que podem rachar.
Algumas empresas estão adotando a tecnologia desenvolvida inicialmente para guarda-sóis de golfe - cujas abóbodas enormes chegam a 1,5 metro de diâmetro - e adaptando-a para estilos mais compactos. Anos atrás, os projetistas descobriram uma maneira de fortalecer o guarda- sol de golfe com aberturas na copa - ou seja, uma copa em cima da outra, criando uma passagem por onde a pressão do vento que dobraria o guarda-chuva pode ser liberada. Agora várias empresas já lançaram produtos compactos com essas copas. A Totes, por exemplo, tem três modelos com essa inovação.
A Totes também está desenvolvendo guarda-chuvas mais finos e resistentes. Como o uso de peças mais finas de alumínio tornaria a estrutura frágil demais, a Totes começou a usar peças de aço.
Mas alguns concorrentes acham que o aço é material rígido demais. "Se um vento forte aparecer, vai quebrar os rebites", diz Dave Kahng, diretor- presidente da Davek Accessories Inc., uma firma nova-iorquina fundada em 2005. "Se for flexível demais, a copa dobra facilmente." A Davek afirma ter experimentado todo tipo de material, de aço a polímero de carbono, para encontrar a combinação certa. Uma nova versão de seu guarda-chuva Solo, que custa US$ 99 e será lançada em julho, terá fibra de vidro na parte do meio da vareta, que Davek considera mais flexível que alumínio ou aço, de modo que se o guarda-chuva virar do avesso não vai quebrar
Parece que a maioria dos modelos é praticamente incapaz de manter alguém seco na hora daquela corrida até a porta do prédio ou ao carro sem se despedaçar ou - se surge uma ventania - virar do avesso. Os guarda-chuvas já existem há 3.000 anos, afirma a Totes Istoner Corp., maior importadora do produto nos Estados Unidos. Então por que é tão difícil encontrar um decente?
O guarda-chuva é um equipamento surpreendemente complicado: tem mais de 150 peças. E cada uma delas pode quebrar. Os modelos dobráveis que a maioria das pessoas prefere são ainda mais frágeis, já que têm menos peças. Os fabricantes afirmam que enfrentam dificuldades para inovar o produto porque a maioria das pessoas não quer pagar muito por um guarda-chuva.
Agora, muitas empresas estão tentando criar um guarda-chuva melhor - e também convencer as pessoas a pagar um pouco mais. Elas estão experimentando materiais mais resistentes, como fibra de vidro e aço, novos recursos e testes rigorosos em túneis de vento - tubos gigantes geralmente usados em laboratórios de universidades para estudar aerodinâmica e o voo dos pássaros. A maioria dos novos modelos supostamente mais resistentes custa pelo menos US$ 20 nos EUA, onde a média de preço do guarda-chuva é de US$ 6, segundo a firma de pesquisa NPD Group.
Um punhado de empresas tenta até solucionar uma das características mais irritantes dos guarda-chuvas - sua incrível capacidade de sumir. Alguns novos produtos oferecem ofertas incomuns para substituí-los caso sumam. Muita gente não suporta gastar com um objeto que simplesmente será abandonado num táxi, no carro do amigo ou embaixo da mesa do restaurante.
No armazém de 185 metros quadrados da Innoventions Enterprises Ltd., em Farmingdale, Estado de Nova York, Steve Asman, fundador e presidente, testa sua marca de guarda-chuva GustBuster (algo como "à prova de rajadas") com o ventilador gigantesco de um túnel de vento. Numa tarde recente, Asman mostrou como o guarda- chuva resiste ao ventilador, que produz rajadas de até 88 quilômetros por hora. Ele girou o guarda-chuva para que os dois lados da abóboda ficassem de frente para o ventilador. Ela tremeu, mas não partiu. "Isso aqui é aço temperado", disse, apontando para as varetas do guarda- chuva, ou os ligamentos que se estendem pela abóbada. "Vê como não deformam?"
O desenho básico do guarda-chuva não muda há séculos: o cabo, onde as pessoas seguram, é ligado a arames que, quando abertos, ajudam a estender as varetas colocadas ao longo do tecido para criar a copa. Há uma infinidade de rebites para manter tudo junto, assim como molas e arames invisíveis. Os guarda-chuvas com botão de abertura automática também contam com um sistema complexo de roldanas.
O ideal dos guarda-chuvas é um produto pequeno, resistente e dobrável. Os modelos menores geralmente têm três ou quatro ligações por vareta, o que permite dobrá-las. Mas isso cria mais juntas que podem rachar.
Algumas empresas estão adotando a tecnologia desenvolvida inicialmente para guarda-sóis de golfe - cujas abóbodas enormes chegam a 1,5 metro de diâmetro - e adaptando-a para estilos mais compactos. Anos atrás, os projetistas descobriram uma maneira de fortalecer o guarda- sol de golfe com aberturas na copa - ou seja, uma copa em cima da outra, criando uma passagem por onde a pressão do vento que dobraria o guarda-chuva pode ser liberada. Agora várias empresas já lançaram produtos compactos com essas copas. A Totes, por exemplo, tem três modelos com essa inovação.
A Totes também está desenvolvendo guarda-chuvas mais finos e resistentes. Como o uso de peças mais finas de alumínio tornaria a estrutura frágil demais, a Totes começou a usar peças de aço.
Mas alguns concorrentes acham que o aço é material rígido demais. "Se um vento forte aparecer, vai quebrar os rebites", diz Dave Kahng, diretor- presidente da Davek Accessories Inc., uma firma nova-iorquina fundada em 2005. "Se for flexível demais, a copa dobra facilmente." A Davek afirma ter experimentado todo tipo de material, de aço a polímero de carbono, para encontrar a combinação certa. Uma nova versão de seu guarda-chuva Solo, que custa US$ 99 e será lançada em julho, terá fibra de vidro na parte do meio da vareta, que Davek considera mais flexível que alumínio ou aço, de modo que se o guarda-chuva virar do avesso não vai quebrar
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