Eu gostaria de ter a confirmação da idéia da indústria têxtil brasileira usar o Haiti como trampolim para suas exportações aos Estados Unidos; os empresários que lá estiveram em setembro de 2009 que se manifestem. O Brasil desistiu de acordo com o EUA para exportações têxteis?
O presidente da ABIT - Aguinaldo Diniz Filho - lamenta a empresa que sai do Brasil e vai gerar emprego em outro país, como também lamenta muito ver o exército brasileiro ajudando no Haiti vestindo fardas fabricadas na China.
O Brasil necessita lutar pela ISONOMIA, pois ao exército da China é VEDADO o uso de fardas fabricadas fora da China - o que fazem muito bem. Eles sabem defender suas indústrias e nós necessitamos aprender com eles.
O Brasil pretende concluir neste primeiro semestre dois acordos para isentar de tarifa de importação o ingresso da futura produção do Haiti.
Será mais um tiro para tentar matar as confecções brasileiras, pois o objetivo das medidas é estimular investimentos produtivos no Haiti, a partir da abertura do mercado brasileiro. Ainda há salvação da indústria brasileira pelas mãos do Paraguai que não deseja apoiar a medida pelo Mercosul, pois não podemos contar com os brasileiros.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil propôs nesta quinta-feira (28) um acordo com os Estados Unidos para flexibilizar as exportações de produtos fabricados no Haiti, como forma de incentivar os investimentos estrangeiros e a reconstrução do país destruído por um terremoto.
Como ficam as empresas já estabelecidas no Brasil?
Segundo o governo brasileiro, o objetivo é discutir com os EUA a concessão do tratamento livre de tarifas e cotas (duty free quota free) para mercadorias produzidas no Haiti. Pelo mecanismo, os produtos feitos no Haiti por empresas brasileiras poderiam ser exportados para os EUA com maior flexibilidade.
É um incentivo para a instalação de empresas fora do Brasil em detrimento das já aquí existentes? O Brasil aplicaria então a reciprocidade, liberando a entrada no território nacional de mercadorias feitas por companhias norte-americanas no país da América Central.
Será um imenso incentivo para o estabelecimento de empresas no Haiti; mas como ficarão as empresas já estabelecidas no Brasil.
O outro benefício unilateral com que o Brasil pretende beneficiar o Haiti é o Duty Free-Quota Free. Trata-se do compromisso do governo brasileiro, no âmbito da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), de isentar de imposto e de cota de importação 80% das linhas tarifárias de países menos desenvolvidos.
O ministro das relações exteriores do Brasil contou que há várias companhias brasileiras interessadas em investir no Haiti, principalmente do setor têxtil, para a produção de confecções - tanto que já conversou com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). "Existem empresas grandes interessadas nesse projeto, valendo-se da mão-de-obra relativamente barata do Haiti."
Creio ser de imperiosa necessidade o pronunciamenro oficial do Presidente da ABIT - Dr. Aguinaldo Diniz Filho, conhecido e reconhecido como intransigente defensor da indústria têxtil e confecção brasileira.
Hoje mesmo (29.02M.2010) na coluna do Merval Pereira do jornal O Globo saiu a nota: ".....Foi o que fez o chanceler Celso Amorim..........Ele aproveitou o momento de solidariedade para lançar um desafio aos países que estão envolvidos na ajuda humanitária: mesmo sem ser possível chegar-se a um acordo sobre o protecionismo no comercio exterior, no âmbito daOrganização Mundial do Comércio, que a exportação de produtos têxteis produzidos no Haiti tenham taxação zero, como forma de estimular os investimentos naquele país."..........
No mesmo jornal, página 27: "O Conselho Empresarial da América Latina (Ceal),..........fez uma proposta..........A idéia, apresentada à ONU, é que as empresas se instalem lá com negócios inicialmente de baixa tecnologia. Primeiro iriam indústrias de calçados e confecções (roupas, panos de prato etc) e,..........Organismos multilaterais, como Bird e BID, ajudariam a financiar a empreitada...........diz o presidente do Ceal no Brasil, Marcus Vinicius de Moraes. O Ceal tambem sugere uma zona franca no Haiti,.......... Pratini propõe ainda que os países isentem de tarifas produtos importados do Haiti."
Será que a indústria têxtil brasileira está com seus dias contados por ser "de baixa tecnologia" e não interessar aos dirigentes nacionais? Qual o contingente de mão de obra é atualmente empregada no setor?
Sugiro que oficialmente se pronunciam, posicionem e tomem atitudes os líderes têxteis e de confecção brasileiros, bem das inúmeras entidades de classe.
Fonte: Julio Caetano Horta Barbosa Cardoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário