Costurar e bordar jeans não é coisa só de mulher em Toritama, no Agreste de Pernambuco, a pouco mais de duas horas da capital Recife. O machismo nordestino do “cabra macho” está longe de ser parte da realidade desse mercado. Toritama, ao lado de Surubim, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, integram um Arranjo Produtivo Local (APL) formado por 17 cidades que somam 15 mil empresas e geram 120 mil empregos diretos e 360 mil indiretos
Wellington José Neves de Lima, 42, trocou a profissão de frentista e salário mínimo pela de costureiro e salário de até R$ 900, em Toritama (PE)
Apesar de apenas 10% dos empregados serem homens, nenhum deles parece se envergonhar de vergar linha e agulha para obter seu sustento. Para o costureiro Edilson Santos Silva, 41, por exemplo, trabalho é trabalho. “Homem aqui é trabalhador, seja na enxada ou na máquina de costura. Problema é para quem deixa a mulher em casa”, brinca.
Do mais simples ajudante de costureiro até o grande empresário, não há nenhum homem de orgulho ferido por meter a mão na agulha para criar peças reconhecidas como de qualidade por clientes exigentes.
No interior da confecção na qual trabalha, no ponto quente das vendas do município, por entre tecidos, linhas e máquinas e ao lado de um batalhão feminino, Wellington José Neves de Lima, 42, tem é orgulho de levar o sustento de sua família literalmente às mãos. “Há pouco mais de duas décadas, venho me dedicando à confecção de peças em jeans", diz. Eu não estava satisfeito trabalhando como frentista de posto de gasolina.” Na cidade, um frentista ganha, em média, um salário mínimo. Já um costureiro experiente recebe entre R$ 800 e R$ 900 por mês e, dependendo da época, pode-se ganhar até R$ 400 por semana.
Muitos deles entram cedo no mercado de trabalho. Com 28 anos na fabricação de jeans, o empresário Edson Tavares, 43 anos, começou aos 14 anos, quando pregava os botões das peças que sua mãe fazia, no início da década de 1980. “Naqueles tempos, não havia no Brasil preocupação com trabalho infantil, a gente começava cedo mesmo”, diz Tavares que, mais tarde, transformou o que aprendeu em negócio com escritórios no Norte, Nordeste e Sudeste.
A função do novato Cássio José Arruda de Oliveira, 20 anos, já é diferente, contudo não menos passível de velhos preconceitos nordestinos. Há dois meses, ele é um dos 32 homens de uma lavanderia toritamense, responsável pelos variados aspectos de envelhecimento de calças, saias e shorts jeans. O rapaz chega a customizar 100 peças, todos os dias. “Sempre gostei de moda. Antes, trabalhava com marcenaria, também utilizando lixa, ferramenta que utilizo para customizar o jeans. Sinto-me um artista. É ótima a sensação de ver as pessoas na rua com aquilo que produzi. No futuro, quero ter meu próprio negócio”, adianta.
Fonte:economia.ig.com.br
Wellington José Neves de Lima, 42, trocou a profissão de frentista e salário mínimo pela de costureiro e salário de até R$ 900, em Toritama (PE)
Apesar de apenas 10% dos empregados serem homens, nenhum deles parece se envergonhar de vergar linha e agulha para obter seu sustento. Para o costureiro Edilson Santos Silva, 41, por exemplo, trabalho é trabalho. “Homem aqui é trabalhador, seja na enxada ou na máquina de costura. Problema é para quem deixa a mulher em casa”, brinca.
Do mais simples ajudante de costureiro até o grande empresário, não há nenhum homem de orgulho ferido por meter a mão na agulha para criar peças reconhecidas como de qualidade por clientes exigentes.
No interior da confecção na qual trabalha, no ponto quente das vendas do município, por entre tecidos, linhas e máquinas e ao lado de um batalhão feminino, Wellington José Neves de Lima, 42, tem é orgulho de levar o sustento de sua família literalmente às mãos. “Há pouco mais de duas décadas, venho me dedicando à confecção de peças em jeans", diz. Eu não estava satisfeito trabalhando como frentista de posto de gasolina.” Na cidade, um frentista ganha, em média, um salário mínimo. Já um costureiro experiente recebe entre R$ 800 e R$ 900 por mês e, dependendo da época, pode-se ganhar até R$ 400 por semana.
Muitos deles entram cedo no mercado de trabalho. Com 28 anos na fabricação de jeans, o empresário Edson Tavares, 43 anos, começou aos 14 anos, quando pregava os botões das peças que sua mãe fazia, no início da década de 1980. “Naqueles tempos, não havia no Brasil preocupação com trabalho infantil, a gente começava cedo mesmo”, diz Tavares que, mais tarde, transformou o que aprendeu em negócio com escritórios no Norte, Nordeste e Sudeste.
A função do novato Cássio José Arruda de Oliveira, 20 anos, já é diferente, contudo não menos passível de velhos preconceitos nordestinos. Há dois meses, ele é um dos 32 homens de uma lavanderia toritamense, responsável pelos variados aspectos de envelhecimento de calças, saias e shorts jeans. O rapaz chega a customizar 100 peças, todos os dias. “Sempre gostei de moda. Antes, trabalhava com marcenaria, também utilizando lixa, ferramenta que utilizo para customizar o jeans. Sinto-me um artista. É ótima a sensação de ver as pessoas na rua com aquilo que produzi. No futuro, quero ter meu próprio negócio”, adianta.
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